Modelo de Réplica à Contestação c/c Réplica à Reconvenção envolvendo Direito de Vizinhança, Privacidade e Dano Moral
Publicado em: 01/04/2025 CivelProcesso CivilEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACATI/CE
Processo nº: XXXXXXXX
Natureza: Réplica à Contestação c/c Réplica à Reconvenção
Requerente/Reconvinda: M. M. A.
Requerida/Reconvinte: E. A. X.
A Requerente/Reconvinda, M. M. A., já qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, apresentar:
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO C/C RÉPLICA À RECONVENÇÃO
Com fundamento nos fatos e nos direitos a seguir expostos:
1. DA NÃO APLICAÇÃO DA PRESCRIÇÃO
A Requerida alega que a Requerente deixou prescrever seu direito, sob o argumento de que as aberturas (janelas) existem há mais de 30 (trinta) anos e que a Requerente reside no imóvel há aproximadamente 20 (vinte) anos.
Contudo, tal alegação não merece prosperar. O direito de vizinhança, regulado pelo CCB/2002, art. 1.301, não está sujeito à prescrição, pois trata-se de uma relação jurídica contínua, que se renova constantemente. A violação ao direito de privacidade da Requerente ocorre de forma reiterada e permanente, enquanto as janelas permanecerem abertas.
Assim, não há que se falar em prescrição, uma vez que a violação ao direito da Requerente é atual e contínua.
2. DA NÃO APLICAÇÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A Requerida pleiteia a concessão da gratuidade da justiça, alegando não possuir condições financeiras para arcar com as custas processuais. Contudo, a simples alegação de hipossuficiência não é suficiente para a concessão do benefício, sendo necessária a comprovação de tal condição, conforme disposto no CPC/2015, art. 99, § 2º.
Ademais, a Requerida não apresentou qualquer documento que comprove sua alegada hipossuficiência. Por tais razões, requer-se o indeferimento do pedido de gratuidade da justiça.
3. DA VERDADE DOS FATOS
A Requerida alega que as janelas já existiam há mais de 30 (trinta) anos e que a Requerente nunca se incomodou com elas. Contudo, tal alegação é inverídica. Desde que passou a residir no imóvel, a Requerente tem sofrido com a violação de sua privacidade, causada pelas janelas abertas diretamente para o seu quintal.
Além disso, a Requerida admite que fechou as janelas apenas após a audiência de conciliação, o que demonstra que a Requerente sempre buscou resolver a situação de forma amigável, antes de ingressar com a presente ação.
4. DA CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL
O dano moral é evidente no presente caso, pois a abertura das janelas violou de forma significativa a privacidade e a tranquilidade da Requerente e de sua família, conforme previsto no CCB/20"'>...