Modelo de Memoriais Finais Requerendo Reversão de Guarda com Base no Princípio do Melhor Interesse do Menor e Avaliação Psicológica Inadequada

Publicado em: 22/01/2025 Processo Civil Familia
Este documento apresenta memoriais finais em um processo de guarda envolvendo o menor P. G. da C., em que a requerida, J. G. da C., busca a reversão da guarda unilateral em favor do pai, alegando irregularidades na avaliação psicológica que fundamentou a decisão inicial. Com base no princípio do melhor interesse da criança (CF/88, art. 227) e no CPC/2015, art. 364, a requerida solicita nova avaliação psicológica adequada e a reversão da guarda, além de condenação do requerente às custas processuais e honorários advocatícios. A argumentação é sustentada por jurisprudências do STJ e TJSP que reforçam a importância de provas robustas e do contraditório em casos que envolvam menores.

MEMORIAIS FINAIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA JUDICIAL DA COMARCA DE CANGUÇU/RS

Processo nº: [INSERIR NÚMERO DO PROCESSO]

Requerente: M. D. P. da C.

Requerida: [NOME DA MÃE, EX.: J. G. da C.]

PREÂMBULO

J. G. da C., já qualificada nos autos, por meio de sua procuradora infra-assinada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar MEMORIAIS FINAIS, nos termos do CPC/2015, art. 364, em defesa de seus direitos e, principalmente, do melhor interesse do menor, P. G. da C., pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos.

DOS FATOS

A requerida e o requerente foram casados sob o regime de comunhão parcial de bens e tiveram um filho, P. G. da C. Inicialmente, a guarda do menor era compartilhada, mas foi alterada unilateralmente em favor do pai, sob alegações infundadas de agressões cometidas pela mãe.

O requerente utilizou de artifícios para obter a guarda unilateral do menor, baseando-se em uma avaliação psicológica realizada de forma inadequada e insuficiente. A referida avaliação consistiu em apenas uma consulta para cada membro da família, contrariando as normas técnicas que exigem, no mínimo, cinco sessões para cada integrante, realizadas em dias e horários distintos.

Ademais, a requerida sempre zelou pelo bem-estar do filho, oferecendo-lhe um ambiente seguro e amoroso. As testemunhas ouvidas confirmaram que o menor era bem cuidado e aparentava estar feliz sob os cuidados da mãe.

DO DIREITO

O presente caso deve ser analisado sob a ótica do princípio do melhor interesse da criança, consagrado no CF/88, art. 227, que estabelece a prioridade absoluta na proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

Além disso, o CPC/2015, art. 373, incumbe às partes o ônus da prova. O requerente não conseguiu comprovar de forma cabal as alegações de agressão, baseando-se em elementos frágeis e insuficientes, como a avaliação psicológica inadequada.

Conforme a doutrina, o princípio do melhor interesse da criança deve prevalecer em casos de guarda, priorizando o ambiente que melhor atenda às necessidades físicas e emocionais do menor. Nesse sentido, a requerida demonstrou ser plenamente capaz de oferecer um lar estável e saudável ao filho.

DO PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA

O princípio do melhor interesse da criança é um dos pilares do ordenamento jurídico brasileiro, sendo essencial para a resolução de litígios que envolvam menores. De acordo com o CF/88, art. 227, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança o direito à convivência familiar e comunitária, além de protegê-la de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opre"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de demanda judicial envolvendo o direito de guarda do menor P. G. da C., filho da requerida J. G. da C. e do requerente M. D. P. da C. Após decisão anterior que concedeu a guarda unilateral ao requerente, a requerida apresenta seus memoriais finais, requerendo a reversão dessa decisão com base no princípio do melhor interesse da criança, consagrado no CF/88, art. 227.

Os argumentos da requerida fundamentam-se na inadequação da avaliação psicológica realizada no processo original e na ausência de provas cabais por parte do requerente quanto às alegações de agressão. A requerida sustenta que sempre zelou pelo bem-estar do menor, oferecendo um ambiente seguro e amoroso.

II. Fundamentação

1. Dos Fatos

Conforme narrado nos autos, a guarda do menor foi alterada unilateralmente em favor do requerente, com base em uma avaliação psicológica que não respeitou as normas técnicas, consistindo em apenas uma consulta para cada membro da família. Tal procedimento é insuficiente para atender aos princípios da ampla defesa e do contraditório, conforme previsto no CPC/2015, art. 373.

Ademais, testemunhas ouvidas nos autos corroboraram que o menor era bem cuidado pela mãe, sem indícios de negligência ou agressão. O ambiente oferecido pela requerida demonstra condições adequadas para o desenvolvimento emocional e físico da criança.

2. Do Direito

A análise deve ser norteada pelo princípio do melhor interesse da criança, previsto no CF/88, art. 227, que confere prioridade absoluta à proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Este princípio exige que as decisões judiciais assegurem o ambiente mais favorável ao desenvolvimento integral do menor.

Além disso, o CPC/2015, art. 373, estabelece que o ônus da prova cabe à parte que alega os fatos constitutivos de seu direito. O requerente não demonstrou, de forma inequívoca, que a requerida tenha cometido agressões ou negligências que justifiquem a guarda unilateral em seu favor. A avaliação psicológica insuficiente não pode ser considerada elemento probatório idôneo.

Destaco, ainda, a jurisprudência do STJ e dos Tribunais de Justiça estaduais, que reforça a necessidade de ampla dilação probatória em demandas dessa natureza, priorizando o contraditório e o melhor interesse do menor.

3. Do Princípio do Melhor Interesse da Criança

O princípio do melhor interesse da criança é um dos pilares do ordenamento jurídico brasileiro. Conforme CF/88, art. 227, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança o direito à convivência familiar e comunitária, protegendo-a de toda forma de negligência, discriminação, exploração e opressão.

No presente caso, a manutenção da guarda unilateral em favor do requerente não atende aos interesses do menor, considerando que a decisão foi fundamentada em provas frágeis. Faz-se necessária a reversão da guarda em favor da requerida, que demonstrou ser plenamente capaz de oferecer um ambiente saudável e amoroso ao filho.

4. Jurisprudências Relevantes

STJ (3ª T.) - REsp 2.108.750 - GO: O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a necessidade de ampla dilação probatória em demandas que envolvam o interesse de menores, destacando a importância do contraditório e da ampla defesa.

TJSP - AC Acórdão/TJSP: O Tribunal de Justiça de São Paulo reforçou que a guarda deve ser fixada com base no melhor interesse da criança, priorizando um ambiente estável e seguro para o menor.

III. Dispositivo

Ante o exposto, voto no sentido de dar procedência ao pedido da requerida J. G. da C., determinando:

  1. A realização de uma nova avaliação psicológica, respeitando as normas técnicas, com, no mínimo, cinco sessões para cada membro da família, realizadas em dias e horários distintos;
  2. A reversão da guarda unilateral em favor da requerida, considerando o melhor interesse do menor;
  3. A condenação do requerente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
  4. A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a realização de perícia psicológica adequada.

É como voto.

IV. Conclusão

Com fundamento no CF/88, art. 93, IX, e no princípio do melhor interesse da criança, julgo procedente o pedido da requerida, garantindo-se a proteção integral ao menor P. G. da C., conforme os dispositivos legais e constitucionais aplicáveis.


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