Modelo de Contrarrazões ao Recurso Inominado em Ação de Indenização por Vício em Produto Essencial com Fundamento no Código de Defesa do Consumidor

Publicado em: 15/04/2025 Processo CivilConsumidor
Modelo de contrarrazões ao recurso inominado apresentado por consumidor em face de recurso interposto por empresa fabricante (Electrolux do Brasil S.A.), no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis de Minas Gerais. A peça jurídica sustenta a manutenção da sentença de primeiro grau que reconheceu a legitimidade ativa da autora — usuária direta de refrigerador defeituoso — para pleitear danos morais com base no Código de Defesa do Consumidor, além de defender a validade da multa aplicada por litigância de má-fé. Fundamenta-se no CDC, art. 6º, CDC, art. 14 e CDC, art. 18, CF/88, art. 1º, III e CPC/2015, art. 373, II e CPC/2015, art. 80. Inclui jurisprudência atualizada e pedido de condenação em custas e honorários.

CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Processo nº: XXXXXXX-XX.2024.8.13.XXXX

Recorrente: Electrolux do Brasil S.A.

Recorrida: E. de O. da C.

E. de O. da C., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, apresentar suas

CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO

interposto por Electrolux do Brasil S.A., requerendo o recebimento e o regular processamento das presentes contrarrazões, nos termos do que dispõe a Lei 9.099/1995, art. 41, § 1º, e demais dispositivos aplicáveis, para ao final ser negado provimento ao recurso, mantendo-se a r. sentença por seus próprios fundamentos.

1. PRELIMINARMENTE

Não há questões preliminares a serem suscitadas neste momento processual.

2. DOS FATOS

A presente demanda foi ajuizada por E. de O. da C. em razão de vício de qualidade em produto essencial à vida doméstica — um refrigerador da marca Electrolux — adquirido em 09/02/2024. O produto apresentou defeito persistente mesmo após tentativas de reparo pela assistência técnica da fabricante, o que levou a autora a buscar a tutela jurisdicional para obter a reparação pelos danos morais sofridos e a restituição do valor pago.

O juízo de primeiro grau, com acerto, reconheceu a legitimidade da autora para pleitear a indenização por danos morais, julgando procedente esse pedido. Por outro lado, entendeu pela ilegitimidade ativa quanto à restituição do valor do produto, pois a nota fiscal estava em nome de terceiro (filho da autora). Ainda, aplicou multa por litigância de má-fé à empresa ré, diante da interposição de embargos de declaração com caráter manifestamente protelatório.

Inconformada, a empresa Electrolux interpôs recurso inominado, alegando ausência de legitimidade da autora para pleitear danos morais, inexistência de vício no produto e indevida aplicação da multa por má-fé.

3. DO DIREITO

A sentença deve ser integralmente mantida, pois encontra-se em consonância com os princípios e normas do CDC, art. 6º, CDC, art. 14 e CDC, art. 18.

Inicialmente, quanto à legitimidade ativa da autora para pleitear indenização por danos morais, é pacífico o entendimento de que o consumidor final, ainda que não conste como adquirente formal na nota fiscal, possui legitimidade para propor ação quando for o real usuário do produto e tiver sofrido os efeitos do defeito. No caso em tela, a autora é mãe do adquirente formal e usuária direta do refrigerador, sendo, portanto, parte legítima para pleitear reparação pelos danos morais sofridos.

Conforme o CDC, art. 2º, consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. A autora, como usuária do produto defeituoso, enquadra-se perfeitamente nessa definição.

Quanto à existência de vício no produto, restou incontroverso nos autos que o refrigerador apresentou defeito persistente, não solucionado no prazo legal de 30 dias, conforme previsto no CDC, art. 18, § 1º, II. A empresa ré não se desincumbiu do ônus de provar a inexistência do defeito ou a culpa exclusiva do consumidor, "'>...

