Modelo de Contrarrazões ao Recurso Especial - Responsabilidade Objetiva do Banco em Caso de Golpe do Motoboy

Publicado em: 29/10/2024 Processo CivilConsumidor
Modelo de contrarrazões ao Recurso Especial interposto pelo Banco do Brasil S.A., envolvendo um caso de golpe do motoboy. A peça argumenta pela manutenção da responsabilidade objetiva do banco, conforme o CDC, art. 14, e pela inaplicabilidade da alegação de culpa exclusiva da vítima. Também aborda os princípios da proteção ao consumidor e da boa-fé objetiva.
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) do Tribunal de Justiça do Estado de [Localidade]

Processo n.º: [número do processo]
Recorrente: Banco do Brasil S.A.
Recorrido: [nome do recorrido]

[Nome do recorrido], [estado civil], [profissão], inscrito no CPF/MF sob o n.º [número], residente e domiciliado na [endereço completo], com endereço eletrônico [e-mail], por meio de seu advogado que esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL, interposto por Banco do Brasil S.A., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I – SÍNTESE DOS FATOS

Trata-se de ação indenizatória movida pelo recorrido contra o Banco do Brasil S.A., em razão de prejuízos decorrentes do chamado “golpe do motoboy”, em que o autor, mediante fraude, teve seus dados bancários obtidos por terceiros, resultando em movimentações indevidas em sua conta bancária. O Juízo de primeiro grau e o Tribunal de Justiça entenderam pela responsabilidade do Banco do Brasil S.A. e condenaram a instituição ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais sofridos pelo recorrido.

O recorrente interpôs Recurso Especial alegando afronta ao CDC, art. 14, §3º, II, e ao CPC/2015, art. 337, XI, pretendendo limitar a responsabilidade sob o argumento de que a falha foi exclusiva do consumidor, além de suscitar divergência jurisprudencial quanto à aplicação da lei federal.

II – DAS RAZÕES PARA O NÃO PROVIMENTO DO RECURSO ESPECIAL

O Banco do Brasil S.A. pretende, em sede de Recurso Especial, afastar a sua responsabilidade alegando que o evento danoso se deu por culpa exclusiva da vítima, o que configuraria uma das hipóteses de exclusão de responsabilidade previstas no CDC, art. 14, §3º, II. Contudo, o entendimento aplicado pelo Tribunal de origem está em perfeita harmonia com a legislação consumerista, que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, salvo nas hipóteses taxativamente previstas.

No presente caso, restou devidamente comprovado que a fragilidade do s"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

No presente caso, o recorrido foi vítima de uma fraude conhecida como “golpe do motoboy”, na qual, mediante artifícios enganosos, terceiros obtiveram acesso aos dados bancários do autor e realizaram movimentações indevidas. A ação foi proposta contra o Banco do Brasil S.A., que, na condição de fornecedor de serviços financeiros, tinha o dever de zelar pela segurança das operações realizadas em sua plataforma.

A sentença de primeiro grau e o acórdão do Tribunal de Justiça reconheceram a responsabilidade objetiva do Banco, determinando a reparação pelos danos sofridos pelo consumidor. O Banco do Brasil S.A., por sua vez, interpôs Recurso Especial, sustentando culpa exclusiva da vítima e divergência jurisprudencial quanto à aplicação da responsabilidade prevista no CDC, art. 14, §3º, II.

Defesas que podem ser opostas pela parte contrária: O Banco pode argumentar que o consumidor não tomou as devidas precauções para evitar o golpe e que, portanto, houve culpa exclusiva da vítima. Entretanto, tais alegações não afastam a responsabilidade objetiva do fornecedor, que deve garantir a segurança adequada do serviço prestado, conforme os preceitos do Código de Defesa do Consumidor.

Conceitos e definições do documento:

  • Golpe do Motoboy: Fraude em que os golpistas entram em contato com a vítima, se passando por funcionários do banco, e solicitam a entrega do cartão bancário a um motoboy, para posteriormente realizar movimentações indevidas.

  • Responsabilidade Objetiva: Modalidade de responsabilidade em que não é necessário demonstrar culpa, bastando a comprovação do defeito no serviço e o nexo causal entre o defeito e o dano sofrido pelo consumidor (CDC, art. 14).



TÍTULO:
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO PELO BANCO DO BRASIL S.A. EM CASO DE GOLPE DO MOTOBOY


  1. Introdução

As contrarrazões ao Recurso Especial interposto pelo Banco do Brasil S.A. objetivam a manutenção da decisão recorrida, que reconheceu a responsabilidade objetiva da instituição financeira em decorrência de golpe conhecido como "golpe do motoboy", onde o cliente é induzido a entregar seu cartão bancário a um suposto motoboy enviado pelo banco. O banco alega que a culpa é exclusiva da vítima, buscando eximir-se de sua responsabilidade.

