Modelo de Alegações Finais: Estupro de Vulneráveis - Ausência de Provas Concretas

Publicado em: 18/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de alegações finais em ação penal de estupro de vulneráveis, abordando a ausência de provas concretas e contradições nos depoimentos, fundamentado nos princípios do contraditório e da presunção de inocência.
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ___

Processo nº: [número do processo]

Acusado: [Nome do Acusado], CPF [número], estado civil, profissão, domícilio e residência [endereço completo], e-mail [endereço eletrônico].

Assunto: Alegações Finais em Ação Penal de Estupro de Vulnerável

———————————————————————

[NOME DO ACUSADO], por meio de seu(sua) advogado(a) que esta subscreve, nos autos da ação penal em epígrafe, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

1. Dos Fatos

O acusado foi denunciado pela suposta prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra KSF, menor de 14 anos, e DSS, entre os anos de 2011 e 2012. Segundo a denúncia, o acusado teria tocado partes íntimas das vítimas. Contudo, durante a instrução processual, não houve prova concreta que confirmasse tais alegações, sendo que os depoimentos prestados foram vagos e contraditórios.

2. Da Falta de Provas Concretas

No âmbito das provas apresentadas, destaca-se que:

  • KSF não prestou depoimento presencial, mesmo na modalidade virtual, alegando constrangimento, o que cerceou a defesa do acusado e configurou violação aos seus direitos constitucionais (CF/88, art. 5º, LV).

  • DSS relatou que o suposto fato ocorreu uma única vez, mas não soube indicar a data precisa, relatando que, enquanto sua mãe estava no banho, o acusado teria tocado sua parte íntima com o dedo.

  • Testemunhas como a mãe e vizinhas afirmaram que as filhas de uma das testemunhas dormiram na casa do acusado apenas uma vez, mas não houve qualquer comprovação dos atos denunciados, sendo que afirmaram qu"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito, Conceitos e Defesas Oponíveis

O acusado foi denunciado pela prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal contra menores de 14 anos. Durante a instrução processual, não foram apresentadas provas concretas que corroborassem as alegações, havendo apenas depoimentos contraditórios e vagos. A ausência de depoimento presencial da vítima KSF, que alegou constrangimento, prejudicou a defesa, constituindo cerceamento de defesa e violação ao direito ao contraditório (CF/88, art. 5º, LV).

Conceitos e Definições:

  • Estupro de Vulnerável: Configura-se quando o ato libidinoso é praticado contra pessoa menor de 14 anos, independentemente de consentimento (CP, art. 217-A).

  • Cerceamento de Defesa: Impedimento ou restrição ao direito de defesa do acusado, comprometendo o devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV).

  • Prova Pericial: Elemento fundamental em casos de abuso sexual, que busca comprovar a existência de lesões ou sinais de agressão, sendo ausente no presente caso.

Defesas que Podem Ser Opostas: A parte contrária pode argumentar que os depoimentos das vítimas devem ser considerados suficientes para a condenação, alegando que, em crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima tem relevância. Contudo, há falhas evidentes nos relatos, além da ausência de provas materiais que corroborem as acusações.

Considerações Finais: As alegações finais aqui apresentadas visam demonstrar a ausência de elementos probatórios que justifiquem uma condenação. O princípio da presunção de inocência deve prevalecer, não havendo qualquer prova robusta que confirme a prática dos atos imputados ao acusado.



TÍTULO:
ALEGAÇÕES FINAIS EM AÇÃO PENAL DE ESTUPRO DE VULNERÁVEIS



1. Introdução

As Alegações Finais são a última oportunidade para a defesa apresentar os argumentos que demonstram a insuficiência de provas para a condenação. No presente caso, a defesa sustenta a ausência de provas concretas e as contradições nos depoimentos das testemunhas, que colocam em dúvida a prática dos atos atribuídos ao acusado.

Em ações penais que envolvem crimes de estupro de vulnerável, a necessidade de uma prova robusta é essencial, conforme o princípio do in dubio pro reo, decorrente da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII). A defesa busca aqui reforçar que a falta de evidências materiais, somada às inconsistências nos depoimentos, impossibilita qualquer condenação segura.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LVII. Princípio da presunção de inocência.

CPP, art. 386, VII. Dispõe sobre a absolvição quando não houver provas suficientes.

