Modelo de Pedido de Mudança de Guarda em Razão de Alienação Parental com Base na Lei 12.318/2010 e Constituição Federal

Publicado em: 06/05/2024 Familia
Petição inicial proposta pelo genitor requerendo a alteração de guarda de menor em razão de alienação parental praticada pela outra genitora, com base na Lei 12.318/2010 e no artigo 227 da Constituição Federal. O documento detalha as dificuldades no cumprimento do regime de convivência, os fundamentos jurídicos que amparam o pedido, jurisprudências relacionadas e os pedidos principais, incluindo a concessão de tutela provisória, guarda definitiva e citação da Requerida por edital, caso necessário.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ____________

Nome do Requerente: A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº ____________, RG nº ____________, residente e domiciliado(a) na Rua ____________, nº ____, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, e-mail ____________.

Nome do Requerido: M. F. de S. L., brasileiro(a), estado civil, profissão, portador(a) do CPF nº ____________, RG nº ____________, residente e domiciliado(a) na Rua ____________, nº ____, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, e-mail ____________.

VALOR DA CAUSA

R$ ____________ (valor por extenso).

PREÂMBULO

O Requerente, devidamente qualificado, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento nos artigos 319 e seguintes do CPC/2015, bem como nos princípios constitucionais da proteção integral da criança e do adolescente (CF/88, art. 227), propor a presente:

AÇÃO DE MUDANÇA DE GUARDA E/OU TUTELA POR ALIENAÇÃO PARENTAL

Em face de M. F. de S. L., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O Requerente e a Requerida são pais do menor ____________, nascido em __/__/____, atualmente com ___ anos de idade. Após a separação do casal, a guarda do menor foi atribuída exclusivamente à Requerida, conforme decisão judicial proferida nos autos do processo nº ____________.

Contudo, o Requerente tem enfrentado sérias dificuldades para manter contato com o menor, em razão de atitudes reiteradas da Requerida que configuram alienação parental, conforme disposto na Lei 12.318/2010, art. 2º. A Requerida tem dificultado o cumprimento do regime de convivência estabelecido judicialmente, além de proferir declarações que visam afastar o menor do convívio com o pai.

Ademais, a Requerida não compareceu à audiência designada, mesmo tendo sido regularmente intimada. Posteriormente, constatou-se que a mesma não se encontra mais no endereço informado nos autos, havendo indícios de que tenha se mudado para outro estado, sem comunicar o juízo ou o Requerente, em flagrante descumprimento do CPC/2015, art. 77, IV.

DO DIREITO

A alienação parental é definida pela Lei 12.318/2010 como qualquer interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, avós ou por quem tenha a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância, com o objetivo de repudiar o genitor ou causar prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

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Informações complementares
Simulação de Voto

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de ação de mudança de guarda e/ou tutela por alienação parental, movida por A. J. dos S. em face de M. F. de S. L., fundamentada nos direitos constitucionais e legais aplicáveis à proteção integral da criança e do adolescente, conforme disposto no art. 227 da Constituição Federal de 1988 e na Lei 12.318/2010.

Consoante os fatos apresentados pelos autos, o Requerente alega que a Requerida reiteradamente tem praticado atos configuradores de alienação parental, prejudicando o direito de convivência familiar entre pai e filho, garantido como prioridade pelo ordenamento jurídico brasileiro. Além disso, a Requerida teria se mudado para local incerto e não sabido, sem comunicação ao juízo, o que representa descumprimento do art. 77, IV, do CPC/2015.

Análise Hermenêutica

A alienação parental, nos termos do art. 2º da Lei 12.318/2010, constitui ato atentatório à formação psicológica da criança ou do adolescente, sendo configurada por quaisquer atos que visem afastar o menor de um dos genitores. Ademais, a Constituição Federal, no art. 227, preceitua que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente o direito à convivência familiar, com absoluta prioridade.

A conduta da Requerida, conforme descrita nos autos, revela indícios suficientes de que a convivência familiar entre o menor e o Requerente está sendo inviabilizada, em flagrante afronta aos princípios constitucionais e legais que regem a matéria. A ausência de colaboração da Requerida com o processo judicial, inclusive não comparecendo às audiências designadas e se mudando sem prévia comunicação, reforça a necessidade de intervenção judicial para assegurar os direitos do menor.

Ademais, o art. 139, IV, do CPC/2015, confere ao magistrado poderes para determinar medidas necessárias ao cumprimento das decisões judiciais, incluindo a busca e localização de partes envolvidas. Nesse ponto, a citação por edital se mostra cabível, caso confirmada a inexistência de endereço atualizado da Requerida.

Fundamentação Jurídica

Fundamenta-se o presente voto nos seguintes dispositivos legais e constitucionais:

  • Constituição Federal de 1988, art. 227: Direitos da criança e do adolescente à convivência familiar, com absoluta prioridade.
  • Lei 12.318/2010, art. 2º: Definição de alienação parental e suas consequências jurídicas.
  • CPC/2015, art. 77, IV: Dever das partes de informar ao juízo qualquer alteração de endereço.
  • CPC/2015, art. 139, IV: Poderes do magistrado para assegurar o cumprimento das decisões judiciais.
  • CPC/2015, art. 300: Requisitos para a concessão de tutela provisória.

Dispositivo

Diante do exposto, voto no sentido de dar procedência ao pedido, com os seguintes termos:

  1. Conceder a tutela provisória pleiteada, atribuindo ao Requerente a guarda provisória do menor, com fundamento no art. 300 do CPC/2015;
  2. Determinar a citação da Requerida por edital, caso não seja possível sua localização no prazo estipulado;
  3. Designar audiência de conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015, com o objetivo de buscar solução consensual;
  4. Confirmar, em sentença definitiva, a alteração da guarda do menor para o Requerente, assegurando o direito à convivência familiar;
  5. Condenar a Requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos da lei.

Considerações Finais

Este voto está fundamentado nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, que exige que todas as decisões judiciais sejam devidamente motivadas, sob pena de nulidade. A presente decisão tem por objetivo garantir a proteção integral do menor, resguardando seus direitos fundamentais, conforme determinado pela legislação vigente.

Assim voto.


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