Modelo de Pedido de Extensão de Prazo para Amamentação ou Concessão de Prisão Domiciliar com Base na Proteção Integral à Criança e Dignidade da Pessoa Humana
Publicado em: 11/02/2025 Advogado Direito PenalPETIÇÃO INICIAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da Vara de Execuções Penais da Comarca de [indicar comarca].
Requerente: [Nome completo da cliente, qualificação completa, CPF, endereço eletrônico].
Requerido: Ministério Público do Estado de [indicar estado].
DOS FATOS
A Requerente, Sra. [inicial do nome e sobrenome completo, conforme instruções], encontra-se atualmente cumprindo pena em regime fechado na Unidade Prisional [indicar unidade], em razão de condenação transitada em julgado. Durante o cumprimento de sua pena, deu à luz uma criança, [nome da criança, se necessário], atualmente com [idade da criança] meses de vida.
A Requerente tem se dedicado integralmente à amamentação e aos cuidados essenciais do recém-nascido, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela legislação brasileira, que reconhecem a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida para o desenvolvimento saudável da criança.
Contudo, o período de amamentação em regime prisional está próximo de se encerrar, o que poderá acarretar prejuízos irreparáveis ao desenvolvimento físico e emocional da criança. Diante disso, a Requerente vem requerer a extensão do prazo para amamentação por mais seis meses ou, alternativamente, a reanálise de seu pedido de prisão domiciliar, com base nos princípios da proteção integral à criança e da dignidade da pessoa humana.
DO DIREITO
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 227, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à convivência familiar e comunitária, entre outros. Nesse sentido, o direito à amamentação está diretamente relacionado à proteção integral da criança.
O Código de Processo Penal, em seu art. 318-A, prevê a possibilidade de substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar para mulheres gestantes ou mães de crianças de até 12 anos, desde que não tenham cometido crimes com violência ou grave ameaça. Tal dispositivo foi introduzido pela Lei 13.769/2018, que reforça a prioridade da proteção à primeira infância.
Além disso, a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984), em seus arts. 82, §1º, e 83, §2º, determina que as unidades prisionais destinadas a mulheres devem ser dotadas de estrutura adequada para atender às necessidades das mães e de seus filhos, incluindo berçários e creches. No entanto, a ineficiência estatal em garantir tais condições pode justificar a concessão de prisão domic"'>...