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Informações complementares

Claro! Abaixo segue a simulação de voto do magistrado, estruturada em HTML com base no documento apresentado, fundamentada na CF/88, art. 93, IX, que exige a fundamentação das decisões judiciais:

Simulação de Voto

I. Relatório

Cuida-se de Recurso Inominado interposto por Electrolux do Brasil S.A. contra sentença proferida nos autos da ação proposta por E. de O. da C., que julgou parcialmente procedente o pedido formulado na inicial, reconhecendo o direito da autora à indenização por danos morais em razão de vício em produto essencial, consistente em refrigerador com defeito persistente.

O juízo de origem também aplicou multa por litigância de má-fé à parte ré, diante da interposição de embargos de declaração com intuito manifestamente protelatório, e julgou improcedente o pedido de restituição do valor do produto, por ausência de legitimidade ativa.

A Recorrente sustenta, em síntese, a ilegitimidade da autora para pleitear danos morais, a inexistência de vício no produto e a indevida imposição da multa por má-fé.

II. Fundamentação

1. Da Legitimidade Ativa

Assiste razão à sentença ao reconhecer a legitimidade da autora para pleitear reparação por danos morais. Nos termos do CDC, art. 2º, consumidor é aquele que utiliza o produto como destinatário final. A autora, embora não conste na nota fiscal, é usuária direta do bem e, portanto, parte legítima para a presente ação.

Tal entendimento encontra respaldo na jurisprudência consolidada dos tribunais pátrios, os quais reconhecem a legitimidade do consumidor de fato nas ações consumeristas.

2. Da Existência de Vício no Produto

Restou incontroverso nos autos que o refrigerador apresentou defeito que não foi sanado no prazo legal de 30 dias, conforme dispõe o CDC, art. 18, § 1º, II. A empresa não logrou êxito em comprovar a inexistência do defeito ou culpa exclusiva do consumidor, ônus que lhe cabia, nos termos do CPC/2015, art. 373, II.

Tratando-se de produto essencial à vida cotidiana, como uma geladeira, a falha na prestação do serviço ultrapassa o mero aborrecimento, atingindo a dignidade do consumidor, princípio basilar da CF/88, art. 1º, III.

3. Do Dano Moral

O dano moral é presumido em casos como o presente, nos quais há vício em produto essencial não sanado, gerando transtornos concretos à autora. A indenização fixada pelo juízo a quo atendeu aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade, devendo ser mantida.

4. Da Litigância de Má-Fé

A aplicação da penalidade por litigância de má-fé também deve ser mantida. A análise dos autos revela que os embargos de declaração opostos pela Recorrente não tinham por objetivo sanar obscuridade, contradição ou omissão, mas sim rediscutir matéria já decidida, o que configura evidente tentativa de protelar o feito, nos termos do CPC/2015, art. 80, VII.

5. Do Pedido de Restituição

Quanto ao pedido de restituição do valor pago pelo produto, a sentença acertadamente reconheceu a ilegitimidade da autora, uma vez que a nota fiscal encontra-se em nome de terceiro. Não há nos autos comprovação de relação jurídica direta entre a autora e a celebrante do contrato de compra e venda.

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro na CF/88, art. 93, IX, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, conheço do recurso, por estarem presentes seus pressupostos de admissibilidade, e nego-lhe provimento, mantendo-se integralmente a r. sentença de primeiro grau por seus próprios e jurídicos fundamentos.

Condeno a Recorrente ao pagamento das custas recursais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85, § 2º, ressalvada a hipótese de concessão da gratuidade de justiça.

É como voto.

IV. Certidão

Certifico que o presente voto foi proferido em conformidade com o disposto na CF/88, art. 93, IX.

Minas Gerais, ___ de __________ de 2024.

Desembargador Relator

Este HTML simula o voto de um magistrado em instância recursal, observando os princípios constitucionais, os dispositivos do CDC e do CPC, além de respeitar a estrutura e linguagem jurídica formal. Tal modelo pode ser utilizado em ambientes acadêmicos, simulações de julgamento, ou como recurso didático.


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