Modelo de Contestação em Ação de Nunciação de Obra Nova com Pedido de Improcedência e Realização de Prova Pericial
Publicado em: 16/12/2024 CivelProcesso Civil Direito ImobiliárioCONTESTAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________
Processo nº: _____________
SEBASTIÃO JOSÉ DE OLIVEIRA e EULÁLIA PAULINO SOARES OLIVEIRA, já qualificados nos autos da ação de nunciação de obra nova movida por BEATRIZ BORGES DE SOUZA e sua filha menor BIANCA BORGES DE SOUZA AZEVEDO, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores, apresentar a presente CONTESTAÇÃO, com fundamento no artigo 335 e seguintes do CPC/2015, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
PREÂMBULO
Os réus, em atenção ao princípio do contraditório e da ampla defesa, apresentam sua contestação, refutando os argumentos apresentados pelas autoras e requerendo a improcedência dos pedidos formulados na inicial.
DOS FATOS
Os autores alegam que a obra realizada pelos réus em seu imóvel teria causado danos estruturais à residência das autoras, como rachaduras, infiltrações e deslocamento de piso. Relatam ainda que a obra não possui alvará ou engenheiro responsável, sendo considerada irregular pela Prefeitura. Em razão disso, pleiteiam a paralisação da obra, reparação de danos materiais e morais, além de tutela de urgência.
Contudo, os fatos narrados pelas autoras não correspondem à realidade. A obra realizada pelos réus foi conduzida de forma responsável, sem qualquer interferência prejudicial ao imóvel vizinho. Ademais, a alegação de irregularidade administrativa não se relaciona diretamente com os supostos danos alegados pelas autoras, sendo matéria estranha à presente demanda.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que, nos termos do CPC/2015, art. 373, I, cabe às autoras o ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito. No presente caso, não há qualquer prova concreta de que os danos alegados tenham sido causados pela obra realizada pelos réus.
Além disso, o CCB/2002, art. 186, estabelece que a responsabilidade civil decorre de ato ilícito, o que não se verifica na conduta dos réus. A obra foi realizada dentro dos limites legais e sem qualquer intenção de causar prejuízo às autoras.
Quanto à alegação de danos morais, é necessário comprovar o abalo psicológico significativo, o que não foi demonstrado nos autos. A simples existência de problemas estruturais, ainda que comprovados, n�"'>...