Modelo de Ação de Cobrança contra Ifood por Não Pagamento de Valores de Entregas de 08 a 10/08/2024 com Pedido de Indenização por Danos Materiais e Morais com Base no Código Civil e CDC

Publicado em: 22/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial proposta por entregador contra Ifood.com Agência de Restaurantes Online S.A., requerendo cobrança de R$ 138,82 por serviços prestados e indenização por danos morais em valor mínimo de 20 salários mínimos, fundamentada em inadimplemento contratual, responsabilidade civil objetiva do fornecedor e princípios da boa-fé objetiva e dignidade da pessoa humana, com pedido de citação, produção de provas e audiência de conciliação.

PETIÇÃO INICIAL – AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

1. ENDEREÇAMENTO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca de Osasco – SP

2. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES

A. P. E. do P., brasileiro, estado civil (preencher), profissão (preencher), portador do CPF nº (preencher), RG nº (preencher), endereço eletrônico: (preencher), residente e domiciliado na Rua (preencher), nº (preencher), Bairro (preencher), CEP (preencher), Osasco/SP,
por meio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), vem, respeitosamente, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de Ifood.com Agência de Restaurantes Online S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº (preencher), com sede na Av. dos Autonomistas, 1394, Osasco/SP, CEP (preencher), endereço eletrônico: (preencher), pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

3. DOS FATOS

O Autor laborou para a no período de 05/08/2024 a 11/08/2024, exercendo atividades de entregador vinculado à plataforma digital da empresa Ifood. O sistema de pagamento adotado pela é semanal, sendo certo que, ao término da semana trabalhada, o valor correspondente deve ser repassado ao trabalhador.

No entanto, mesmo após o término do período laboral, o Autor não recebeu o pagamento devido, correspondente aos seguintes valores:

  • 08/08/2024 (quinta-feira): R$ 10,87
  • 09/08/2024 (sexta-feira): R$ 62,09
  • 10/08/2024 (sábado): R$ 65,86

Total devido: R$ 138,82

O Autor tentou, reiteradas vezes, solucionar a questão de forma amigável, buscando contato com a por meios eletrônicos e presencialmente na sede da empresa em Osasco/SP, sem obter qualquer resposta ou providência efetiva para quitação do débito.

O inadimplemento da gerou ao Autor não apenas prejuízo material, mas também intenso abalo moral, haja vista a frustração e o sentimento de desamparo diante da recusa injustificada ao pagamento de verba alimentar, essencial à sua subsistência.

Diante do descaso e da omissão da , não restou alternativa ao Autor senão buscar a tutela jurisdicional para ver reconhecido e satisfeito seu direito ao recebimento dos valores devidos, bem como à reparação pelos danos morais sofridos.

Resumo: O Autor trabalhou regularmente, não recebeu o pagamento semanal devido, tentou resolver administrativamente, mas foi ignorado pela , sofrendo prejuízos materiais e morais.

4. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

  1. A citação da para, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato (CPC/2015, art. 344).
  2. A condenação da Ré ao pagamento do valor de R$ 138,82, referente ao trabalho prestado no período de 08 a 10/08/2024, a título de danos materiais.
  3. A condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos morais, em valor não inferior a 20 salários mínimos, ou outro valor a ser arbitrado por Vossa Excelência, em razão do abalo sofrido pelo Autor diante do inadimplemento e do descaso da .
  4. A condenação da ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, se houver.
  5. A produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental e testemunhal.
  6. A designação de audiência de conciliação/mediação, nos termos do CPC/2015, art. 334.

5. DO DIREITO

5.1. DA RELAÇÃO CONTRATUAL E DO DIREITO À COBRANÇA

O vínculo estabelecido entre as partes é de natureza contratual, regido pelos princípios da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e do pacta sunt servanda. O inadimplemento da obrigação de pagar pelo serviço efetivamente prestado caracteriza violação contratual, ensejando o direito à cobrança do valor devido (CCB/2002, art. 389).

A não apresentou qualquer justificativa plausível para o inadimplemento, tampouco contestou a prestação do serviço, restando incontroversa a obrigação de pagar.

5.2. DA RESPONSABILIDADE CIVIL E DOS DANOS MATERIAIS

O não pagamento pelo serviço prestado configura inadimplemento contratual, gerando ao Autor prejuízo material direto, consistente no valor não recebido (CCB/2002, art. 402). A responsabilidade da é objetiva, nos termos do CDC, art. 14, aplicável à relação de consumo existente entre as partes.

O valor de R$ 138,82 corresponde ao efetivo prejuízo sofrido pelo Autor e deve ser ressarcido integralmente.

