Modelo de Contestação à Ação de Medidas de Proteção Proposta pelo Ministério Público com Base no Melhor Interesse da Criança e Garantia do Contraditório e Ampla Defesa
Publicado em: 27/01/2024 FamiliaCONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Infância e Juventude da Comarca de __________.
Processo nº __________
M. F. de S., brasileira, solteira, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF sob o nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, neste ato representada pelo advogado dativo nomeado, Dr. __________, inscrito na OAB/___ sob o nº __________, com endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar a presente CONTESTAÇÃO à ação de medidas de proteção ajuizada pelo Ministério Público, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
Trata-se de ação promovida pelo Ministério Público que visa à aplicação de medidas de proteção em favor da criança A. J. de S., de 9 anos, sob o fundamento de que a genitora, M. F. de S., encontra-se em crise psicótica, colocando em risco a segurança e o bem-estar da menor.
O advogado dativo nomeado para a defesa da ré não conseguiu estabelecer contato com a mesma, dada a sua condição psicológica atual, o que inviabilizou a obtenção de informações detalhadas para a apresentação de uma defesa plena. Apesar disso, o direito à ampla defesa e ao contraditório deve ser resguardado, conforme preconizado pela Constituição Federal de 1988.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 227, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar, além de colocá-la a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
No caso em tela, é imprescindível que o princípio do melhor interesse da criança seja observado, conforme reiteradamente reconhecido pela jurisprudência e pela doutrina. Tal princípio deve orientar a atuação do magistrado, vinculando o ordenamento jurídico às necessidades específicas da menor envolvida.
Ademais, o CPC/2015, art. 319, assegura que a contestação deve observar o contraditório e a ampla defesa, sendo vedada qualquer decisão que possa prejudicar a parte sem que esta tenha tido a oportunidade de se manifestar adequadamente.
No presente caso, a impossibilidade de contato com a ré, em razão de sua condição psicológica, não pode ser"'>...