Modelo de Petição Inicial de Ação Declaratória de Obrigação de Fazer C/C Repetição de Indébito Contra Companhia de Água por Cobrança Indevida de Condomínio

Publicado em: 05/05/2024 CivelConsumidor
Petição inicial proposta por condomínio residencial contra a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE), pleiteando a declaração de ilegalidade de cobrança abusiva baseada em estimativas ou no consumo mínimo por unidade, desconsiderando o consumo real registrado no hidrômetro. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor, a ação requer a repetição de indébito em dobro, com base no CDC, art. 42, parágrafo único, e decisão judicial que obrigue a ré a realizar cobranças com base no consumo efetivo, além de custas e honorários advocatícios. Inclui jurisprudências favoráveis e pedidos formais, como citação da ré e designação de audiência de conciliação.

PETIÇÃO INICIAL

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de ____________.

A. B. do C. D., condomínio residencial, inscrito no CNPJ sob o nº ____________, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, vem, por meio de seu representante legal, devidamente qualificado, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, com fundamento no CPC/2015, art. 319, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO

em face da COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS (CEDAE), pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ____________, com sede na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, endereço eletrônico ____________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

DOS FATOS

O condomínio autor é composto por ___ unidades residenciais e possui um único hidrômetro para aferição do consumo de água. Contudo, a ré, CEDAE, tem realizado a cobrança do fornecimento de água com base em estimativas ou na multiplicação do número de unidades pelo consumo mínimo, desconsiderando o consumo real efetivamente registrado pelo hidrômetro.

Tal prática tem gerado cobranças excessivas e desproporcionais, onerando indevidamente os condôminos. Em diversas ocasiões, o condomínio autor tentou resolver a questão administrativamente, sem sucesso, sendo compelido a buscar a tutela jurisdicional para garantir a cobrança com base no consumo efetivo, conforme registrado no hidrômetro.

DO DIREITO

A relação jurídica entre o condomínio autor e a ré é regida pelas normas do CDC, configurando-se como relação de consumo, conforme disposto no CDC, art. 2º e art. 3º. Assim, aplicam-se os princípios da boa-fé objetiva, da transparência e da proteção ao consumidor.

A cobrança com base em estimativas ou na multiplicação do número de unidades pelo consumo mínimo viola o direito do consumidor, configurando prática abusiva, nos termos do CDC, art. 39, V. O STJ, ao julgar o REsp 1.513.218/RJ, firmou o entendimento de que a cobrança deve ser realizada com base no consumo efetivo aferido no hidrômetro, sendo ilegal o faturamento por estimativa.

Além disso, a prática da ré af"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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RELATÓRIO

Trata-se de ação declaratória de obrigação de fazer cumulada com repetição de indébito proposta por A.B. do C.D., condomínio residencial, em face da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE). O autor alega que a ré tem realizado cobranças indevidas utilizando-se de estimativas ou cálculos com base no consumo mínimo multiplicado pelo número de unidades, desconsiderando o consumo real aferido pelo hidrômetro.

O pedido principal do autor consiste em declarar a ilegalidade da prática e determinar que as cobranças sejam realizadas com base no consumo efetivamente registrado, bem como a restituição em dobro dos valores indevidamente cobrados.

FUNDAMENTAÇÃO

Dos Fatos e do Direito

A relação jurídica entre as partes caracteriza-se como relação de consumo, conforme previsto no artigos 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Assim, aplicam-se os princípios da boa-fé objetiva, da transparência e da proteção ao consumidor.

A prática da ré de realizar cobranças com base em estimativas ou no consumo mínimo multiplicado pelo número de unidades viola o art. 39, V, do CDC, que veda práticas abusivas, bem como o princípio da vedação ao enriquecimento ilícito, consagrado no art. 884 do Código Civil. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já firmou entendimento, no julgamento do REsp Acórdão/STJ, de que a cobrança pelo fornecimento de água deve ser realizada com base no consumo real aferido pelo hidrômetro, sendo ilegal o faturamento por estimativas.

Jurisprudências Aplicáveis

A jurisprudência é pacífica no sentido de que as cobranças pela prestação de serviços de fornecimento de água devem refletir o consumo efetivo. Destaco os seguintes precedentes:

  • STJ, REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Humberto Martins: "A cobrança deve ser realizada de acordo com o consumo efetivo aferido pelo hidrômetro, sendo ilegal o faturamento por estimativa."
  • STJ, REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Paulo Sérgio Domingues: "Nos condomínios com um único hidrômetro, é ilegal a cobrança desproporcional que desconsidere o consumo real do coletivo."
  • TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Adilson de Araujo: "Cobrança excessiva e desproporcional à média de consumo. Necessidade de apuração do valor devido com base no consumo efetivo."

Da Observância à Constituição Federal

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, todas as decisões judiciais devem ser devidamente fundamentadas, sob pena de nulidade. A presente decisão encontra-se embasada nos fatos narrados, nos princípios aplicáveis à relação de consumo e nos precedentes jurisprudenciais mencionados, garantindo a transparência e a segurança jurídica.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado por A.B. do C.D., para:

  1. Declarar a ilegalidade da prática de cobrança com base em estimativas ou no consumo mínimo multiplicado pelo número de unidades, determinando que a ré realize a cobrança com base no consumo efetivamente registrado pelo hidrômetro;
  2. Condenar a ré à repetição em dobro dos valores cobrados indevidamente, nos termos do art. 42, parágrafo único, do CDC;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85, §2º, do CPC/2015.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Local e data.

_______________________________________
Magistrado(a)
Vara Cível da Comarca de ____________


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