5.3. DOS DANOS MORAIS

O inadimplemento de obrigação alimentar, somado ao descaso e à ausência de resposta da ...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Simulação de Voto

I. Relatório

Trata-se de Ação de Cobrança cumulada com Indenização por Danos Materiais e Morais proposta por A. P. E. do P. em face de Ifood.com Agência de Restaurantes Online S.A.. Narra o Autor que laborou, no período de 05/08/2024 a 11/08/2024, como entregador vinculado à plataforma digital da Ré, não tendo recebido o pagamento devido pelos dias 08/08, 09/08 e 10/08/2024, totalizando R$ 138,82. Destaca, ainda, que buscou administrativamente a solução do impasse, sem resposta, e que a conduta da Ré lhe causou abalo moral relevante.

Requer a condenação da Ré ao pagamento dos valores devidos a título de danos materiais, indenização por danos morais em valor não inferior a 20 salários mínimos, custas e honorários, além da produção de provas e audiência de conciliação.

Devidamente citada, a Ré permaneceu silente, não apresentando defesa.

É o relatório. Decido.

II. Fundamentação

1. Da Fundamentação Constitucional e Legal (CF/88, art. 93, IX)

O presente voto atende ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal, que exige que todas as decisões do Poder Judiciário sejam fundamentadas, assegurando transparência, racionalidade e controle dos atos jurisdicionais.

2. Da Relação Contratual e do Direito à Cobrança

Restou incontroverso o vínculo contratual estabelecido entre as partes, consubstanciado na prestação de serviços de entrega pelo Autor à Ré, mediante remuneração semanal. O inadimplemento, sem justificativa, caracteriza violação dos princípios da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e do pacta sunt servanda, legitimando a pretensão de cobrança (CCB/2002, art. 389).

Comprovada a prestação do serviço e a ausência de pagamento, impõe-se a condenação da Ré ao pagamento de R$ 138,82, a título de danos materiais, valor correspondente ao trabalho realizado.

3. Da Responsabilidade Civil e dos Danos Materiais

A relação entre as partes é de consumo, aplicando-se o Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 14). A responsabilidade da Ré é objetiva, respondendo pelos danos causados ao consumidor, independentemente de culpa. O inadimplemento contratual gerou prejuízo material ao Autor, devendo ser integralmente ressarcido (CCB/2002, arts. 389 e 402).

4. Dos Danos Morais

O inadimplemento de verba alimentar, aliada ao descaso e à falta de resposta por parte da Ré, ultrapassa o mero aborrecimento cotidiano, atingindo a dignidade do Autor (CF/88, art. 1º, III). O dano moral, nesse contexto, é presumido (in re ipsa), sendo suficiente a demonstração do ilícito e de suas consequências para legitimar a indenização.

A jurisprudência consolidada do Tribunal de Justiça de São Paulo reconhece o direito à indenização por danos morais em hipóteses análogas, especialmente quando o inadimplemento recai sobre valores essenciais à subsistência do trabalhador (cf. Apelação Cível Acórdão/TJSP, TJSP).

Quanto ao valor, deve-se observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Considerando a extensão do dano, as circunstâncias do caso e a função pedagógica da indenização, entendo razoável fixar a indenização por danos morais em R$ 4.000,00 (quatro mil reais), valor compatível com precedentes e adequado à hipótese dos autos.

5. Dos Princípios Aplicáveis

Aplicam-se ao caso os princípios da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III), boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), proteção do consumidor (CF/88, art. 5º, XXXII e CDC, art. 6º, VI) e acesso à justiça (CF/88, art. 5º, XXXV).

O não pagamento, somado à ausência de resposta administrativa, evidencia violação à boa-fé e ao dever de cooperação, legitimando a condenação da Ré nos termos pleiteados.

6. Dos Pedidos e dos Recursos

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço da ação e do pedido. Não há recurso interposto a ser conhecido neste momento processual.

III. Dispositivo

Diante do exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal, JULGO PROCEDENTE o pedido, para:

  1. Condenar a ao pagamento de R$ 138,82 (cento e trinta e oito reais e oitenta e dois centavos) ao Autor, a título de danos materiais, acrescido de correção monetária desde o inadimplemento e juros de mora de 1% ao mês desde a citação.
  2. Condenar a ao pagamento de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) ao Autor, a título de indenização por danos morais, acrescido de correção monetária desde esta sentença e juros de mora de 1% ao mês desde a citação.
  3. Condenar a , se houver, ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da condenação.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Após o trânsito em julgado, nada sendo requerido, arquivem-se os autos.

Osasco/SP, ____ de ___________ de 2024.

 

_______________________________________
Magistrado(a)

**Observação: O valor da indenização por dano moral foi fixado segundo critérios de razoabilidade e proporcionalidade, podendo ser alterado conforme o entendimento do julgador, já que a fixação em 20 salários mínimos pode ser considerada excessiva em juizados especiais. O voto está fundamentado na Constituição Federal, Código Civil e CDC, e segue a lógica hermenêutica entre os fatos e o direito, conforme solicitado.


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