Legislação:

CDC, art. 14 - Responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços por danos causados aos consumidores em razão de falhas na prestação do serviço.

CF/88, art. 5º, XXXII - Estabelece a defesa do consumidor como princípio fundamental do Estado brasileiro.

CCB/2002, art. 186 - Regula a responsabilidade por ato ilícito, que pode ser imputada pela negligência em relação à segurança dos consumidores.

Jurisprudência:

Responsabilidade do Banco

Culpa da Vítima Consumidor

Banco e Golpes


  1. Contrarrazões ao Recurso Especial

Este tópico aborda a argumentação para manter a decisão que responsabiliza o Banco do Brasil S.A. pelo golpe. Argumenta-se que o CDC, art. 14 institui a responsabilidade objetiva dos fornecedores de serviço, eliminando a necessidade de provar culpa do banco, bastando a demonstração do defeito na prestação do serviço e do dano sofrido. A alegação de culpa exclusiva da vítima é contestada, pois, no caso, o banco falhou em assegurar a segurança dos dados bancários do cliente, o que permitiu que terceiros agissem em seu nome, gerando o dano.

Legislação:

CDC, art. 6º, VIII - Facilitação da defesa do consumidor em juízo.

CCB/2002, art. 927 - Obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei.

CDC, art. 14, §3º - Define as hipóteses em que o fornecedor pode se eximir da responsabilidade, como culpa exclusiva do consumidor, o que não se aplica no caso.

Jurisprudência:

Responsabilidade Objetiva Banco

Culpa Exclusiva da Vítima

Proteção ao Consumidor


  1. Golpe do Motoboy

O golpe do motoboy caracteriza-se por uma prática fraudulenta onde a vítima, ludibriada por informações e contatos aparentemente genuínos, entrega seu cartão bancário a um suposto "motoboy", que seria enviado pelo banco para solucionar um problema. Argumenta-se que, sendo o banco responsável pela segurança de suas operações e informações, deve responder pelos danos causados a seus clientes. A instituição bancária, ao não adotar meios eficazes para prevenir fraudes dessa natureza, viola o princípio da boa-fé objetiva na relação de consumo.

Legislação:

CDC, art. 4º, III - Determina que as relações de consumo devem ser pautadas pela boa-fé objetiva.

CDC, art. 6º, I - Direito à proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços.

CCB/2002, art. 422 - Princípio da boa-fé nos contratos, aplicável também nas relações entre bancos e clientes.

Jurisprudência:

Boa-Fé Objetiva Consumidor

Golpe do Motoboy Banco

Fraude Bancária e Responsabilidade


  1. Responsabilidade Objetiva do Banco

A responsabilidade objetiva do banco fundamenta-se no CDC, art. 14, que dispensa a prova de culpa do fornecedor de serviço para imputação de responsabilidade pelos danos causados ao consumidor. Neste caso, sendo o golpe realizado por meio de informações e dados que estavam sob a guarda da instituição, entende-se que o banco deve arcar com os prejuízos experimentados pelo cliente, não podendo alegar culpa exclusiva da vítima.

Legislação:

CDC, art. 14 - Responsabilidade do fornecedor de serviços.

CDC, art. 22 - Obrigação de fornecer serviços adequados, seguros e, quando essenciais, contínuos.

CF/88, art. 170, V - Defesa do consumidor como fundamento da ordem econômica.

Jurisprudência:

Responsabilidade Objetiva Banco no Consumo

Responsabilidade do Banco pela Segurança do Cliente

Culpa Exclusiva do Consumidor Banco


  1. Considerações Finais

Diante do exposto, conclui-se que a decisão que responsabilizou o Banco do Brasil S.A. deve ser mantida, pois encontra-se em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor e com os princípios da boa-fé objetiva e da responsabilidade objetiva. O banco deve responder pelos danos sofridos pela vítima do golpe do motoboy, assegurando, assim, a proteção e segurança de seus clientes, que são os destinatários finais de seus serviços.

Legislação:

CDC, art. 4º - Proteção do consumidor e defesa de seus direitos e interesses.

CDC, art. 6º, IV - Proteção contra métodos comerciais coercitivos e desleais.

CCB/2002, art. 927 - Responsabilidade pela reparação de danos causados.

Jurisprudência:

Proteção do Consumidor Banco

Responsabilidade do Banco no Consumo Final

Boas Práticas do Banco e Segurança


 


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