Modelo de Contestação com Pedido de Reconvenção em Ação de Cobrança Condominial
Publicado em: 27/03/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________
Processo nº ____________
CONDOMÍNIO RESIDENCIAL XYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº ____________, com sede na ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), propor:
CONTESTAÇÃO COM PEDIDO DE RECONVENÇÃO
em face de A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil ____________, profissão ____________, portador(a) do CPF nº ____________, residente e domiciliado(a) na ____________, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
PREÂMBULO
A presente peça tem como objetivo contestar a cobrança de taxa extraordinária de condomínio, bem como apresentar pedido reconvencional, visando à improcedência da cobrança indevida, à correção do valor da causa e à reparação por danos morais e materiais, conforme os fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O Requerente ajuizou a presente ação de cobrança de taxa extraordinária de condomínio, alegando inadimplência de uma parcela referente a uma obrigação de 60 meses. Contudo, a cobrança apresentada é desproporcional e não reflete o real conteúdo patrimonial em discussão, pois apenas uma parcela encontra-se em atraso.
Ademais, o valor da causa foi arbitrado de forma inflacionada, incluindo 12 parcelas vincendas, o que não corresponde ao proveito econômico efetivamente perseguido, contrariando o princípio da proporcionalidade e da boa-fé processual.
DO DIREITO
1. DA INAPLICABILIDADE DO PARÁGRAFO 2º DO ARTIGO 292 DO CPC
Nos termos do CPC/2015, art. 292, § 2º, em obrigações por tempo indeterminado ou superior a um ano, o valor da causa deve corresponder à soma de 12 prestações mensais. Contudo, a presente obrigação é de 60 meses, das quais 59 já foram quitadas, restando apenas uma parcela em aberto. Assim, não se trata de obrigação por tempo indeterminado ou superior a um ano, inviabilizando a aplicação do referido dispositivo.
2. DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E DA BOA-FÉ PROCESSUAL
A inclusão de 12 parcelas vincendas no valor da causa não reflete o real conteúdo patrimonial em discussão, que se limita a uma única parcela em atraso. Tal prática é desproporcional e contrária ao princípio da boa-fé processual, previsto no CPC/2015, art. 5º. O valor da causa deve corresponder ao efetivo proveito econômico perseguido, sob pena de causar prejuízo ao Requerido.
3. DA NECESSIDADE DE CORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA
O CPC/2015, art. 292, § 3º, autoriza o juiz a corrigir de ofício o valor da causa, caso este não corresponda ao proveito econômico perseguido. No presente caso, o valor arbitrado não reflete a realidade, devendo ser ajustado para contemplar apenas a parcela em atraso, em respeito aos princípios da propor"'>...