Modelo de Pedido de Revogação de Prisão Preventiva com Base na Primariedade, Residência Fixa e Ausência de Requisitos do Art. 312 do CPP

Publicado em: 18/03/2025 Direito Penal Processo Penal
Petição apresentada por Gabriel Vieira Simas, réu primário e com residência fixa, solicitando a revogação de sua prisão preventiva, fundamentada na ausência de elementos concretos que justifiquem sua manutenção em custódia cautelar. O pedido destaca a possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão (CPP, art. 319), amparado nos princípios constitucionais da presunção de inocência e proporcionalidade. Inclui análise jurídica, fundamentos legais e jurisprudências recentes que reforçam a excepcionalidade da prisão preventiva, especialmente em crimes sem violência ou grave ameaça.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

G. V. S.,

brasileiro, solteiro, portador do RG nº __________ e inscrito no CPF sob o nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, vem, respeitosamente, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, onde recebe intimações, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 312, 316 e 319 do Código de Processo Penal, bem como nos princípios constitucionais da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e da proporcionalidade, apresentar o presente:

PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

em favor de G. V. S., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

O presente pedido visa à revogação da prisão preventiva decretada contra o requerente, considerando que este é réu primário, possui residência fixa e trabalho lícito, além de não haver elementos concretos que justifiquem a manutenção de sua custódia cautelar, sendo possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, conforme previsto no CPP, art. 319.

DOS FATOS

No dia ___/___/____, o requerente foi preso em flagrante sob a acusação de suposta prática de crime previsto no artigo __________ do Código Penal. Em audiência de custódia realizada em ___/___/____, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, sob o fundamento de garantia da ordem pública e indícios de autoria.

O requerente, no entanto, é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito, não havendo qualquer elemento concreto que indique risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

DO DIREITO

A prisão preventiva é medida excepcional, devendo ser decretada apenas quando presentes os requisitos do CPP, art. 312, quais sejam: garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal. No caso em tela, tais requisitos não estão presentes.

O requerente é réu primário, possui residência fixa e trabalho lícito, o que demonstra sua inserção social e reduz a probabilidade de reiteração delitiva. Ademais, o crime imputado não envolveu violência ou grave ameaça, o que reforça a desnecessidade da prisão preventiva.

O princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII, também deve ser obs"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de pedido de Revogação de Prisão Preventiva formulado por Gabriel Vieira Simas, brasileiro, solteiro, residente na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, com fundamento nos artigos 312, 316 e 319 do Código de Processo Penal, bem como nos princípios constitucionais da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) e da proporcionalidade.

O requerente, preso preventivamente, alega ser réu primário, possuir residência fixa e trabalho lícito, e que a manutenção da custódia cautelar se dá sem a presença dos requisitos legais exigidos, requerendo, assim, sua liberdade ou, subsidiariamente, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

Fundamentação

A prisão preventiva é medida cautelar de caráter excepcional e, segundo o Código de Processo Penal, art. 312, deve ser decretada apenas quando houver necessidade de garantir a ordem pública, a conveniência da instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal, desde que presentes indícios suficientes de autoria e materialidade.

No caso em análise, o requerente é réu primário, possui bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito, conforme demonstrado nos autos. Ademais, não há elementos concretos que indiquem risco à instrução criminal, à ordem pública ou à aplicação da lei penal.

Ressalto que o princípio da presunção de inocência, consagrado no art. 5º, LVII, da Constituição Federal de 1988, deve ser observado, evitando-se a antecipação da pena antes do trânsito em julgado de eventual sentença condenatória. Além disso, o Código de Processo Penal, em seu art. 319, prevê a possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, as quais podem se mostrar suficientes e adequadas ao caso concreto.

O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm reiteradamente decidido que a prisão cautelar deve ser utilizada como medida extrema, aplicável apenas em situações de absoluta necessidade e devidamente fundamentada em elementos concretos, conforme decisões jurisprudenciais destacadas no pedido.

Jurisprudência Aplicável

Destaco o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro no julgamento do HC Acórdão/TJRJ, em que se decidiu pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, considerando a ausência de violência ou grave ameaça no crime imputado e a primariedade do acusado.

Ainda, no HC Acórdão/TJRJ, o mesmo tribunal ressaltou que condições pessoais favoráveis, como primariedade e residência fixa, devem ser consideradas na análise da necessidade da prisão preventiva, destacando que a custódia cautelar exige fundamentação concreta.

Conclusão

Diante do exposto, com fundamento nos artigos 312 e 319 do Código de Processo Penal e nos princípios constitucionais da presunção de inocência e da proporcionalidade, voto pela procedência do pedido para revogar a prisão preventiva de Gabriel Vieira Simas, com a consequente expedição de alvará de soltura.

Subsidiariamente, caso não seja este o entendimento do Colegiado, voto pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas, tais como:

  • Comparecimento periódico em juízo para informar e justificar suas atividades;
  • Proibição de ausentar-se da comarca sem prévia autorização judicial;
  • Recolhimento domiciliar no período noturno.

Assim, conheço do pedido e dou-lhe provimento nos termos acima delineados.

Decisão

Sala de Sessões, ___ de __________ de 20___.

____________________________________
Magistrado


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