Modelo de Queixa-Crime por Calúnia e Difamação em Assembleia Condominial com Pedido de Indenização por Danos Morais

Publicado em: 05/02/2025 Civel Direito Penal
A presente peça trata de uma queixa-crime apresentada por ex-síndico de condomínio contra o atual síndico, em razão de acusações infundadas realizadas durante assembleia condominial. A ação penal privada é fundamentada nos crimes de calúnia (art. 138 do CP) e difamação (art. 139 do CP), além de pleitear a condenação por danos morais e a apresentação de documentos essenciais para o contraditório e defesa do querelante, conforme garantias constitucionais. A peça também destaca a violação à boa-fé objetiva e menciona jurisprudências relevantes sobre o tema.

QUEIXA-CRIME

PREÂMBULO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de ____________.

Querelante: Sr. A. J. dos S., brasileiro, idoso, ex-síndico, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, e-mail: ____________.

Querelado: Sr. B. C. da S., brasileiro, atual síndico, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, e-mail: ____________.

Valor da causa: R$ ____________.

DOS FATOS

O querelado, Sr. B. C. da S., na qualidade de atual síndico do condomínio ____________, durante assembleia realizada em ___/___/_____, promoveu a divulgação de acusações infundadas contra o querelante, Sr. A. J. dos S., ex-síndico do referido condomínio. Tais acusações referiam-se à suposta ausência de documentos comprobatórios de despesas condominiais relativas ao ano de 2019, período em que o querelante exercia a função de síndico.

Ressalte-se que o querelante, além de idoso, não estava presente na referida assembleia, que foi convocada para tratar de outros assuntos, sem que constasse na pauta qualquer menção às acusações levantadas. A ausência de previsão na pauta caracteriza flagrante violação ao direito de ampla defesa e contraditório, conforme garantido pela CF/88, art. 5º, LV.

Ademais, o querelado se recusa a fornecer os livros contábeis e a lista de presença dos participantes da assembleia, documentos que são essenciais para a defesa do querelante. Tal conduta configura não apenas um obstáculo ao exercício do contraditório, mas também um ato de má-fé, com o objetivo de macular a honra do querelante perante os demais condôminos.

DO DIREITO

A conduta do querelado enquadra-se nos crimes de calúnia e difamação, previstos no CP, art. 138 e art. 139, respectivamente. A calúnia ocorre quando alguém imputa falsamente a outrem fato definido como crime, enquanto a difamação consiste em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação.

No caso em tela, o querelado imputou ao querelante a prática de irregularidades contábeis sem apresentar qualquer prova, o que configura calúnia. Além disso, ao divulgar tais acusações perante os condôminos, o querelado ofendeu a reputação do querelante, caracterizando o crime de difamação.

A CF/88, art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, garantindo o direito à indenização por danos morais decorren"'>...

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Informações complementares

Aqui está a simulação de voto desenvolvida em HTML, com base no documento jurídico fornecido:

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de queixa-crime proposta pelo Sr. A. J. dos S., ex-síndico do condomínio ____________, contra o Sr. B. C. da S., atual síndico, pela prática, em tese, dos crimes de calúnia e difamação, previstos nos artigos 138 e 139 do Código Penal, respectivamente, em razão de acusações levantadas durante assembleia condominial realizada em ___/___/_____.

O querelante alega que as acusações proferidas pelo querelado são infundadas, além de terem sido proferidas em assembleia convocada para tratar de outros temas, sem previsão na pauta, o que teria violado os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, conforme disposto no art. 5º, LV, da Constituição Federal de 1988. Adicionalmente, houve recusa do querelado em fornecer os livros contábeis e a lista de presença, documentos essenciais para a defesa do querelante.

Após a tramitação regular dos autos, passa-se à análise do mérito.

Voto

É cediço que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, IX, exige que as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade. Nesse contexto, cumpre proceder à análise dos fatos alegados e da legislação aplicável ao caso em apreço.

Análise dos Fatos

Conforme consta nos autos, o querelado imputou ao querelante irregularidades contábeis, sem a devida comprovação, durante assembleia condominial. Tal conduta, além de violar o direito à honra e à imagem do querelante, garantidos pelo art. 5º, X, da CF/88, configura, em tese, os crimes de calúnia e difamação, previstos no Código Penal, arts. 138 e 139.

A ausência de previsão na pauta da assembleia acerca das acusações proferidas e a recusa do querelado em fornecer os documentos necessários à defesa do querelante também demonstram afronta aos princípios do contraditório e ampla defesa (CF/88, art. 5º, LV), bem como ao princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422).

Fundamentos Jurídicos

A análise jurídica do caso revela que o querelado, ao imputar falsamente ao querelante a prática de irregularidades contábeis, cometeu o delito de calúnia (CP, art. 138). Ademais, ao divulgar tais acusações perante os condôminos, ofendeu a reputação do querelante, caracterizando o crime de difamação (CP, art. 139).

Além disso, a recusa do querelado em fornecer os documentos solicitados configura violação ao princípio da boa-fé objetiva, que rege as relações jurídicas, conforme disposto no art. 422 do Código Civil, e prejudica o exercício do contraditório e da ampla defesa.

Jurisprudência Aplicável

Registre-se que a jurisprudência é pacífica no sentido de que a queixa-crime deve preencher os requisitos formais previstos no Código de Processo Penal, art. 41. Nesse sentido:

\"Não é inepta a peça acusatória que preenche os requisitos formais do CPP, art. 41 e descreve adequadamente os fatos supostamente criminosos atribuídos aos querelados, bem como as suas circunstâncias, permitindo o exercício pleno do direito de defesa.\" (STJ, Queixa-Crime 8 - DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, J. em 09/11/2023, DJ 01/03/2024)

Ademais, o direito à indenização por danos morais decorrentes da violação à honra e à imagem está assegurado pela Constituição Federal, art. 5º, X, sendo devida a reparação pleiteada pelo querelante.

Conclusão

Ante o exposto, conheço da queixa-crime e voto pela procedência do pedido, para:

  1. Determinar a instauração de ação penal privada contra o querelado, pela prática dos crimes de calúnia e difamação (CP, arts. 138 e 139);
  2. Condenar o querelado ao pagamento de indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado por este Juízo;
  3. Determinar que o querelado apresente os livros contábeis e a lista de presença da assembleia realizada em ___/___/_____, sob pena de confissão;
  4. Condenar o querelado nas custas processuais e honorários advocatícios.

É como voto.

Termos Finais

Local e data: ____________, ___ de ____________ de 20___.

____________________________________________
Assinatura do Magistrado

Nesse código HTML, utilizou-se uma estrutura bem definida com cabeçalhos, parágrafos e listas ordenadas para organizar o conteúdo. O voto do magistrado incluiu a análise dos fatos, fundamentos jurídicos, jurisprudência e a decisão final, respeitando a fundamentação exigida pelo artigo 93, IX, da Constituição Federal.


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