Modelo de Ação Anulatória de Partilha de Inventário: Pedido de Reconhecimento de Meação em União Estável com Base no CPC/2015 e CC/2002

Publicado em: 24/03/2025 CivelProcesso Civil Familia
Petição inicial que visa anular partilha de inventário realizada de forma fraudulenta e sem a citação da requerente, companheira em união estável, pleiteando o reconhecimento de seu direito à meação sobre os bens adquiridos durante a convivência. Fundamentada no CPC/2015, art. 966 e seguintes e no CCB/2002, art. 1.725, e em precedentes jurisprudenciais, a ação destaca a violação dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

AÇÃO ANULATÓRIA DE PARTILHA DE INVENTÁRIO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

V. DOS S., brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº __________ e inscrita no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliada na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional situado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CPC/2015, art. 966 e seguintes, propor a presente:

AÇÃO ANULATÓRIA DE PARTILHA DE INVENTÁRIO

Em face de N. DE O., brasileiro, estado civil, profissão, portador do RG nº __________ e inscrito no CPF/MF sob o nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, e seus filhos, J. DE O. e M. DE O., ambos brasileiros, estado civil, profissão, portadores do RG nº __________ e __________, respectivamente, e inscritos no CPF/MF sob os nº __________ e __________, residentes e domiciliados na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo anular a partilha de inventário realizada de forma fraudulenta e sem a citação da requerente, que possui direito à meação dos bens adquiridos durante a união estável mantida com o Sr. N.. A ausência de citação da requerente e a partilha integral dos bens entre o Sr. N. e seus filhos configuram flagrante ilegalidade, violando os direitos da requerente e os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.

DOS FATOS

A requerente e o Sr. N. mantiveram uma sólida e duradoura união estável de meados de 2004 até o início de 2022, período em que construíram um patrimônio comum fruto do esforço e colaboração mútuos. Durante a vigência da união estável, todos os bens adquiridos foram fruto do trabalho conjunto do casal.

Ocorre que, em 2023, o Sr. N., em conluio com os filhos de seu primeiro casamento, requereu a abertura de inventário, na forma de arrolamento, dos bens adquiridos durante a união estável, sem a participação e citação da requerente. A partilha foi realizada de forma integral entre o Sr. N. e seus filhos, excluindo a requerente de seus direitos de meação.

Tal conduta demonstra má-fé e deslealdade, configurando flagrante violação dos direitos da requerente, que busca, por meio da presente ação, a anulação da partilha e o reconhecimento de sua legítima participação no patrimônio comum.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no CPC/2015, art. 966, que prevê a "'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Origem do Processo

Trata-se de Ação Anulatória de Partilha de Inventário proposta por V. dos S., que alega ter sido excluída da partilha de bens realizada pelo requerido N. de O. e seus filhos, J. de O. e M. de O., em inventário que tramitou sem a citação da autora, configurando, em tese, violação aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.

Dos Fatos

A autora sustenta que manteve união estável com o requerido N. de 2004 até 2022, período em que, segundo afirma, houve formação de patrimônio comum. Contudo, o requerido, de forma unilateral, requereu inventário e partilhou os bens exclusivamente entre ele e seus filhos, excluindo a autora. A ausência de citação da requerente é apontada como causa de nulidade absoluta da partilha.

Dos Fundamentos Jurídicos

O pleito da autora encontra respaldo no CPC/2015, art. 966, que prevê a possibilidade de anulação de atos processuais que desrespeitem os princípios do contraditório e ampla defesa, garantias fundamentais previstas na CF/88, art. 5º, LV.

Adicionalmente, o CCB/2002, art. 1.725, estabelece que, na ausência de contrato escrito, aplica-se à união estável o regime de comunhão parcial de bens, conferindo à autora direito à meação dos bens adquiridos durante a união estável.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 878.694/STF, com repercussão geral, declarou inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, equiparando os direitos sucessórios de ambos. Tal entendimento reforça a legitimidade da autora em participar da partilha.

Da Análise Hermenêutica

O presente caso apresenta elementos que indicam a violação dos direitos da requerente, especialmente quanto à ausência de citação. A jurisprudência dos tribunais superiores é firme no sentido de que a ausência de citação de parte legítima em processo de inventário configura nulidade absoluta, conforme se verifica nos julgados apresentados nos autos.

Assim, cabe a este magistrado aplicar os princípios constitucionais e legais para resguardar os direitos da autora, que não foi ouvida no processo de partilha. Tal situação, além de violar os princípios constitucionais, configura flagrante má-fé e prejuízo à legítima meação da autora.

Do Voto

Com base nos fatos narrados, nos fundamentos constitucionais e legais, e na análise das provas e jurisprudências apresentadas, voto no sentido de:

  1. Conhecer do recurso interposto, tendo em vista a sua tempestividade e a legitimidade da parte recorrente.
  2. Dar procedência ao pedido da autora para:
    • Declarar a nulidade da partilha realizada no inventário, por ausência de citação da autora, com fundamento no CPC/2015, art. 966 e na CF/88, art. 5º, LV.
    • Determinar a inclusão da requerente nos autos do inventário, assegurando-lhe o direito à meação dos bens adquiridos durante a união estável.
  3. Condenar os requeridos ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85.

Conclusão

Ante o exposto, conheço do recurso e dou-lhe provimento, declarando a nulidade da partilha e determinando o prosseguimento do inventário com a inclusão da requerente como parte legítima, assegurando-lhe o direito à meação dos bens.

É como voto.

Local e data.

________________________________

Magistrado


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