Modelo de Contestação à Ação de Reintegração de Posse com Fundamentação Jurídica sobre Posse e Propriedade do Imóvel

Publicado em: 05/04/2024 Civel
Contestação apresentada pela requerida em face de ação de reintegração de posse, argumentando a ausência de legitimidade da requerente sobre o imóvel objeto da lide. A peça destaca fatos como a partilha judicial do imóvel, a tentativa de manipulação de informações pela requerente em inventário, e a nulidade do contrato de locação firmado de forma ilícita. Com base nos artigos do Código Civil e do CPC, além de jurisprudências pertinentes, a requerida solicita a improcedência da ação, a nulidade do contrato de locação, e a condenação da requerente às custas processuais e honorários advocatícios.

CONTESTAÇÃO À AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: ____________
Requerente: Sra. ____________ (nome abreviado conforme instruções)
Requerida: Sra. ____________ (nome abreviado conforme instruções)

PREÂMBULO

A Requerida, Sra. M. F. de S. L., já qualificada nos autos, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional constante no rodapé desta peça, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Ação de Reintegração de Posse ajuizada pela Sra. A. J. dos S., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Requerente, Sra. A. J. dos S., ajuizou a presente demanda alegando ser possuidora do imóvel comercial objeto da lide, o qual teria sido locado a terceiros por meio de contrato firmado em seu nome. Contudo, tal alegação é absolutamente infundada e deve ser refutada pelos fatos que seguem.

O imóvel em questão foi devidamente partilhado em processo de divórcio, em 08/06/2020, sendo atribuído integralmente à Requerida, Sra. M. F. de S. L., conforme formal de partilha homologado judicialmente. O falecido genitor da Requerente, que anteriormente possuía a posse do imóvel, relutou em entregá-lo à Requerida, mas já havia iniciado a retirada dos maquinários para tal fim antes de seu falecimento.

Após o falecimento do genitor da Requerente, esta, de forma fraudulenta, impetrou ação de inventário, manipulando informações para se declarar herdeira e possuidora do imóvel, mesmo nunca tendo exercido posse sobre o bem. Ressalte-se que a Requerente não possuía qualquer convivência com o genitor durante sua vida e jamais frequentou o imóvel em questão.

Além disso, a Requerente, de maneira ilícita, locou o imóvel a terceiros, ocultando sua verdadeira condição de não proprietária. A locatária, Sra. S. A. da S., persiste na posse do imóvel, mesmo após ter sido notificada da irregularidade do contrato de locação e da inexistência de direitos possessórios da Requerente. Foi registrado Boletim de Ocorrência por invasão de propriedade, sendo reconhecida a Requerida como legítima proprietária do imóvel, conforme documentação apresentada.

DO DIREITO

A presente ação carece de fundamento jurídico, uma vez que a Requerente não possui qualquer direito sobre o imóvel em questão. Conforme disposto no CCB/2002, art. 1.196, a posse é definida como o exercício de fato de algum dos podere"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

Preâmbulo

Trata-se de ação de Reintegração de Posse ajuizada pela Sra. A. J. dos S., que alega ser possuidora de um imóvel comercial, atualmente ocupado por terceiros e objeto de litígio entre as partes, conforme exposto nos autos. A Requerida, Sra. M. F. de S. L., contesta a ação, sustentando ser a legítima proprietária do imóvel, com base em formal de partilha homologado judicialmente em processo de divórcio.

Análise Hermenêutica

A análise do presente caso exige uma interpretação hermenêutica que harmonize os fatos narrados pelas partes com os fundamentos constitucionais e legais aplicáveis. Conforme estabelecido no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, a decisão judicial deve ser devidamente fundamentada, garantindo a transparência e a legalidade do julgamento.

Dos Fatos e Fundamentos Constitucionais

A Requerente sustenta sua pretensão de reintegração de posse com base na posse alegadamente exercida sobre o imóvel. Contudo, conforme demonstrado pela Requerida, o imóvel em questão lhe foi atribuído integralmente em partilha judicial homologada em 08/06/2020, o que confere a ela o direito de propriedade, nos termos do art. 5º, XXII, da Constituição Federal, que assegura o direito à propriedade.

Por outro lado, a Requerente não apresentou elementos suficientes para comprovar o exercício de posse legítima ou qualquer título jurídico que sustente sua alegação. A ausência de demonstração de posse legítima inviabiliza a proteção possessória pleiteada, conforme disposto no art. 1.196 do Código Civil de 2002.

Dos Fundamentos Legais

Nos termos do art. 561 do CPC/2015, cabe ao autor da ação de reintegração de posse demonstrar: (i) a posse anterior; (ii) a turbação ou esbulho praticado por terceiro; e (iii) a data da turbação ou do esbulho. No presente caso, a Requerente não conseguiu comprovar a posse anterior, tampouco a ocorrência de esbulho possessório, uma vez que o imóvel vinha sendo ocupado legitimamente pela Requerida, conforme documentação judicial.

Ademais, o contrato de locação celebrado pela Requerente com terceiros é nulo de pleno direito, nos termos do art. 166, IV, do Código Civil, uma vez que a Requerente não detinha poderes para dispor do imóvel. A locatária foi notificada da irregularidade do contrato, mas persistiu na ocupação do imóvel, configurando a prática de ato ilícito.

Jurisprudência Aplicável

A jurisprudência reforça o entendimento de que a posse deve ser baseada em relação jurídica válida e legítima. Citam-se os seguintes precedentes:

"A posse direta exercida pela ré, decorrente de comodato verbal, não anula a indireta exercida pelo autor, nos termos do CCB/2002, art. 1.197. A permanência do réu no imóvel, após o decurso do prazo fixado para desocupação, caracteriza esbulho possessório." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Plinio Novaes de Andrade Júnior, j. 30/09/2024)
"Autores que lograram provar sua posse, bem como o esbulho praticado pelos réus, preenchendo os requisitos do CPC/2015, art. 561. Réus notificados extrajudicialmente para desocupação, tornando-se sua posse, a partir de então, precária e não autorizada." (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Salles Vieira, j. 03/10/2024)

Conclusão do Voto

Diante do exposto, concluo que a Requerente não demonstrou os requisitos necessários para a procedência da Ação de Reintegração de Posse. Não há comprovação de posse anterior legítima, tampouco de turbação ou esbulho praticado pela Requerida, que, ao contrário, apresentou documentação judicial que comprova sua condição de legítima proprietária do imóvel.

Assim, com base no art. 93, IX, da Constituição Federal, julgo improcedente o pedido formulado na presente ação, reconhecendo o direito de propriedade e posse da Requerida sobre o imóvel objeto da lide. Condeno a Requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do art. 85 do CPC/2015.

É como voto.


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