Modelo de Petição Inicial de Ação de Exoneração de Alimentos com Fundamentação Jurídica e Jurisprudencial
Publicado em: 01/01/2025 Processo Civil FamiliaPetição Inicial
Preâmbulo
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara de Família da Comarca de ____________.
Nome do Requerente: J. A. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Nome do Requerido: F. J. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, endereço eletrônico __________.
Valor da causa: R$ 43.200,00
O Requerente, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), vem à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS, com fundamento no CPC/2015, art. 319, e demais dispositivos legais aplicáveis, em face do Requerido, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
Dos Fatos
O Requerente é pai do Requerido e, por decisão judicial, foi condenado ao pagamento de pensão alimentícia em favor deste. Contudo, o Requerido, atualmente com 21 anos de idade, exerce atividade remunerada, percebendo vencimentos superiores aos do Requerente.
Além disso, o Requerido foi aprovado em concurso público para o cargo de Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com salário líquido de R$ 3.600,00. Apesar disso, o Requerido optou por desistir do cargo após três semanas de exercício, alegando que preferiria se dedicar exclusivamente aos estudos.
Ademais, o Requerido obteve, por meio de mandado de segurança, o direito a uma indenização no valor de R$ 43.200,00, referente ao período em que esteve vinculado ao cargo público. Tal valor demonstra a independência financeira do Requerido e sua capacidade de prover o próprio sustento.
Do Direito
O advento da maioridade civil, conforme disposto no CCB/2002, art. 11, §1º, III, não extingue automaticamente a obrigação alimentar, mas exige a comprovação da necessidade do alimentando. No presente caso, o Requerido, além de maior de idade, possui condições financeiras que lhe permitem prover o próprio sustento, o que afasta a necessidade de continuidade da pensão alimentícia.
O princípio da proporcionalidade, previsto na CF/88, art. 5º, caput, também deve ser observado. O Requerente, que possui rendimentos inferiores aos do Requerido, não pode ser compelido a continuar com o pagamento de pensão alimentícia, especialmente quando o alimentando demonstra capacidade de autossustento.
A doutrina reforça que a obrigação alimentar deve ser analisada sob o prisma da necessidade do alimentando e da possibilidade do alimentante. Segundo Maria Berenice Dias, "a exoneração da obrigação alimentar é medida que se impõe quando o alimentando atinge a maioridade e demonstra capacidade de prover o próprio sustento".
Nesse sentido, a jurisprudência também tem reconhecido a possibilidade de exoneração da pensão alimentícia quando o alimentando atinge a maioridade e possui condições de autossustento, como será demonstrado a seguir.
Jurisprudências
A jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo é clara ao reconhecer que a maioridade civil, "'>...