Modelo de Agravo de Instrumento Contra Decisão de Busca e Apreensão de Veículo por Adquirente de Boa-Fé
Publicado em: 10/02/2025 CivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Agravante: [Nome do Agravante, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].
Agravado: [Nome do Agravado, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico, domicílio e residência].
Processo de Origem: [Número do Processo].
PREÂMBULO
[Nome do Agravante], já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.015, interpor o presente:
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Em face de [Nome do Agravado], também qualificado, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O Agravante adquiriu, de boa-fé, um veículo automotor em uma loja de revenda, realizando o pagamento integral e à vista. No ato da compra, foram entregues ao Agravante todos os documentos do veículo, incluindo chave reserva, manual de garantia e outros itens necessários para a transferência e uso regular do bem.
Ocorre que o Agravado, proprietário anterior do veículo, ajuizou ação de tutela provisória de urgência alegando que não teria autorizado a venda do automóvel, sob a justificativa de que a loja de revenda não efetuou o pagamento integral do valor devido. Com base nessa alegação, foi deferida a busca e apreensão do veículo, causando imenso prejuízo ao Agravante, que já havia quitado integralmente o valor do bem.
Ressalta-se que o Agravado omitiu, na inicial, fatos relevantes, como a entrega voluntária dos documentos do veículo ao Agravante e as conversas mantidas entre as partes acerca da venda, conforme será demonstrado por meio de prints de mensagens anexados ao presente recurso.
A conduta do Agravado, ao invés de buscar a reparação contra a loja de revenda, que efetivamente não cumpriu com suas obrigações, prejudica indevidamente o Agravante, adquirente de boa-fé, que não pode ser penalizado por questões alheias à sua conduta.
DO DIREITO
O Agravante é protegido pelo princípio da boa-fé objetiva, consagrado no CCB/2002, art. 422, que orienta as relações contratuais e impõe às partes o dever de agir com lealdade e confiança mútua. No caso em tela, o Agravante adquiriu o veículo de forma legítima, cumprindo com todas as obrigações contratuais, não podendo ser prejudicado por eventual inadimplemento da loja de revenda perante o Agravado.
Ademais, o CPC/2015, art. 300, que regula a concessão de tutela provisória de urgência, exige a demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No caso em questão, a decisão"'>...