Modelo de Recurso Especial ao STJ para Restabelecimento de Sentença Absolutória em Caso de Estupro de Vulnerável
Publicado em: 25/02/2025 Direito Penal Processo PenalRecurso Especial
Estupro de Vulnerável
Preâmbulo
Excelentíssimo Senhor Ministro Relator do Superior Tribunal de Justiça,
A. J. dos S., já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO ESPECIAL, com fundamento no art. 105, III, "a" e "c" da Constituição Federal de 1988 (CF/88), contra o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [Estado], que reformou a sentença absolutória de primeiro grau e condenou o recorrente à pena de 12 anos e 9 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável (CP, art. 217-A).
Requer-se o processamento do presente recurso, com posterior remessa ao Superior Tribunal de Justiça para apreciação.
Dos Fatos
O recorrente foi acusado de ter praticado atos libidinosos contra sua sobrinha, uma criança de 6 anos de idade. A denúncia baseou-se exclusivamente no depoimento da vítima, que afirmou acreditar que o tio teria deitado ao seu lado e passado a mão em sua calcinha.
Em primeiro grau, o recorrente foi absolvido por insuficiência de provas, tendo o magistrado reconhecido que o depoimento da vítima, isolado e sem elementos externos de corroboração, não era suficiente para fundamentar uma condenação penal.
Contudo, o Ministério Público interpôs apelação, e o Tribunal de Justiça reformou a sentença, condenando o recorrente à pena de 12 anos e 9 meses de reclusão. A condenação foi fundamentada exclusivamente na palavra da vítima, sem a existência de elementos probatórios adicionais que confirmassem a narrativa acusatória.
Do Direito
O presente recurso especial merece ser conhecido e provido, tendo em vista a violação de dispositivos legais e constitucionais, bem como a necessidade de uniformização da interpretação jurisprudencial.
Inicialmente, destaca-se que o princípio da presunção de inocência (CF/88, art. 5º, LVII) exige que a condenação penal seja fundamentada em provas robustas e inequívocas. No caso em tela, a condenação baseou-se exclusivamente no depoimento da vítima, sem qualquer elemento externo de corroboração, o que viola o princípio do in dubio pro reo.
Ademais, o Código de Processo Penal (CPP, art. 155) estabelece qu"'>...