Modelo de Recurso Especial contra Aplicação de Prescrição Trienal em Pedido de Indenização por Abandono Afetivo
Publicado em: 27/06/2024 Processo CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE [INSERIR ESTADO]
RECURSO ESPECIAL
Recorrente: [NOME COMPLETO DO RECORRENTE]
Recorrido: [NOME COMPLETO DO RECORRIDO]
Processo nº: [NÚMERO DO PROCESSO]
PREÂMBULO
[NOME COMPLETO DO RECORRENTE], já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com fundamento no artigo 105, inciso III, alíneas "a" e "c" da Constituição Federal de 1988, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência interpor o presente RECURSO ESPECIAL contra o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de [INSERIR ESTADO], com base nas razões a seguir expostas.
DOS FATOS
O presente recurso versa sobre a controvérsia jurídica envolvendo a aplicação da prescrição trienal em pedido de indenização por abandono afetivo. O recorrente entende que tal aplicação é inconstitucional, uma vez que o direito pleiteado é personalíssimo e, portanto, imprescritível, podendo ser oponível a qualquer tempo.
O Tribunal de origem, ao decidir pela aplicação da prescrição trienal, violou dispositivos constitucionais e legais, além de divergir do entendimento de outros tribunais superiores, razão pela qual se faz necessário o presente recurso.
DO DIREITO
A controvérsia gira em torno da natureza do direito à indenização por abandono afetivo. Trata-se de um direito personalíssimo, vinculado à dignidade da pessoa humana e aos princípios constitucionais da proteção integral à criança e ao adolescente (CF/88, art. 227).
A aplicação da prescrição trienal, prevista no Código Civil de 2002 (CCB/2002, art. 206, §3º, V), não é adequada ao caso em tela, pois desconsidera a natureza imprescritível dos direitos personalíssimos. A imprescritibilidade decorre do fato de que tais direitos estão diretamente relacionados à dignidade da pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil (CF/88, art. 1º, III).
Ademais, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem reconhecido a necessidade de uma interpretação sistemática e teleológica das normas, de modo a garantir a máxima efetividade dos direitos fundamentais. Nesse sentido, a aplicação da prescrição trienal em casos de abandono afetivo viola o princípio da proteção integral e o melhor interesse da criança e do adolescente.
JURISPRUDÊNCIAS
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