Modelo de Representação Criminal contra Promotora de Justiça por Suposta Calúnia em Audiência Pública

Publicado em: 04/02/2025 Ética Direito Penal Processo Penal
Documento jurídico referente à representação criminal apresentada por um advogado contra uma promotora de justiça, com base no art. 5º, XXXIV, \"a\", da Constituição Federal de 1988. A ação é fundamentada no art. 138 do Código Penal, que trata do crime de calúnia, em razão de acusação pública infundada de \"capacitismo\" feita pela representada durante audiência pública na Comarca de X. O documento apresenta os fatos, os fundamentos jurídicos, jurisprudências aplicáveis e requer a instauração de procedimento investigatório criminal, além da responsabilização penal da representada.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

Representação Criminal

Representante: A. J. dos S., brasileiro, advogado, inscrito na OAB/XX sob o nº XXXXX, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua X, nº XX, Bairro Y, Cidade Z, Estado XX, endereço eletrônico: [email protected].

Representada: M. F. de S. L., promotora de justiça, lotada na Comarca de X, Estado XX.

PREÂMBULO

O Representante, com fundamento no art. 5º, XXXIV, "a", da CF/88, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar REPRESENTAÇÃO CRIMINAL contra a Promotora de Justiça M. F. de S. L., pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

Em data recente, durante uma audiência pública realizada na Comarca de X, a Representada, no exercício de suas funções, imputou ao Representante a prática de "capacitismo", acusando-o de discriminar pessoas com deficiência. Tal acusação foi feita de forma pública e sem qualquer embasamento fático ou jurídico, configurando, em tese, o crime de calúnia, previsto no CP, art. 138.

A conduta da Representada causou grave ofensa à honra do Representante, que é advogado atuante e possui reputação ilibada no exercício de sua profissão. A acusação infundada gerou repercussões negativas tanto no âmbito profissional quanto pessoal do Representante.

DO DIREITO

O crime de calúnia está previsto no CP, art. 138, que dispõe: "Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime". No caso em tela, a Representada imputou ao Representante a prática de "capacitismo", o que, além de ser uma acusação falsa, configura crime de calúnia, pois atribui ao Representante a prática de conduta criminosa inexistente.

Nos termos do CPP, art. 41, a denúncia ou queixa deve conter a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e a classificação do crime. A presente representação atende a todos esses requisitos, sendo cabível a instauração de procedimento investigatório criminal contra a Representada.

Ademais, a CF/88, art. 5º, X, assegura a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas, sendo garantido o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. No presente caso, a conduta da Representad"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
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RELATÓRIO

Trata-se de representação criminal apresentada por A. J. dos S., advogado, contra a promotora de justiça M. F. de S. L., pela suposta prática do crime de calúnia, previsto no art. 138 do Código Penal. Alega o representante que a promotora, durante audiência pública na Comarca de X, imputou-lhe falsamente a prática de \"capacitismo\", causando ofensa à sua honra e reputação profissional.

Os fatos e fundamentos jurídicos da representação foram devidamente apresentados, sendo a matéria submetida a este juízo para análise de admissibilidade e mérito.

FUNDAMENTAÇÃO

Nos termos do art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, \"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade\". Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos apresentados.

1. Dos Fatos

Conforme relatado, a representada, promotora de justiça, teria imputado falsamente ao representante a prática de \"capacitismo\", sem qualquer embasamento fático ou jurídico, em audiência pública. Tal fato, se comprovado, enquadra-se na tipificação de calúnia, disposta no art. 138 do Código Penal, que prevê como crime \"caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime\".

2. Do Direito

O direito à honra e à imagem é protegido pela Constituição Federal, art. 5º, X, que assegura a inviolabilidade desses bens jurídicos, garantindo indenização por danos materiais ou morais decorrentes de sua violação. Ademais, o Código Penal prevê sanções específicas para a prática de calúnia, sendo imprescindível a análise dos elementos que configuram o tipo penal.

Por outro lado, é dever do Ministério Público e de seus membros atuar com responsabilidade e imparcialidade no exercício de suas funções, não cabendo a imputação de fato criminoso sem elementos probatórios mínimos.

Nos autos, verifica-se que a representação atende aos requisitos previstos no art. 41 do Código de Processo Penal, apresentando exposição detalhada dos fatos e circunstâncias, bem como a qualificação da representada. Há, portanto, elementos suficientes para instauração de procedimento investigatório criminal.

3. Da Jurisprudência

Com base na jurisprudência citada, observa-se que a instauração de procedimento investigatório criminal carece de justa causa, devendo ser analisada à luz dos elementos fáticos apresentados. Contudo, caso comprovada a ausência de justa causa, é possível o arquivamento do feito, nos termos do CPP, art. 18.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 5º, X, e art. 93, IX, da Constituição Federal, bem como no art. 138 do Código Penal e nos arts. 41 e 18 do Código de Processo Penal, voto no sentido de:

  1. Conhecer a presente representação criminal;
  2. Determinar a instauração de procedimento investigatório criminal para apuração dos fatos narrados;
  3. Determinar a notificação da representada, promotora de justiça M. F. de S. L., para prestar esclarecimentos no prazo legal;
  4. Encaminhar os autos ao órgão competente para processamento e julgamento do feito, caso comprovados os elementos constitutivos do crime de calúnia.

Por fim, registro que esta decisão tem como objetivo garantir a apuração dos fatos, com respeito ao contraditório e à ampla defesa, observando-se os princípios constitucionais e legais aplicáveis à espécie.

É como voto.

Cidade/UF, data.

Magistrado Fulano de Tal

Juiz de Direito


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