Modelo de Embargos à Execução por Excesso de Penhora – Dívida Condominial

Publicado em: 01/10/2024 Processo Civil
Modelo de embargos à execução em que se discute a penhora excessiva de um imóvel avaliado em dez vezes o valor da dívida condominial. A peça pede a desconstituição parcial ou total da penhora com base nos princípios da proporcionalidade e da menor onerosidade.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/UF]

Processo nº [número]

Embargante: [Nome Completo], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador do RG nº [número] e CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], por intermédio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na [endereço completo], onde recebe intimações e notificações.

Embargado: [Nome do Condomínio ou Exequente], CNPJ nº [número], com sede na [endereço completo].


I – DOS FATOS

O Embargante foi surpreendido com a penhora de um imóvel de sua propriedade, avaliado em R$ 700.000,00 (setecentos mil reais), no âmbito da execução de uma dívida condominial de aproximadamente R$ 70.000,00 (setenta mil reais). O mandado de penhora e avaliação não especificou o valor exato da dívida em aberto, o que gerou insegurança quanto à proporcionalidade da constrição realizada.

A penhora do imóvel, que corresponde a dez vezes o valor da dívida, caracteriza evidente excesso de penhora, violando os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, além de comprometer o patrimônio do Embargante de forma desnecessária.

O Embargante busca, portanto, a desconstituição da penhora por excesso, nos termos da legislação aplicável.


II – DO DIREITO

2.1. Da Proporcionalidade e do Excesso de Penhora

Conforme estabelece o CPC/2015, art. 797, a execução deve ser promovida no interesse do credor, mas de maneira a causar o menor sacrifício possível ao devedor. O princípio da menor onerosidade é um dos pilares do processo executivo, visando garantir que a execução seja eficaz sem causar constrangimento excessivo ao patrimônio do devedor.

No presente caso, o imóvel penhorado possui valor muito superior ao montante da dívida condominial em execução, o que caracteriza excesso de penhora. O CPC/2015, art. 832 é claro ao estabelecer que a penhora deve recair sobre bens suficientes para garantir o pagamento da dívida, sem, no entanto, gerar excesso ou abuso.

Além disso, o CPC/2015, art. 874, §1º, permite que o devedor, por meio de embargos, requeira a substituição do bem penhorado por outro que seja mais adequado ou ofereça menor onerosidade, desde que a dívida esteja devidamente garantida.


III – DA NULIDADE DO MANDADO DE PENHORA E AVALIAÇÃO

O mandado de penhora e avaliação emitido nos autos não trouxe especificado o valor exato da dívida condominial, o que contraria o CPC/2015, art. 829, §1º, que exige a menção expressa do monta"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

Os presentes embargos à execução são interpostos em razão da penhora de um imóvel de valor excessivamente superior ao débito condominial executado. A dívida gira em torno de R$ 70.000,00, enquanto o imóvel penhorado está avaliado em R$ 700.000,00, configurando excesso de penhora. A peça busca a desconstituição parcial ou total da penhora, visando garantir a proporcionalidade da execução e o princípio da menor onerosidade ao devedor.

Conceitos e Definições

  • Penhora: Ato de constrição judicial que recai sobre os bens do devedor para assegurar o cumprimento de uma obrigação, conforme o CPC/2015, art. 831.
  • Excesso de Penhora: Ocorre quando o valor do bem penhorado é muito superior ao valor da dívida, violando o princípio da proporcionalidade, conforme o CPC/2015, art. 832.
  • Menor Onerosidade: Princípio processual que busca minimizar os danos ao devedor durante a execução, conforme o CPC/2015, art. 805.

Considerações Finais

A penhora deve ser proporcional ao valor da dívida, e a execução deve ocorrer de forma menos onerosa ao devedor, em respeito aos princípios constitucionais e processuais. O excesso de penhora prejudica o devedor e desvirtua o processo executivo, devendo ser corrigido pelo Judiciário.

TÍTULO:
MODELO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO PARA DISCUTIR PENHORA EXCESSIVA DE IMÓVEL AVALIADO EM DEZ VEZES O VALOR DA DÍVIDA CONDOMINIAL


1. Introdução

O presente embargos à execução tem por objetivo contestar a penhora excessiva de um imóvel utilizado para garantir uma dívida condominial, cujo valor é substancialmente inferior ao valor da propriedade penhorada. Fundamenta-se nos princípios da proporcionalidade e da menor onerosidade, ambos previstos no CPC/2015, buscando a desconstituição parcial ou total da penhora.

Legislação:
CPC/2015, art. 797 - Princípios gerais da execução e a busca pela satisfação do credor de forma menos gravosa ao devedor.
CF/88, art. 5º, LIV - Princípio do devido processo legal e garantia de defesa em processos executivos.

Jurisprudência:
Embargos à execução - Penhora excessiva
Princípio da menor onerosidade


2. Embargos à Execução

Os embargos à execução são a via processual adequada para o devedor apresentar sua defesa em face da execução que entenda injusta ou irregular. No caso em questão, a desproporcionalidade entre o valor do imóvel penhorado e a dívida condominial está em desacordo com o princípio da menor onerosidade, consagrado pelo CPC/2015, art. 805.

