Modelo de Agravo de Petição Contra Penhora Excessiva em Processo Trabalhista
Publicado em: 02/10/2024 Processo Civil Trabalhista Processo do TrabalhoEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DA ___ª VARA DO TRABALHO DE [CIDADE/UF]
Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]
A. J. dos S., brasileiro, casado, profissão [INSERIR], portador do CPF nº [INSERIR], residente e domiciliado na [ENDEREÇO COMPLETO], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na [ENDEREÇO COMPLETO DO ADVOGADO], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 897, alínea "a", da CLT, interpor o presente:
AGRAVO DE PETIÇÃO
em face da decisão que determinou a penhora excessiva de seus bens no curso da execução trabalhista, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
PREÂMBULO
O presente recurso é tempestivo, vez que interposto dentro do prazo legal, e atende aos requisitos previstos no art. 897 da CLT. Requer-se a sua regular admissão e processamento.
DOS FATOS
O agravante é parte executada no presente processo trabalhista, no qual foi determinada a penhora de bens para satisfação do crédito exequendo. No entanto, a decisão agravada determinou a penhora de valores que ultrapassam o limite necessário para a satisfação do crédito, configurando excesso de penhora, em afronta ao princípio da menor onerosidade ao devedor, previsto no CPC/2015, art. 805.
O agravante, que possui renda mensal de R$ [INSERIR], já teve penhorados bens suficientes para a garantia do débito, sendo a nova penhora desproporcional e prejudicial à sua subsistência e à de sua família, violando o princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III).
DO DIREITO
A decisão que determinou a penhora excessiva afronta os princípios da proporcionalidade e da menor onerosidade, previstos no CPC/2015, art. 805, e o princípio da dignidade da pessoa humana, consagrado na CF/88, art. 1º, III.
O CPC/2015, art. 833, IV, estabelece a impenhorabilidade dos salários, salvo para pagamento de prestações alimentícias. Ainda que se admita a relativização dessa regra, conforme jurisprudência consolidada, tal flexibilização deve ser aplicada com cautela, de forma a garantir o mínimo existencial ao devedor.
No caso em tela, a penhora determinada compromete a subsistência do agravante, sendo, portanto, ilegal e desarrazoada. A execução deve ser conduzida de forma a assegurar o equilíbrio entre "'>...