Modelo de Contestação à Ação de Despejo por Denúncia Vazia: Intempestividade e Abuso de Direito
Publicado em: 15/01/2024 CivelCONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________.
Processo nº ____________
R. L. de S., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ____________, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, nos autos da Ação de Despejo por Denúncia Vazia movida por A. J. dos S., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.
DOS FATOS
O Autor ajuizou a presente ação de despejo por denúncia vazia, alegando o término do prazo contratual e notificando o Réu para desocupação do imóvel no prazo de 30 (trinta) dias, conforme previsto na Lei 8.245/91, art. 46, §1º. Contudo, a presente ação foi proposta após o decurso de mais de 30 (trinta) dias do prazo fixado na notificação peremptória, o que configura abuso de direito e impossibilidade jurídica do pedido.
O Réu, locatário do imóvel comercial situado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, vem cumprindo regularmente suas obrigações contratuais, inclusive o pagamento dos aluguéis e encargos locatícios, não havendo qualquer inadimplemento que justifique a presente demanda.
DO DIREITO
A presente ação de despejo por denúncia vazia encontra-se em desacordo com os preceitos legais aplicáveis, especialmente a Lei 8.245/91, art. 46, §1º, que estabelece o prazo de 30 (trinta) dias para a propositura da ação após a notificação peremptória. O Autor, ao ajuizar a demanda fora desse prazo, incorreu em abuso de direito, violando os princípios da boa-fé objetiva e da segurança jurídica.
Conforme o CCB/2002, art. 422, as partes devem observar os princípios da probidade e boa-fé na execução e conclusão dos contratos. O Autor, ao não respeitar o prazo legal para a propositura da ação, age de forma contrária a esses princípios, prejudicando o Réu, que possui legítima expectativa de estabilidade na relação locatícia.
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