Modelo de Contestação Trabalhista – Impugnação de Vínculo Empregatício e Adicionais de Periculosidade e Insalubridade por Prestação de Serviços Autônoma

Publicado em: 15/04/2025 Trabalhista Processo do Trabalho
Modelo de contestação apresentada por empresa ré em ação trabalhista, na qual impugna a existência de vínculo empregatício com o reclamante que atuava como técnico em eletrônica. A defesa sustenta que a relação jurídica entre as partes se deu por meio de prestação de serviços autônoma, sem os elementos configuradores do vínculo de emprego (pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade), com base na CLT, art. 2º e CLT, art. 3º. A empresa também nega a existência de condições de trabalho insalubres ou perigosas, argumentando que o reclamante utilizava EPIs adequados e que os serviços eram realizados em ambiente controlado. O documento fundamenta-se em dispositivos legais da CLT, CF/88 e CPC/2015, bem como em jurisprudência do TST, e requer a improcedência total dos pedidos iniciais, além de honorários sucumbenciais.

CONTESTAÇÃO

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da ___ Vara do Trabalho de [Cidade/UF]

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

RÉ: EMPRESA XYZ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.000.000/0001-00, com sede na Rua das Flores, nº 100, Bairro Centro, CEP 00000-000, na cidade de [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

à Reclamação Trabalhista movida por RÉU: A. J. dos S., brasileiro, solteiro, técnico em eletrônica, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua das Acácias, nº 200, Bairro Jardim, CEP 00000-000, na cidade de [Cidade/UF], endereço eletrônico: [email protected], pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

3. SÍNTESE DA INICIAL

O Reclamante ajuizou a presente Reclamação Trabalhista alegando que manteve vínculo empregatício com a Reclamada no período de 01/01/2020 a 31/12/2022, exercendo a função de técnico em manutenção de equipamentos eletrônicos. Sustenta que laborava em condições perigosas e insalubres, pleiteando o reconhecimento do vínculo de emprego, bem como o pagamento de adicionais de periculosidade e insalubridade, além das verbas rescisórias decorrentes.

4. PRELIMINARES (SE HOUVER)

Não há preliminares a serem arguidas neste momento processual.

5. MÉRITO

5.1. DA INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO

A Reclamada impugna, de forma veemente, a alegação de vínculo empregatício. O Reclamante prestou serviços de forma eventual e autônoma, mediante contrato de prestação de serviços firmado com sua empresa individual, sem subordinação, habitualidade, pessoalidade ou exclusividade, requisitos indispensáveis à configuração do vínculo de emprego, conforme estabelecido na CLT, art. 2º e CLT, art. 3º.

Ressalte-se que a contratação foi realizada sob regime de prestação de serviços, com emissão de notas fiscais e sem qualquer ingerência da Reclamada sobre a forma de execução dos serviços. O Reclamante possuía autonomia técnica, liberdade de horários e prestava serviços a outros contratantes.

A jurisprudência do TST é clara ao exigir a presença cumulativa dos elementos fático-jurídicos da relação de emprego, conforme se depreende da Súmula 126/TST. A ausência desses requisitos descaracteriza o vínculo empregatício.

5.2. DA INEXISTÊNCIA DE PERICULOSIDADE

O Reclamante não laborava em condições perigosas. Não havia exposição a agentes inflamáveis, explosivos ou eletricidade em condições de risco acentuado, conforme exige a NR-16 do Ministério do Trabalho. Os serviços prestados eram de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos eletrônicos em ambiente controlado e sem risco iminente.

Ademais, eventual contato com equipamentos energizados ocorria com uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, fornecidos pela Reclamada, os quais neutralizavam qualquer risco, conforme previsto na NR-16, item 16.6.

5.3. DA INEXISTÊNCIA DE INSALUBRIDADE

Também não procede a alegação de labor em condições insalubres. O Reclamante não esteve exposto a agentes nocivos à saúde em níveis superiores aos limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do Ministério do Trabalho.

