Modelo de Alegações Finais em Ação Declaratória de Inexistência de Débito Cumulada com Pedido de Indenização por Danos Morais

Publicado em: 05/02/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Documento de alegações finais na forma de memoriais, apresentado perante a Vara Cível competente, em que a autora pleiteia o reconhecimento da inexistência de débito e a exclusão de seu nome dos cadastros de inadimplentes, com fundamento no descumprimento de ordem judicial por parte do réu. A peça fundamenta-se na responsabilidade objetiva do réu, conforme o Código de Defesa do Consumidor, e na violação de direitos constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e a honra. Além disso, são requeridos a condenação em danos morais, a aplicação de multa cominatória (astreintes) e o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

ALEGAÇÕES FINAIS - MEMORIAIS

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.

Processo nº: __________

Autor(a): __________

Réu: __________

__________, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS NA FORMA DE MEMORIAIS, com fundamento no CPC/2015, art. 364, §2º, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais, em razão de inscrição indevida do nome da autora nos cadastros de inadimplentes, promovida pelo réu, mesmo após determinação judicial para exclusão do registro.

Em depoimento pessoal, a autora confirmou todos os fatos narrados na inicial, detalhando o constrangimento e os danos sofridos. Ademais, a testemunha C., ouvida em audiência, corroborou a narrativa, relatando o ocorrido na loja e o constrangimento público experimentado pela autora, que chegou a passar mal diante da situação.

Até a presente data, o nome e o CPF da autora permanecem inscritos no SERASA como inadimplente, evidenciando o descumprimento da ordem judicial pelo réu, o que reforça a necessidade de aplicação de multa cominatória (astreintes).

DO DIREITO

O caso em análise envolve a responsabilidade civil do réu, que, ao inscrever indevidamente o nome da autora nos cadastros de inadimplentes, violou direitos fundamentais protegidos pela Constituição Federal de 1988, como o direito à dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e o direito à honra (CF/88, art. 5º, X).

Nos termos do CDC, art. 14, a responsabilidade do fornecedor de serviços é objetiva, sendo desnecessária a comprovação de culpa. Basta a demonstração do dano e do nexo causal entre a conduta do réu e o prejuízo sofrido pela autora. No caso em tela, a inscrição indevida e a manutenção do nome da autora no SERASA configuram falha na prestação do serviço, ensejando a reparação pelos danos morais sofridos.

Ademais, o descumprimento de ordem judicial pelo réu, ao não proceder à exclusão do nome da autora dos cadastros de inadimplentes, justifica a aplicação de multa cominatória (astreintes), nos termos do CPC/2015, art. 537, como forma de compelir o réu ao cumprimento da decisão judicial.

...


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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com pedido de indenização por danos morais, ajuizada pela autora em razão de inscrição indevida de seu nome nos cadastros de inadimplentes. Consta nos autos que, mesmo após ordem judicial para exclusão do registro, a inscrição foi mantida, gerando o presente litígio.

Fundamentação

1. Dos Fatos

Os fatos narrados pela autora estão devidamente comprovados pelas provas documentais e testemunhais anexadas aos autos. A manutenção do nome da autora no SERASA, mesmo após ordem judicial, configura falha grave na prestação de serviço por parte do réu, resultando em danos à honra e à dignidade da parte demandante.

2. Do Direito

Com base na CF/88, art. 1º, III, é assegurada a dignidade da pessoa humana como fundamento do Estado Democrático de Direito. Além disso, o art. 5º, X, protege o direito à honra e à imagem das pessoas, assegurando reparação em caso de violação.

A responsabilidade civil do réu é objetiva, conforme disposto no Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 14), prescindindo da comprovação de culpa. No presente caso, o nexo causal entre a conduta ilícita (manutenção do registro indevido) e os danos sofridos pela autora é evidente.

Ademais, o CPC/2015, art. 537 prevê a aplicação de multa cominatória (astreintes) como medida de coerção para cumprimento de decisão judicial. O descumprimento reiterado da ordem de exclusão do nome da autora dos cadastros de inadimplentes justifica a aplicação da referida sanção.

3. Do Dano Moral

Os danos morais, no presente caso, decorrem do próprio ato ilícito, sendo desnecessária a comprovação de prejuízo concreto. A inclusão indevida e a manutenção do nome da autora no SERASA caracterizam dano moral presumido (\"in re ipsa\"), conforme entendimento jurisprudencial consolidado.

A fixação do valor da indenização deve observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, considerando a gravidade da conduta do réu, o sofrimento causado à autora e o caráter pedagógico da condenação.

4. Jurisprudências Relevantes

  • TJSP (15ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Débito inexigível e negativação excluída. Danos morais caracterizados. Quantum indenizatório majorado para R$ 10.000,00.\"
  • TJSP (24ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Reconhecida a ilegalidade da inscrição do nome da autora nos órgãos de proteção ao crédito. Dano moral presumível. Indenização fixada em R$ 10.000,00.\"

Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, JULGO PROCEDENTE o pedido para:

  1. Reconhecer a inexistência do débito e determinar a exclusão definitiva do nome da autora dos cadastros de inadimplentes, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais), nos termos do CPC/2015, art. 537;
  2. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigidos monetariamente desde a data da sentença e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês a partir da citação;
  3. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, §2º.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

__________________________________________

Nome do Magistrado

Juiz de Direito


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