Modelo de Impugnação ao Pedido de Penhora de Valores Pagos Parceladamente

Publicado em: 07/10/2024 Processo Civil
Modelo de impugnação ao pedido de penhora de valores em conta bancária, argumentando sobre a natureza alimentar dos valores e a regularidade dos pagamentos parcelados. Fundamentação baseada nos princípios da menor onerosidade, proporcionalidade e boa-fé.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________

 

PROCESSO Nº: ____________
IMPUGNANTE: ____________
IMPUGNADO: ____________

EGRÉGIO JUÍZO,

____________, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado ao final assinado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE PENHORA EM CONTA BANCÁRIA, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir delineados:

1. Dos Fatos

A parte impugnada formulou pedido de penhora sobre valores depositados em conta bancária de titularidade do impugnante, com a finalidade de garantir o cumprimento de sentença referente ao pagamento parcelado de débito acordado entre as partes. Ocorre, entretanto, que os valores bloqueados correspondem a parcelas que vêm sendo quitadas de boa-fé pelo impugnante, não havendo qualquer inadimplemento ou comportamento que justifique a adoção de medida tão extrema e coercitiva como a penhora. Além disso, a execução de tal medida revela-se desnecessária, pois não há a necessidade de honorários advocatícios adicionais, considerando que o impugnante tem adimplido integralmente suas obrigações.

2. Do Direito

Conforme estabelece o CPC/2015, art. 833, IV, são impenhoráveis os valores depositados em conta bancária que sejam destinados ao pagamento de débitos de natureza alimentar ou oriundos de prestações que assegurem a subsistência do devedor e de sua família. No caso concreto, os valores depositados na conta do impugnante possuem essa natureza, pois se destinam ao cumprimento de obrigações parceladas, regularmente pactuadas, e acordadas de maneira a garantir uma solução amigável e menos onerosa para ambas as partes envolvidas no litígio.

Ademais, o CF/88, art. 5º, LIV assegura que ninguém será privado de seus bens sem o devido processo legal. A tentativa de penhora sobre valores pagos parceladamente, sem a demonstração de inadimplemento, viola o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade, pois não se justifica a adoção de uma medida tão severa em relação a um devedor que cumpre regularmente suas obrigações, nos termos do acordado entre as partes. Ressalte-se que tal ato pode comprometer a subsistência do devedor e de sua família, ferindo direitos fundamentais.

3. Da Ausência de Necessidade de Honorários Adicionais

Além da impropriedade da penhora requeri"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narração de Fato e Direito

O impugnante, em cumprimento de sentença de pagamento parcelado, vem realizando pontualmente todos os pagamentos estabelecidos, conforme acordo firmado com a parte contrária. No entanto, foi surpreendido pelo pedido de penhora dos valores depositados em sua conta bancária, o que, além de injusto, é desnecessário, pois não existe qualquer inadimplemento ou comportamento que justifique a adoção de tal medida coercitiva.

O pedido de penhora infringe o princípio da menor onerosidade ao devedor, pois visa retirar do devedor valores que já estão comprometidos com a quitação de suas obrigações, tornando a execução excessivamente gravosa e onerosa. Além disso, a medida é desproporcional, pois o impugnante está cumprindo suas obrigações de boa-fé e de forma regular, conforme acordado entre as partes.

Conceitos e Definições

  • Penhora: Ato judicial que visa a constrição de bens do devedor, com o objetivo de garantir o pagamento de uma dívida, mediante a determinação do juiz.

  • Princípio da Menor Onerosidade: Preceito que determina que a execução deve ser realizada de forma a causar o menor sacrifício possível ao devedor, conforme disposto no CPC/2015, art. 805.

  • Boa-Fé Objetiva: Princípio que impõe às partes agir com lealdade e transparência durante toda a relação processual, conforme estabelece o CCB/2002, art. 422.

Considerações Finais

A presente impugnação visa garantir que a execução seja conduzida de maneira justa, proporcional e sem causar prejuízos desnecessários ao devedor que está cumprindo suas obrigações de boa-fé. A medida de penhora sobre valores destinados ao pagamento parcelado, além de ser desnecessária, é excessivamente onerosa e deve ser indeferida, de modo a assegurar o respeito aos princípios processuais aplicáveis.

TÍTULO:
IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE PENHORA DE VALORES EM CONTA BANCÁRIA, COM FUNDAMENTO NA NATUREZA ALIMENTAR E PARCELAMENTO REGULAR



1. Introdução

A presente impugnação tem por objetivo contestar o pedido de penhora de valores existentes em conta bancária, argumentando-se que tais valores possuem natureza alimentar e que o devedor vem realizando os pagamentos de forma regular por meio de parcelamento. Fundamenta-se nos princípios da menor onerosidade, proporcionalidade, e boa-fé, garantidos pelo CPC/2015 e pela jurisprudência dominante.

Nesse sentido, é imprescindível garantir que o credor não agrave excessivamente a situação econômica do devedor, evitando-se a penhora de valores que comprometeriam a subsistência deste e de sua família.

