Modelo de Queixa-Crime por Denunciação Caluniosa em Face de Tiago Sena de Souza e Thaise Daniele Torres da Silva

Publicado em: 26/03/2025 Direito Penal Processo Penal
A presente queixa-crime foi apresentada por L. S. O. perante a Vara Criminal da Comarca de Presidente Figueiredo – AM, com fundamento no CP, art. 339, em virtude de os querelados, T. S. de S. e T. D. T. da S., terem imputado falsamente à querelante a prática de crime de ameaça. A ação requer a condenação dos querelados, alegando que a acusação infundada resultou na instauração de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), configurando denunciação caluniosa. A demanda inclui pedidos de recebimento da queixa-crime, citação dos querelados, produção de provas e condenação com as sanções cabíveis.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PRESIDENTE FIGUEIREDO – AM

Distribuição por dependência

Querelante: L. S. O.

Querelados: T. S. de S. e T. D. T. da S.

QUEIXA-CRIME

Por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de mandato em anexo, com endereço profissional na Rua ________, nº ____, Bairro _______, CEP _______, e endereço eletrônico ________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CP, art. 339, combinado com o CPP, art. 41 e CPP, art. 44, propor a presente:

QUEIXA-CRIME

Em face de T. S. de S. e T. D. T. da S., ambos residentes e domiciliados na Rua ________, nº ____, Bairro _______, CEP _______, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

Conforme o Boletim de Ocorrência nº 00058135/2025, registrado na Delegacia Virtual do Amazonas em 25/02/2025, a querelante foi vítima de denunciação caluniosa, crime previsto no CP, art. 339. Os querelados, de forma dolosa, imputaram falsamente à querelante a prática do crime de ameaça, o que resultou na instauração de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), mesmo sabendo da inocência da querelante.

DOS FATOS

No dia 25 de fevereiro de 2025, a querelante, L. S. O., tomou conhecimento de que os querelados, T. S. de S. e T. D. T. da S., haviam registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) junto às autoridades policiais, acusando-a falsamente de ameaça.

Tal acusação, além de infundada, foi feita com o intuito de prejudicar a querelante, uma vez que os querelados tinham plena ciência de sua inocência. A conduta dos querelados, ao movimentar a máquina estatal para investigar um crime inexistente, configura o delito de denunciação caluniosa, previsto no CP, art. 339.

DO DIREITO

O CP, art. 339 dispõe que comete o crime de denunciação caluniosa aquele que "dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente".

Os elementos do tipo penal estão presentes no caso em tela, uma vez que os querelados:

  • Deram causa à instauração de investigação policial (TCO);
  • Imputaram falsamente à querelante a prática de crime de ameaça;
  • Agiram com dolo, sabendo que a querelante era inocente.

Ademais, a conduta dos querelados violou os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da moralidade administrativa, previstos"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Trata-se de queixa-crime proposta por L. S. O. contra T. S. de S. e T. D. T. da S., nos termos do CP, art. 339, em razão de suposta denunciação caluniosa. Os querelados teriam imputado falsamente à querelante a prática do crime de ameaça, sabendo de sua inocência, resultando na instauração de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Voto

De início, cumpre destacar que a CF/88, art. 93, IX, estabelece que toda decisão judicial deve ser devidamente fundamentada, sob pena de nulidade. Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados.

Análise

Dos Fatos

Os autos demonstram que, em 25 de fevereiro de 2025, os querelados registraram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), imputando à querelante a prática de crime de ameaça, mesmo cientes de sua inocência. Tal conduta, segundo a narrativa apresentada, movimentou indevidamente a máquina estatal para apuração de fato inexistente.

Do Direito

O CP, art. 339 prevê o crime de denunciação caluniosa ao dispor que comete tal delito aquele que \"dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente\".

Para a configuração do tipo penal, é necessário que estejam presentes os seguintes elementos:

  • Imputação de fato criminoso a pessoa inocente;
  • Movimentação da máquina estatal para investigação ou processo;
  • Dolo, ou seja, a intenção consciente de causar prejuízo ao imputado.

Os fatos narrados encontram amparo nos elementos de prova constantes nos autos, os quais indicam que os querelados tinham conhecimento da inocência da querelante e, mesmo assim, deram causa à instauração de procedimento policial. Tal conduta ofende não apenas o CP, art. 339, mas também princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) e a moralidade administrativa (CF/88, art. 37, caput).

Jurisprudência

O caso em análise encontra respaldo em decisões judiciais que corroboram a interpretação do tipo penal de denunciação caluniosa:

1. Recurso em Sentido Estrito - TJRJ

Ementa: Narra a queixa-crime, em síntese, que a acusada teria registrado, junto à Delegacia de Polícia, falso crime supostamente praticado pelo acusado. [...] Diferente dos crimes contra a honra, a denunciação caluniosa, prevista no CP, art. 339, ocorre quando a máquina estatal é movida para averiguar a autoria de um crime que foi atribuída falsamente. [...] Trata-se de crime sujeito à ação pública, de atribuição do Ministério Público, somente sendo possível intentar ação penal privada subsidiariamente, em decorrência da inércia do Ministério Público, hipótese não comprovada nos autos.

Referência: TJRJ (Quarta Câmara Criminal) - Recurso em Sentido Estrito Acórdão/TJRJ - RJ - Rel.: Des. Paulo Cesar Vieira C. Filho - J. em 09/07/2024 - DJ 12/07/2024.

2. Queixa-Crime - TJSP

Ementa: A ausência de referência realizada pelo querelante na procuração quanto ao fato criminoso não cumpre a obrigação estabelecida no CPP, art. 44, revelando-se escorreita a rejeição da queixa-crime. [...] Quando ausente na queixa-crime a descrição do fato delituoso na procuração, não satisfazendo as disposições do CPP, art. 44, deve a mesma ser rejeitada.

Referência: TJSP (1ª Turma Cível e Criminal) - Apelação Criminal Acórdão/TJSP - Rel.: Des. Leonardo Delfino - J. em 31/07/2023 - DJ 31/07/2023.

Conclusão

Ante o exposto, reconheço a presença dos elementos caracterizadores do crime de denunciação caluniosa, previsto no CP, art. 339. Assim, voto pelo conhecimento do pedido e pela procedência da queixa-crime, condenando os querelados nas sanções previstas em lei.

Presidente Figueiredo, ___ de __________ de 2025.

Assinado eletronicamente por:

Excelentíssimo Magistrado


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