Modelo de Réplica à Contestação em Ação de Anulação de Demissão de Servidor Público Contra Município
Publicado em: 07/08/2024 Administrativo TrabalhistaEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
Nome do Autor: F. A. de S.
Nome do Réu: Município de __________
RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
F. A. de S., já qualificado nos autos da presente ação, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento no CPC/2015, art. 338, apresentar a presente RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
PREÂMBULO
Trata-se de ação ajuizada pelo Autor em face do Município de __________, visando à anulação de sua demissão, que foi fundamentada em alegações de conduta que teria causado prejuízos ao erário e falta de lealdade funcional. Contudo, tais alegações são infundadas, conforme será demonstrado a seguir.
DOS FATOS
O Autor foi demitido sob a alegação de que sua conduta teria causado prejuízos ao erário público e que teria agido com deslealdade funcional. No entanto, o Autor não possuía qualquer ingerência ou atuação direta no valor de repasse mensal feito à Organização Social (OS), conforme previsto no contrato de gestão em vigor.
A demissão foi baseada em presunções e não em provas concretas, violando os princípios da ampla defesa e do contraditório, previstos no CF/88, art. 5º, LV. Além disso, o Autor sempre desempenhou suas funções com zelo e probidade, não havendo qualquer indício de má-fé ou deslealdade em sua conduta.
DO DIREITO
Inicialmente, cumpre destacar que a demissão do Autor, baseada em alegações infundadas, viola o princípio da presunção de inocência, consagrado no CF/88, art. 5º, LVII. Não há qualquer prova de que o Autor tenha praticado atos que causaram prejuízo ao erário ou que tenha agido com deslealdade funcional.
Ademais, o Autor não possuía qualquer responsabilidade sobre os valores de repasse mensal à OS, conforme contrato de gestão em vigor. Tal fato demonstra que a demissão foi arbitrária e desproporcional, violando os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, previstos no CF/88, art. 37, caput.
O Município Réu não apresentou, em sua contestação, qualquer prova concreta que demonstre a culpa do Autor. Pelo contrário, limitou-se a alegações genéricas e infundadas, sem respaldo em elementos probatórios. Tal conduta viola o princípio do ônus da prova, previsto no CPC/2015, art. 373, II.