Modelo de Petição Inicial: Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais contra Instituição Financeira

Publicado em: 20/02/2025 CivelConsumidor
Petição inicial proposta por idosa aposentada, com fundamento no CPC/2015, para ajuizar Ação Declaratória de Inexistência de Débito em face de instituição financeira devido a descontos indevidos em benefício previdenciário relacionados a contrato de cartão de crédito consignado inexistente. O documento requer a declaração da inexistência do débito, a devolução em dobro dos valores descontados, indenização por danos morais, e a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, com base na responsabilidade objetiva da instituição. A ação também busca a concessão de gratuidade de justiça, produção de provas e designação de audiência de conciliação, com pedidos fundamentados no CDC, no CCB/2002 e na Constituição Federal.

PETIÇÃO INICIAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de _____________

A. J. dos S., brasileira, idosa de 80 anos, aposentada, portadora do CPF nº _____________, residente e domiciliada na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, CEP _____________, endereço eletrônico _____________, vem, por meio de seu advogado infra-assinado, com escritório profissional situado na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, CEP _____________, endereço eletrônico _____________, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de Banco XYZ S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº _____________, com sede na Rua _____________, nº ___, Bairro _____________, Cidade _____________, Estado _____________, CEP _____________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

A autora, idosa de 80 anos e aposentada, percebe benefício previdenciário de natureza alimentar, essencial para sua subsistência. No entanto, foi surpreendida com descontos indevidos em seu benefício, realizados pelo réu, decorrentes de um suposto contrato de cartão de crédito consignado que jamais foi por ela firmado.

A autora jamais autorizou ou contratou qualquer serviço ou produto financeiro com o réu, tampouco recebeu qualquer valor relacionado a tal contrato. Apesar disso, os descontos vêm sendo realizados de forma recorrente, causando-lhe prejuízos financeiros e transtornos emocionais significativos.

Diante da ausência de resposta satisfatória por parte do réu, a autora busca o amparo do Poder Judiciário para ver reconhecida a inexistência do débito, a restituição dos valores descontados indevidamente e a reparação pelos danos morais sofridos.

DO DIREITO

A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, conforme CDC, art. 2º e art. 3º, sendo o réu fornecedor de serviços e a autora consumidora final. A responsabilidade do réu é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, devendo responder pelos danos causados em decorrência de falha na prestação do serviço.

A inexistência de relação contratual entre as partes é evidente, conforme dispõe o CCB/2002, art. 104, que exige a manifestação de vontade como requisito essencial para a validade do negócio jurídico. No caso em tela, não há qualquer prova de que a autora tenha anuído ao contrato de cartão de crédito consignado.

Os descontos indevidos em benefício previdenciário, verba de natureza alimentar, configuram enriquecimento ilícito por parte do réu, vedado pelo CCB/2002, art. 884. Ademais, tais descontos causaram privação financeira e transtornos à autora, caracterizando dano moral, conforme entendimento consolidado pelo CF/88, art. 5º, X.

A devolução dos valores descontados deve ocorrer em dob"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débito cumulada com Repetição de Indébito e Indenização por Danos Morais, ajuizada por A. J. dos S., idosa de 80 anos, em face de Banco XYZ S.A., sob a alegação de que descontos indevidos foram realizados em seu benefício previdenciário, decorrentes de contrato de cartão de crédito consignado que a autora afirma jamais ter firmado.

O pedido inicial compreende, entre outros, a declaração de inexistência do débito, a devolução em dobro dos valores descontados e a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais.

Fundamentação

Dos Fatos

Os autos demonstram que a autora, beneficiária de verba previdenciária de natureza alimentar, foi surpreendida com descontos automáticos realizados sem autorização ou contrato válido. A ausência de prova por parte do réu quanto à existência de contrato firmado pela autora corrobora a narrativa inicial.

Do Direito

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, inciso X, assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, garantindo indenização por dano moral decorrente de sua violação. Ainda, o Código de Defesa do Consumidor (art. 14) estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços por falhas na prestação, sendo imperativa a reparação do dano.

Além disso, o art. 42, parágrafo único, do CDC prevê a devolução em dobro de valores pagos indevidamente, salvo hipótese de engano justificável, o que não foi demonstrado pelo réu.

No que tange à inexistência de relação contratual, o Código Civil, art. 104, exige a manifestação de vontade para a validade de qualquer negócio jurídico. A ausência de prova documental ou pericial de que a autora tenha anuído ao contrato reforça a inexistência do débito alegado.

Jurisprudência

A matéria encontra-se pacificada nos tribunais, conforme os seguintes precedentes:

  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"A responsabilidade da instituição financeira é objetiva em casos de descontos indevidos em benefício previdenciário por fraude em contratação não reconhecida de cartão de crédito consignado.\"
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP: \"Cabe à instituição financeira comprovar a validade do contrato impugnado, mediante perícia técnica. Em se tratando de descontos indevidos em benefício previdenciário, verba de natureza alimentar, o dano gerado é in re ipsa.\"

Dispositivo

Ante o exposto, com fulcro no art. 93, inciso IX, da Constituição Federal de 1988, julgo procedente a pretensão inicial para:

  1. Declarar a inexistência do débito decorrente do suposto contrato de cartão de crédito consignado;
  2. Condenar o réu à restituição em dobro dos valores descontados indevidamente, com atualização monetária e juros legais;
  3. Condenar o réu ao pagamento de indenização por danos morais, fixada em R$ 5.000,00, considerando os princípios da razoabilidade e proporcionalidade;
  4. Condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor atualizado da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Termos Finais

Cidade, ___ de _____________ de 20__.

__________________________________________

Magistrado(a)


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