Legislação:


CF/88, art. 1º, III — Dignidade da pessoa humana.
CPC/2015, art. 805 — Execução menos gravosa para o devedor.
Lei 10.820/2003, art. 1º, §2º — Natureza alimentar de salários e proventos.

Jurisprudência:
Penhora Conta Salário

Execução Menos Gravosa

Penhora Valores Alimentares


2. Impugnação à Penhora

A impugnação à penhora de valores em conta bancária se faz necessária diante da natureza alimentar dos depósitos e da boa-fé do devedor em manter os pagamentos de forma parcelada, conforme acordo estabelecido entre as partes. A penhora de valores com destinação alimentar, como salários, aposentadorias, ou pensões, é vedada, salvo em situações excepcionais, as quais não se aplicam ao presente caso.

Além disso, é relevante destacar que o devedor vem cumprindo com os pagamentos acordados, demonstrando boa-fé e comprometimento com a resolução da dívida, o que torna desproporcional a penhora desses valores.

Legislação:


CPC/2015, art. 833, IV — Impenhorabilidade de salários e proventos.
CPC/2015, art. 805 — Princípio da execução menos gravosa.
Lei 10.820/2003, art. 1º — Desconto em folha de pagamento.

Jurisprudência:
Impugnação Penhora Alimentar

Penhora Conta Bancária

Boa-fé Execução Menor Onerosidade


3. Penhora de Valores Parcelados

No presente caso, os valores que se encontram em conta bancária são provenientes de salário e proventos alimentares, os quais são impenhoráveis. Ademais, o pagamento das parcelas acordadas está sendo realizado de forma regular, o que demonstra a boa-fé do devedor e a sua intenção de satisfazer o crédito.

A penhora de valores que já estão comprometidos com o parcelamento regular do débito implica em uma execução excessivamente onerosa, sendo incompatível com os princípios da proporcionalidade e da menor onerosidade.

Legislação:


CPC/2015, art. 805 — Execução menos gravosa ao devedor.
CPC/2015, art. 833, IV — Impenhorabilidade de salários.
CF/88, art. 5º, XXXV — Acesso à justiça e proteção ao devedor.

Jurisprudência:
Valores Parcelados Impenhoráveis

Execução Excessiva Proporcionalidade

Parcelamento Débito Penhora


4. Execução Menos Gravosa

O CPC/2015 adota o princípio da execução menos gravosa ao devedor (art. 805), o qual busca equilibrar a satisfação do crédito com a preservação dos direitos fundamentais do devedor, especialmente o direito à subsistência. A penhora de valores destinados ao sustento do devedor e de sua família deve ser evitada, sempre que possível, conforme estabelecido pela jurisprudência dominante.

Neste caso, o parcelamento regular do débito já atende aos interesses do credor, sendo desnecessária e desproporcional a constrição judicial dos valores que compõem o sustento do devedor.

Legislação:


CPC/2015, art. 805 — Execução menos gravosa ao devedor.
CPC/2015, art. 833, IV — Impenhorabilidade de verbas salariais.
CF/88, art. 1º, III — Princípio da dignidade da pessoa humana.

Jurisprudência:
Execução Menos Gravosa Direitos

Dignidade Pessoa Execução

Princípio Execução Gravosa


5. Proporcionalidade e Boa-Fé

A proporcionalidade é um princípio essencial no processo de execução, impondo que a medida executiva seja adequada, necessária e equilibrada em relação ao fim a ser alcançado. No caso em questão, a penhora de valores de natureza alimentar se mostra desproporcional, uma vez que o pagamento do débito está sendo cumprido de forma parcelada e regular.

Além disso, a boa-fé do devedor é patente, visto que não houve inadimplemento injustificado ou desvio de recursos. Assim, a constrição de valores essenciais para sua subsistência configura um abuso, afrontando o princípio da execução menos gravosa.

Legislação:


CPC/2015, art. 8º — Princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
CPC/2015, art. 805 — Execução menos gravosa.
CF/88, art. 1º, III — Dignidade da pessoa humana.

Jurisprudência:
Proporcionalidade Boa-fé Execução

Penhora Boa-fé Devedor

Execução Penhora Proporcionalidade


6. Considerações Finais

Em face do exposto, requer-se que o pedido de penhora dos valores existentes em conta bancária seja indeferido, tendo em vista a natureza alimentar dos mesmos e a boa-fé do devedor em realizar o pagamento de forma parcelada e regular.

Com base nos princípios da menor onerosidade, proporcionalidade, e boa-fé, deve-se priorizar a continuidade do parcelamento já em curso, evitando-se a constrição de valores essenciais para a subsistência do devedor e de sua família.

Legislação:


CPC/2015, art. 805 — Execução menos gravosa.
CPC/2015, art. 833, IV — Impenhorabilidade de salários.
CF/88, art. 1º, III — Princípio da dignidade da pessoa humana.

Jurisprudência:
Considerações Finais Penhora

Impugnação Penhora Execução

Penhora Conta Salário Execução


 


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