Jurisprudência:

Presunção de Inocência

Ausência de Provas

Contradições em Depoimentos


2. Alegações Finais

Nas alegações finais, a defesa deve enfatizar a ausência de elementos concretos que corroborem as acusações de estupro de vulnerável. A acusação se baseia exclusivamente em depoimentos contraditórios e sem qualquer suporte probatório material. A defesa argumenta que os relatos são vagos e inconsistentes, o que fragiliza a tese acusatória.

O princípio do contraditório e da ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV) impõe que a acusação traga provas claras e inequívocas da prática do delito. No entanto, a análise dos autos demonstra que as alegações não foram suficientemente comprovadas, o que deve conduzir à absolvição do réu.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LV. Princípios do contraditório e da ampla defesa.

CPP, art. 386, III. Absolvição por inexistência de prova suficiente.

Jurisprudência:

Contraditório e Ampla Defesa

Alegações Finais em Processo Penal

Falta de Provas Concretas


3. Estupro de Vulnerável

O crime de estupro de vulnerável é definido no CP, art. 217-A, e sua gravidade exige uma investigação criteriosa, com provas contundentes que demonstrem, de maneira inequívoca, a prática do delito. No presente caso, a defesa destaca que, além da ausência de provas concretas, os depoimentos contraditórios das supostas vítimas e testemunhas enfraquecem a acusação.

A defesa reitera que a jurisprudência majoritária reconhece que, em casos de vulnerabilidade, a prova deve ser clara e convincente, especialmente quando há lacunas nos depoimentos, como ocorre no presente processo.

Legislação:

CP, art. 217-A. Estupro de vulnerável.

CPP, art. 155. Prova deve ser robusta para condenação.

Jurisprudência:

Estupro de Vulnerável

Ausência de Provas no Estupro

Contradições em Depoimentos


4. Ausência de Provas

A ausência de provas concretas no caso é clara. O processo carece de elementos materiais que possam sustentar a condenação. Todos os elementos apresentados pela acusação são baseados em depoimentos frágeis e inconclusivos, sem que haja qualquer exame pericial ou outra prova objetiva que possa confirmar as alegações feitas.

Nos termos do CPP, art. 386, VII, quando não há provas suficientes para a condenação, o réu deve ser absolvido. A defesa reforça que, no presente caso, as contradições nos relatos das testemunhas e a inexistência de qualquer prova material inviabilizam a manutenção da acusação.

Legislação:

CPP, art. 386, VII. Absolvição por ausência de provas suficientes.

CPP, art. 156. Cabe à acusação provar o fato.

Jurisprudência:

Ausência de Provas

Absolvição por Falta de Provas

Provas Insuficientes


5. Contraditório e Ampla Defesa

O direito ao contraditório e à ampla defesa é uma garantia constitucional consagrada no CF/88, art. 5º, LV. O processo penal exige que o acusado tenha a possibilidade de se defender de maneira plena, especialmente em casos onde a prova contra ele é frágil e contraditória.

A defesa aponta que os depoimentos das supostas vítimas, além de inconsistentes, não foram corroborados por nenhuma outra prova. Assim, o princípio do in dubio pro reo deve prevalecer, garantindo que, na dúvida, a solução mais favorável ao réu seja adotada.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LV. Direito ao contraditório e à ampla defesa.

CPP, art. 155. Provas no processo penal.

Jurisprudência:

Contraditório

Ampla Defesa

In Dubio Pro Reo


6. Presunção de Inocência

O princípio da presunção de inocência é uma das bases do processo penal brasileiro. Ele estabelece que o réu deve ser considerado inocente até que se prove sua culpa de forma incontestável. No presente caso, a acusação não conseguiu apresentar provas suficientes para afastar essa presunção.

De acordo com o CF/88, art. 5º, LVII, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Diante da falta de provas concretas, a defesa requer que o réu seja absolvido, com fundamento na presunção de inocência e no princípio do in dubio pro reo.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LVII. Presunção de inocência.

CPP, art. 386, VII. Absolvição por falta de provas.

Jurisprudência:

Presunção de Inocência

In Dubio Pro Reo

Absolvição por Falta de Provas


7. Considerações Finais

Diante da ausência de provas concretas, das contradições nos depoimentos e da necessidade de se garantir o pleno direito ao contraditório e à ampla defesa, a defesa requer a absolvição do réu com base no princípio da presunção de inocência e no in dubio pro reo. Não há elementos que justifiquem uma condenação, e, portanto, o réu deve ser considerado inocente.


 


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