Legislação:
CPC/2015, art. 914 - Normas que regem a apresentação dos embargos à execução.
CPC/2015, art. 805 - Princípio da menor onerosidade para o devedor.

Jurisprudência:
Embargos à execução - Proporcionalidade
Embargos à execução - Penhora de imóvel


3. Excesso de Penhora

A penhora excessiva ocorre quando o valor do bem penhorado ultrapassa em muito o valor da dívida que se busca satisfazer, o que é o caso de um imóvel avaliado em dez vezes o valor da dívida condominial. A legislação brasileira prevê a desconstituição dessa penhora em observância aos princípios da proporcionalidade e da menor onerosidade, visando evitar prejuízos desnecessários ao executado.

Legislação:
CPC/2015, art. 874 - Desconstituição da penhora em casos de excesso de execução.
CPC/2015, art. 805 - Regra da menor onerosidade ao devedor.

Jurisprudência:
Excesso de penhora - Execução
Desconstituição de penhora - Excesso


4. Penhora de Imóvel

A penhora de imóvel é uma medida extrema na execução de dívidas, especialmente quando o imóvel tem valor elevado em relação ao montante devido. Para evitar o sacrifício desnecessário de bens de alto valor, o CPC/2015 impõe a observância do princípio da proporcionalidade e da adequação, garantindo que a execução ocorra sem causar prejuízo desmedido ao executado.

Legislação:
CPC/2015, art. 831 - Regras sobre a penhora de imóveis no processo de execução.
CPC/2015, art. 849 - Alienação de imóvel penhorado e avaliação do bem.

Jurisprudência:
Penhora de imóvel - Execução
Penhora de imóvel - Menor onerosidade


5. Dívida Condominial

A dívida condominial é considerada líquida, certa e exigível, o que a torna passível de execução. Contudo, no caso de execução forçada, o valor da penhora deve ser proporcional à dívida, e, neste caso, a utilização de um imóvel cujo valor excede em dez vezes o montante devido representa um claro exemplo de execução excessiva.

Legislação:
CPC/2015, art. 784, X - Dívidas condominiais como título executivo extrajudicial.
Lei 8.245/1991, art. 12 - Disposições sobre a responsabilidade por dívidas condominiais.

Jurisprudência:
Dívida condominial - Execução
Dívida de condomínio - Penhora


6. Execução Civil

No âmbito da execução civil, o processo busca a satisfação do crédito de maneira que respeite os direitos tanto do credor quanto do devedor. A penhora de bens deve ocorrer de forma a não causar prejuízos desnecessários ao executado, o que está garantido pelo princípio da menor onerosidade previsto no CPC/2015.

Legislação:
CPC/2015, art. 805 - Execução menos gravosa ao devedor.
CPC/2015, art. 829 - Normas gerais sobre a execução civil.

Jurisprudência:
Execução civil - Penhora de imóvel
Execução civil - Menor onerosidade


7. Nulidade de Penhora

A nulidade da penhora pode ser declarada quando se verifica excesso, desproporcionalidade ou inobservância de normas processuais. No presente caso, a penhora de um imóvel avaliado em dez vezes o valor da dívida viola o princípio da proporcionalidade e pode ser considerada nula, de acordo com o CPC/2015.

Legislação:
CPC/2015, art. 917 - Disposições sobre a arguição de nulidade em embargos à execução.
CPC/2015, art. 874 - Regras sobre a nulidade da penhora em caso de excesso de execução.

Jurisprudência:
Nulidade de penhora - Excesso
Nulidade de penhora - Desproporcionalidade


8. Princípio da Menor Onerosidade

O princípio da menor onerosidade assegura que a execução deve ser conduzida de forma a causar o menor impacto possível ao devedor, especialmente quando a penhora recai sobre bens que ultrapassam em muito o valor da dívida. No presente caso, a penhora de um imóvel avaliado em dez vezes o valor da dívida contraria esse princípio, sendo passível de desconstituição.

Legislação:
CPC/2015, art. 805 - Estabelece que a execução deve ser feita de maneira menos gravosa ao devedor.
CPC/2015, art. 874 - Regras sobre a penhora e a aplicação da proporcionalidade.

Jurisprudência:
Princípio da menor onerosidade - Penhora
Menor onerosidade - Execução civil


9. CPC/2015

O CPC/2015 trouxe significativas alterações nas normas de execução, priorizando a proporcionalidade e a menor onerosidade. No caso da penhora de um imóvel cujo valor excede substancialmente a dívida, o devedor tem o direito de contestar tal execução com base nesses princípios, garantindo uma execução justa e equilibrada.

Legislação:
CPC/2015, art. 805 - Execução menos gravosa ao devedor.
CPC/2015, art. 874 - Regras sobre a desconstituição da penhora por excesso.

Jurisprudência:
Penhora de imóvel
Menor onerosidade


10. Considerações Finais

Os embargos à execução apresentados visam a desconstituição parcial ou total da penhora do imóvel, fundamentados no princípio da menor onerosidade e na proporcionalidade, conforme disposto no CPC/2015. O imóvel penhorado tem valor desproporcional à dívida condominial, sendo necessário ajustar a execução para garantir que não se sacrifique um bem de valor elevado para satisfazer uma dívida muito inferior.


 


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