Modelo de Contestação à Ação de Usucapião Extraordinária com Pedido de Nulidade Processual por Ausência de Citação dos Confinantes
Publicado em: 05/04/2025 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioCONTESTAÇÃO À AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO GRANDE – RS
Processo nº: [inserir número do processo]
C. D. R. DE A., brasileiro, casado, aposentado, portador do CPF nº [inserir], RG nº [inserir], e J. G. DE A., brasileira, casada, do lar, portadora do CPF nº [inserir], RG nº [inserir], ambos residentes e domiciliados na Rua [inserir endereço completo], por seu advogado infra-assinado, com endereço eletrônico [inserir e-mail], com escritório profissional à Rua [inserir endereço completo do advogado], onde recebe intimações, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 335 e seguintes, apresentar a presente:
CONTESTAÇÃO
à AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA proposta por I. de A. O., representada por sua filha e curadora C. O. R., pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
I – PRELIMINARMENTE
1.1. NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DOS CONFINANTES
Os contestantes, C. D. R. de A. e J. G. de A., são legítimos confinantes do imóvel objeto da presente ação de usucapião extraordinária, situado na Rua X, nº Y, Bairro Lagoa, Rio Grande/RS, conforme se comprova pelos documentos de propriedade anexos.
Ocorre que, apesar de figurarem como confrontantes diretos do imóvel, jamais foram citados nos autos, o que configura nulidade absoluta da relação processual, nos termos do CPC/2015, art. 239, bem como da Súmula 263/STF e Súmula 391/STF.
Conforme jurisprudência consolidada, a ausência de citação dos confinantes em ação de usucapião impede o regular prosseguimento do feito, devendo ser anulados os atos processuais posteriores, inclusive eventual sentença, para que se viabilize a ampla defesa e o contraditório.
II – DOS FATOS
A autora, I. de A. O., propôs a presente ação de usucapião extraordinária alegando posse mansa, pacífica e ininterrupta de imóvel urbano há mais de 61 anos, com início em 1950, quando seu pai, W. de A., teria adquirido o bem e, posteriormente, doado verbalmente à autora.
Contudo, os contestantes, C. D. R. de A. e J. G. de A., são herdeiros legítimos do Sr. W. de A., e jamais foram comunicados ou anuíram com qualquer doação do imóvel à autora. Ressalte-se que não há qualquer documento formal de doação, tampouco renúncia de herança ou partilha formalizada.
Além disso, os contestantes sempre exerceram vigilância e acompanhamento sobre o imóvel, inclusive contribuindo com despesas de manutenção e impostos em diversos períodos. A suposta posse exclusiva da autora jamais foi reconhecida ou pacífica perante os demais herdeiros.
III – DO DIREITO
3.1. INEXISTÊNCIA DE POSSE EXCLUSIVA E COM ANIMUS DOMINI
Nos termos do CCB/2002, art. 1.238, a usucapião extraordinária exige posse contínua, mansa e pacífica, com animus domini, pelo prazo de 15 anos, sem necessidade de justo títu"'>...