Modelo de Contestação à Ação de Cobrança de Parcelas Vencidas e Vincendas com Alegação de Cláusulas Abusivas e Descaracterização da Mora
Publicado em: 24/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorCONTESTAÇÃO
AÇÃO DE COBRANÇA DE PARCELAS VENCIDAS E VINCENDAS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___
Processo nº: [inserir número do processo]
Requerente: [inserir nome do requerente]
Requerido: [inserir nome do requerido]
[Nome completo do Requerido], [estado civil], [profissão], portador do CPF nº [inserir número], residente e domiciliado em [endereço completo], por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico [inserir e-mail], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação de Cobrança de Parcelas Vencidas e Vincendas ajuizada por [nome da Requerente], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A presente demanda foi ajuizada pela Requerente com o objetivo de cobrar parcelas vencidas e vincendas de contrato de financiamento de veículo garantido por alienação fiduciária. Alega a Requerente que o Requerido encontra-se inadimplente, requerendo, ainda, a consolidação da posse do bem em seu favor.
O Requerido, no entanto, contesta as alegações da Requerente, uma vez que o contrato firmado apresenta cláusulas abusivas, especialmente no que se refere à taxa de juros aplicada e à capitalização de juros. Além disso, o Requerido já realizou o pagamento de parte das parcelas vencidas, o que descaracteriza a mora.
DO DIREITO
Inicialmente, é importante destacar que o contrato de financiamento em questão é regido pelo Decreto-Lei 911/69, que regula a alienação fiduciária em garantia. Contudo, a aplicação das disposições desse diploma legal deve observar os princípios constitucionais, como o da boa-fé objetiva e o da função social do contrato (CF/88, art. 5º, XXXII; CF/88, art. 170, III).
No presente caso, a Requerente não comprovou de forma inequívoca a regularidade do contrato, especialmente no que tange à taxa de juros aplicada. Conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), "o reconhecimento da abusividade nos encargos exigidos no período da normalidade contratual descaracteriza a mora" (REsp 1.061.530/RS/STJ).
Ademais, a capitalização de juros, quando não expressamente pactuada, é vedada (CCB/2002, art. 6º, §1º). A ausência de clareza nas cláusulas contratuais configura prática abusiva, nos termos do Cód"'>...