Modelo de Impugnação aos Embargos à Execução em Contrato de Locação com Responsabilidade Solidária das Embargantes

Publicado em: 14/03/2025 CivelProcesso Civil Direito Imobiliário
Impugnação apresentada por Tadeu Gonçalves Macedo, Brenda Lúcia Gonçalves Macedo e Cyntia Mara Gonçalves Macedo contra os embargos à execução opostos por Maria Aparecida Gonçalves Cruzeiro e Ana Luiza Gonçalves Cruzeiro Dupim. O documento destaca a regularidade do título executivo extrajudicial oriundo de contrato de locação, a responsabilidade solidária das embargantes, incluindo a figura da fiadora, pelas dívidas da empresa Comercial Patropi Ltda, que encerrou irregularmente suas atividades, deixando 15 meses de aluguéis em aberto. São apresentados fundamentos jurídicos com base no Código Civil (arts. 1.003 e 1.032), no CPC/2015 (art. 784, III), e na Lei 8.245/91, além de jurisprudências pertinentes. Os pedidos incluem a improcedência dos embargos, a continuidade da execução e a condenação das embargantes ao pagamento de custas e honorários.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG

Processo nº 5258470-06.2024.8.13.0024

T. G. M., B. L. G. M. e C. M. G. M., já qualificados nos autos, por seus procuradores devidamente constituídos, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 920 e seguintes do CPC/2015, apresentar a presente

IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO

opostos por M. A. G. C. e A. L. G. C. D., pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente impugnação visa refutar os argumentos apresentados nos embargos à execução, demonstrando a regularidade do título executivo extrajudicial e a responsabilidade das embargantes pelo débito exequendo, conforme os fatos e fundamentos jurídicos que seguem.

I. DOS FATOS

Os Exequentes firmaram contrato de locação com a empresa COMERCIAL PATROPI LTDA, da qual as Embargantes eram sócias, em 21/03/2021, com prazo de vigência até 21/03/2022. O imóvel objeto do contrato está localizado na Rua Jacuí nº 2.287, Bairro Renascença, Belo Horizonte/MG.

O contrato previa o pagamento mensal de R$ 4.294,53, com vencimento no dia 05 de cada mês, sob pena de incidência de juros de 1% ao mês, multa de 5% e atualização monetária. Contudo, a partir de maio de 2022, a locatária deixou de cumprir com suas obrigações, acumulando 15 meses de aluguéis em aberto, totalizando o valor de R$ 101.918,07, atualizado até dezembro de 2023.

Além disso, as Embargantes encerraram irregularmente as atividades da empresa locatária em fevereiro de 2023, sem quitar os débitos existentes, o que as torna responsáveis solidárias pelo pagamento, conforme os artigos 1.003, parágrafo único, e 1.032 do CC/2002.

II. DO DIREITO

1. DA REGULARIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

O contrato de locação firmado entre as partes foi devidamente assinado por duas testemunhas, conferindo-lhe força de título executivo extrajudicial, nos termos do CPC/2015, art. 784, III. Assim, resta demonstrada a certeza, liquidez e exigibilidade do débito exequendo.

2. DA RESPONSABILIDADE DAS EMBARGANTES

As Embargantes, na qualidade de sócias da empresa locatária, são responsáveis pelos débitos da sociedade, mesmo após o encerramento irregular da empresa, conforme disposto no CC/2002, art. 1.032 e parágrafo único do art. 1.003. Ademais, a Embargante Maria Aparecida figura como fiadora no contrato de locação, sendo responsável solidária pelos débitos, conforme cl�"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de impugnação aos embargos à execução, apresentada por Tadeu Gonçalves Macedo, Brenda Lúcia Gonçalves Macedo e Cyntia Mara Gonçalves Macedo, em face de Maria Aparecida Gonçalves Cruzeiro e Ana Luiza Gonçalves Cruzeiro Dupim. A controvérsia gira em torno do inadimplemento de contrato de locação firmado entre as partes, no qual as embargantes, na qualidade de sócias da empresa locatária, são apontadas como responsáveis solidárias pelos débitos remanescentes, totalizando R$ 101.918,07, devidamente atualizado até dezembro de 2023.

Os embargos alegam irregularidade do título executivo e ausência de responsabilidade das sócias pelo débito exequendo. Por sua vez, os exequentes defendem a validade do título e a responsabilidade solidária das embargantes, com fundamento no Código Civil (arts. 1.003, parágrafo único, e 1.032), no CPC/2015 (art. 784, III) e na jurisprudência consolidada.

Passo à análise.

II. Fundamentação

1. Da Regularidade do Título Executivo

O contrato de locação em questão está devidamente assinado por duas testemunhas, conferindo-lhe força de título executivo extrajudicial conforme o art. 784, III, do CPC/2015. Apresenta-se, portanto, como título apto para embasar a execução, já que é dotado de certeza, liquidez e exigibilidade.

2. Da Responsabilidade das Embargantes

As embargantes, na condição de sócias da empresa locatária, responderão pelos débitos remanescentes da sociedade conforme disposto no art. 1.032 do Código Civil e no parágrafo único do art. 1.003 do mesmo diploma legal. Adicionalmente, destaca-se que a embargante Maria Aparecida atuou como fiadora no contrato de locação, razão pela qual sua responsabilidade solidária pelos débitos é inequívoca, nos termos do contrato e da legislação aplicável.

3. Do Inadimplemento e Encargos Moratórios

Ficou comprovado nos autos o inadimplemento de 15 meses de aluguéis, totalizando R$ 101.918,07. Os encargos moratórios, como juros de 1% ao mês, multa de 5% e correção monetária, estão previstos no contrato e são plenamente exigíveis, em conformidade com o art. 23, I, da Lei 8.245/91 e o art. 789 do CPC/2015.

4. Da Legitimidade dos Exequentes

Os exequentes, na qualidade de locadores, possuem legitimidade ativa para a execução do contrato de locação, em consonância com a jurisprudência consolidada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que reconhece a natureza pessoal da relação jurídica de locação.

5. Da Jurisprudência Aplicável

Destaco as seguintes jurisprudências que corroboram os fundamentos expostos:

1. Legitimidade do Locador: TJMG - AC: 10024131091787001 MG, Relator: Roberto Vasconcellos, julgado em 16/02/2016. Ementa: \"Por não ter o contrato de locação a finalidade de transmissão do domínio, mas o uso e gozo de imóvel, o locador não precisa ser o proprietário do bem.\"

2. Responsabilidade dos Sócios: TJMG - AC: 10000170741763002 MG, Relator: Pedro Bernardes de Oliveira, julgado em 19/05/2021. Ementa: \"Finda a personalidade jurídica da empresa, os seus ex-sócios são legítimos sucessores dos direitos e obrigações remanescentes.\"

III. Dispositivo

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, julgo improcedentes os embargos à execução, determinando o prosseguimento da execução conforme requerido pelos exequentes.

Condeno as embargantes ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Belo Horizonte/MG, data.

__________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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