Os EPIs fornecidos pela Reclamada eram adequados e eficazes, conforme laudos técnicos e fichas de controle de entrega, o qu"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Processo: Reclamação Trabalhista - A. J. dos S. x EMPRESA XYZ LTDA

Vara: ___ Vara do Trabalho de [Cidade/UF]

Voto do Magistrado

Trata-se de Reclamação Trabalhista ajuizada por A. J. dos S. em face de EMPRESA XYZ LTDA, por meio da qual o Reclamante pleiteia o reconhecimento de vínculo empregatício, bem como o pagamento de adicionais de periculosidade e insalubridade, além das verbas rescisórias decorrentes.

1. Do Conhecimento da Ação

Presentes os pressupostos processuais de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, conheço da presente ação.

2. Da Preliminar

Não há preliminares a serem analisadas, conforme manifestação expressa da parte Ré.

3. Do Mérito

3.1. Do Vínculo de Emprego

A controvérsia central reside na existência ou não de vínculo empregatício entre as partes. A CLT, art. 2º e CLT, art. 3º, define o empregador e o empregado, exigindo a presença de pessoalidade, habitualidade, onerosidade e subordinação jurídica para a configuração da relação empregatícia.

No caso em análise, a prova documental e testemunhal constante dos autos demonstra que o Reclamante prestava serviços de forma autônoma, emitia notas fiscais por intermédio de empresa individual e possuía liberdade na execução de suas atividades, inclusive prestando serviços a outros contratantes.

Não se verificam, portanto, os elementos essenciais para o reconhecimento do vínculo empregatício, sendo inaplicável a Súmula 331/TST à hipótese dos autos.

3.2. Da Periculosidade

Quanto ao pedido de adicional de periculosidade, observo que o Reclamante não comprovou exposição habitual a agentes perigosos nos moldes exigidos pela NR-16 do Ministério do Trabalho.

Ademais, restou demonstrado que a Reclamada fornecia adequados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), aptos a neutralizar eventual risco, conforme laudos e fichas de entrega juntadas aos autos.

3.3. Da Insalubridade

Também não prospera o pedido de adicional de insalubridade. O Reclamante não comprovou estar exposto a agentes nocivos à saúde em níveis superiores aos admitidos pela legislação vigente (NR-15), tampouco produziu prova técnica hábil a embasar sua alegação.

A prova pericial, inclusive, atestou a inexistência de insalubridade nas atividades desenvolvidas, sendo eficazes os EPIs fornecidos.

4. Do Ônus da Prova

O ônus da prova quanto aos fatos constitutivos do direito alegado incumbia ao Reclamante, conforme dispõe o CPC/2015, art. 373, inciso I, c/c CLT, art. 818. Não tendo se desincumbido de tal encargo, impõe-se a improcedência dos pedidos.

5. Jurisprudência Aplicável

Corrobora o entendimento ora adotado a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho que exige a presença dos requisitos legais para o reconhecimento da relação empregatícia, conforme preconizado na Súmula 126/TST.

Também se evidencia que a simples existência de contrato de prestação de serviços e a emissão de notas fiscais não são suficientes para afastar o vínculo, mas, no caso concreto, a ausência de subordinação, habitualidade e pessoalidade foi devidamente comprovada.

6. Da Fundamentação Constitucional

O presente voto é proferido em estrito cumprimento a CF/88, art. 93, inciso IX, que exige a fundamentação de todas as decisões judiciais, sob pena de nulidade. A decisão encontra-se devidamente motivada com base nos elementos de prova e nas disposições legais aplicáveis ao caso.

7. Dispositivo

Posto isso, julgo improcedente a Reclamação Trabalhista ajuizada por A. J. dos S. em face de EMPRESA XYZ LTDA, nos termos da fundamentação, que passa a integrar este dispositivo.

Condeno o Reclamante ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais à parte Reclamada no percentual de 10% sobre o valor atualizado da causa, nos termos da CLT, art. 791-A.

Custas processuais pelo Reclamante, calculadas sobre o valor atribuído à causa, das quais fica isento por ser beneficiário da justiça gratuita (se for o caso).

8. Conclusão

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

[Cidade], [Data].

___________________________
JUIZ DO TRABALHO


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