Modelo de Contestação em Ação de Cobrança de IPTU com Questionamento de Correção Monetária e Honorários Advocatícios

Publicado em: 04/03/2025 CivelProcesso Civil Execução Fiscal
Contestação apresentada em ação de execução fiscal promovida por Município, visando à cobrança de IPTU inscrito em dívida ativa. O documento fundamenta a irregularidade na aplicação da correção monetária, que não segue os índices legais, e a desproporcionalidade na fixação de honorários advocatícios em 20%, em afronta aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Baseia-se em dispositivos constitucionais e legais, como a CF/88, CTN e CPC/2015, e em jurisprudências relevantes, além de requerer a retificação do valor cobrado e a redução dos honorários.

CONTESTAÇÃO

PREÂMBULO

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública da Comarca de __________.

Processo nº: __________

A. J. dos S., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, inscrito no CPF sob o nº __________, residente e domiciliado à __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional à __________, onde receberá as intimações de estilo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos autos da Ação de Cobrança de Dívida Ativa promovida pelo Município de __________, apresentar:

CONTESTAÇÃO

com fundamento no CPC/2015, art. 335 e seguintes, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

Trata-se de ação de execução fiscal promovida pelo Município de __________, visando à cobrança de IPTU referente ao exercício de 2018, inscrito em dívida ativa, acrescido de correção monetária supostamente irregular e honorários advocatícios fixados em 20% do valor total da dívida.

O Requerido, no entanto, contesta a cobrança, uma vez que a correção monetária aplicada não segue os índices legais e regulares, além de os honorários advocatícios estarem fixados em percentual excessivo, violando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

DO DIREITO

Inicialmente, cumpre destacar que o IPTU é tributo de competência municipal, conforme disposto na CF/88, art. 156, I. Contudo, a cobrança deve observar os princípios constitucionais e legais, como o da legalidade (CF/88, art. 5º, II) e o da moralidade administrativa (CF/88, art. 37, caput).

A correção monetária aplicada pelo Município não segue os índices oficiais determinados pela legislação vigente, o que configura irregularidade na cobrança. A ausência de observância dos índices legais viola o princípio da legalidade tributária, previsto no CTN, art. 97, IV.

Ademais, a fixação de honorários advocatícios em 20% do valor total da dívida é desproporcional e desarrazoada, especialmente em se tratando de execução fiscal de tributo municipal. O CPC/2015, art. 85, §2º, estabelece que os honorários devem ser fixados de forma equitativa, considerando o trabalho realizado pelo a"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de recurso interposto nos autos da Ação de Cobrança de Dívida Ativa promovida pelo Município de __________, visando à execução fiscal do IPTU referente ao exercício de 2018, inscrito em dívida ativa. O recorrente, A. J. dos S., contesta a legalidade da correção monetária aplicada e a fixação de honorários advocatícios no percentual de 20% sobre o valor da dívida.

Alega-se violação aos princípios constitucionais da razoabilidade, proporcionalidade e legalidade, além de irregularidades no processo de cálculo da dívida. O requerente também pleiteia a redução dos honorários advocatícios, argumentando que o percentual fixado é excessivo.

Fundamentação

O presente voto encontra fundamento na Constituição Federal de 1988, especialmente no art. 93, IX, que exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente fundamentadas. Além disso, a análise aqui realizada se pauta nos princípios constitucionais da legalidade (art. 5º, II), moralidade administrativa (art. 37, caput) e razoabilidade.

Inicialmente, cumpre observar que o IPTU, como tributo de competência municipal (art. 156, I, da CF/88), deve respeitar os índices de correção monetária previstos em lei. A aplicação de índices não oficiais, como apontado pelo recorrente, configura violação ao princípio da legalidade tributária, conforme previsto no Código Tributário Nacional, art. 97, IV.

No que diz respeito à fixação dos honorários advocatícios em 20%, entendo que tal percentual ultrapassa os limites da razoabilidade e proporcionalidade. O CPC/2015, art. 85, §2º, prevê que a fixação dos honorários deve ser feita de forma equitativa, levando em consideração o trabalho executado pelo advogado, o valor da causa e a complexidade da demanda. Dessa forma, há fundamento para a revisão do percentual fixado.

Por fim, no que tange à regularidade do processo de inscrição em dívida ativa e à notificação do contribuinte, é necessário observar o disposto na Lei 6.830/80, art. 2º, §5º, e na jurisprudência consolidada. A ausência de elementos que comprovem a regularidade do procedimento pode acarretar a nulidade da cobrança.

Jurisprudência Aplicável

  • STJ (2ª T.) - RECURSO ESPECIAL 1.812.196 - PR: Determina a obrigatoriedade de observação das formalidades legais em atos processuais, sob pena de nulidade.
  • TJSP - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: Reitera a presunção de regularidade da notificação tributária, desde que comprovado o cumprimento das exigências legais.
  • TJSP - Apelação Acórdão/TJSP: Enfatiza a necessidade de respeito às exigências legais antes do ajuizamento de execuções fiscais.

Dispositivo

À luz dos fatos e fundamentos apresentados, voto no sentido de dar parcial provimento ao recurso interposto por A. J. dos S., com base nos seguintes pontos:

  1. Declarar a irregularidade na aplicação dos índices de correção monetária, determinando a retificação do valor cobrado com base nos índices oficiais previstos pela legislação vigente;
  2. Reduzir os honorários advocatícios fixados para o percentual de 10% sobre o valor da causa, em conformidade com o CPC/2015, art. 85, §2º;
  3. Manter as custas processuais a cargo do Município, considerando a parcial procedência das alegações do recorrente;
  4. Determinar a continuidade do processo executivo fiscal, desde que observados todos os requisitos legais previstos na Lei 6.830/80, art. 2º, §5º.

Desta forma, conhece-se do recurso e dá-se parcial provimento, conforme fundamentação acima exposta.

Conclusão

Diante do exposto, voto no sentido de reconhecer parcialmente o pedido do recorrente, com os ajustes determinados acima, promovendo a justiça fiscal e a observância aos princípios constitucionais e legais aplicáveis ao caso.

É como voto.

Local e data.

____________________________
Magistrado(a) Relator(a)


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