Modelo de Recurso Ordinário Constitucional em favor de acusado de crime de estupro de vulnerável com pedido de revisão de prisão preventiva
Publicado em: 18/10/2024 Constitucional Direito Penal Processo PenalRECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
1. ENDEREÇAMENTO
Ao Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça
2. PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, auxiliar de serviços gerais, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, atualmente recolhido no Presídio Central de Bangu, por seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional situado na Rua das Flores, nº 123, Centro, Rio de Janeiro/RJ, endereço eletrônico: [email protected], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, II, "a", da CF/88, interpor o presente RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL contra o acórdão proferido pela Egrégia Sétima Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, nos autos do Habeas Corpus nº 0001437-03.2025.8.19.0000, que denegou a ordem de habeas corpus impetrada em seu favor.
3. TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO
O presente recurso é tempestivo, tendo sido interposto dentro do prazo legal de 5 (cinco) dias, nos termos do CPC/2015, art. 1.003, §5º, aplicado subsidiariamente ao processo penal. É também cabível, nos termos do art. 105, II, "a", da CF/88, por se tratar de decisão denegatória de habeas corpus proferida por Tribunal de Justiça estadual.
4. DOS FATOS
O Recorrente foi preso preventivamente sob a acusação de ter cometido o crime previsto no CP, art. 217-A (estupro de vulnerável), sendo a vítima uma menor de idade supostamente residente na mesma vizinhança. A prisão foi decretada com base nos arts. 312 e 313 do CPP, sob o fundamento de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.
Impetrado habeas corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a ordem foi denegada sob o argumento de que estariam presentes os requisitos da prisão preventiva, especialmente diante da gravidade do delito e do risco de reiteração delitiva.
A decisão, no entanto, carece de fundamentação concreta e individualizada, limitando-se a reproduzir argumentos genéricos, sem demonstrar a real necessidade da medida extrema, tampouco a impossibilidade de aplicação das medidas cautelares diversas da prisão previstas no CPP, art. 319.
5. DO DIREITO
A prisão preventiva é medida de natureza excepcional, devendo ser aplicada somente quando presentes os requisitos legais previstos no CPP, art. 312: fumus comissi delicti e periculum libertatis. Além disso, o CPP, art. 313, I, exige que o crime imputado seja doloso e punido com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos, o que, de fato, se verifica no caso concreto.
Contudo, a decisão que decretou e manteve a prisão preventiva do Recorrente não indicou elementos concretos que demonstrem o perigo à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal. A simples gravidade abstrata do delito não é suficiente para justificar a prisão cautelar, conforme entendimento pacífico do STF e do STJ.
O CPP, art. 315, §2º, exige que a deci"'>...