Modelo de Contestação em Ação de Partilha de Bens no Regime de Separação Obrigatória
Publicado em: 07/02/2025 CivelProcesso Civil FamiliaCONTESTAÇÃO
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de __________.
Processo nº: __________
Requerida: M. F. de S. L.
Requerente: C. E. da S.
Por intermédio de seu advogado legalmente constituído, conforme instrumento de mandato anexo, vem a Requerida, com fundamento no CPC/2015, art. 335, apresentar sua CONTESTAÇÃO à ação de partilha de bens proposta por C. E. da S., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
A presente demanda versa sobre a partilha de bens no regime de separação obrigatória, adotado pelas partes em virtude da idade do Requerente à época do casamento, conforme determina o CCB/2002, art. 1.641, II.
O Requerente pleiteia a divisão de bens adquiridos durante o matrimônio, alegando esforço comum na aquisição dos mesmos. Contudo, não apresentou qualquer prova documental ou testemunhal que comprove tal esforço conjunto, conforme exige a legislação vigente e a jurisprudência consolidada sobre o tema.
É imperioso destacar que o regime de separação obrigatória tem como característica principal a incomunicabilidade dos bens adquiridos na constância do casamento, salvo comprovação inequívoca de esforço comum, o que não ocorreu no presente caso.
DO DIREITO
O regime de separação obrigatória de bens está previsto no CCB/2002, art. 1.641, II, sendo aplicável aos casos em que um dos cônjuges contrai matrimônio com idade superior a 70 anos. Este regime tem como objetivo proteger o patrimônio individual das partes, presumindo-se a incomunicabilidade dos bens adquiridos durante o casamento.
Conforme entendimento pacífico do STJ, a partilha de bens no regime de separação obrigatória somente é possível mediante a comprovação de esforço comum, o que não foi demonstrado pelo Requerente. A ausência de provas documentais ou testemunhais inviabiliza a pretensão de divisão patrimonial.
Ademais, a doutrina majoritária sustenta que o esforço comum deve ser comprovado de forma inequívoca, não bastando meras alegações genéricas ou subjetivas. Tal entendimento visa garantir a segurança jurídica e evitar litígios infundados.
Por fim, o CPC/2015, art. 373, I, es"'>...