Modelo de Ação de Cobrança de Seguro e Indenização por Danos Morais

Publicado em: 02/11/2024 CivelConsumidor
Modelo de petição inicial de ação de cobrança de seguro, combinada com pedido de indenização por danos morais, devido à negativa indevida do pagamento da indenização contratual pela seguradora. Contém fundamentação legal, argumentação sobre princípios contratuais e pedido de reparação moral.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

[NOME COMPLETO DO AUTOR], nacionalidade, estado civil, existência de união estável (se houver), profissão, inscrito no CPF sob o n.º [número do CPF], com domicílio e residência na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], por seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato anexo, com escritório profissional situado na [endereço do escritório], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO CULMINADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

em face de [NOME COMPLETO DA SEGURADORA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º [número do CNPJ], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - DOS FATOS

O autor firmou contrato de seguro residencial/veicular/pessoal com a ré, na modalidade [especificar a modalidade do seguro], conforme apólice n.º [número da apólice]. Em [data do sinistro], ocorreu o evento danoso coberto pela apólice, sendo devidamente comunicada a seguradora sobre o sinistro, juntamente com a documentação necessária para a regulação do sinistro, conforme previsão contratual e legislação aplicável.

Contudo, mesmo após o cumprimento de todas as obrigações por parte do autor, a ré negou o pagamento da indenização devida, sob alegações infundadas e sem qualquer justificativa plausível. A negativa do pagamento, além de contrariar os termos do contrato de seguro, causou ao autor grande abalo moral, visto que, em decorrência do sinistro, este passou por momentos de dificuldade e insegurança, agravados pela postura negligente da seguradora.

II - DO DIREITO

O CCB/2002, art. 757 estabelece que, pelo contrato de seguro, o segurador se obriga a garantir interesse legítimo do segurado, mediante o pagamento de prêmio, contra riscos predeterminados. No caso em tela, a seguradora, ao recusar-se a cumprir com sua obrigação contratual, está descumprindo os termos do contrato firmado e violando o direito do autor.

Além disso, o CCB/2002, art. 765 preceitua que o segurador deve proceder com boa-fé e lealdade em todas as etapas do contrato de seguro, obrigação essa que foi flagrantemente descumprida pela ré ao indeferir o pagamento da indenização devida sem justificativa adequada.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

A presente ação de cobrança de seguro culminada com pedido de indenização por danos morais tem como objetivo responsabilizar a seguradora pelo descumprimento contratual, decorrente da negativa de pagamento da indenização devida após a ocorrência do sinistro. O autor cumpriu com todas as suas obrigações contratuais, comunicando o sinistro e fornecendo a documentação necessária para a regulação do seguro. No entanto, a seguradora recusou o pagamento, alegando motivos infundados e não previstos em contrato.

A negativa injustificada do pagamento causou ao autor sofrimento emocional e insegurança, afetando sua integridade psíquica e violando seu direito à reparação por danos morais, conforme previsto na CF/88, art. 5º, X. A seguradora, ao agir dessa forma, descumpriu princípios fundamentais do direito contratual, como a boa-fé objetiva e a função social do contrato.

DEFESAS POSSÍVEIS DA SEGURADORA

A seguradora poderá alegar que a negativa do pagamento se deu em razão de suposta falta de cobertura do sinistro, seja por alguma cláusula excludente ou por falta de cumprimento de requisitos contratuais por parte do autor. Poderá, ainda, argumentar que a documentação apresentada pelo autor foi insuficiente para comprovar a ocorrência do evento coberto, tentando afastar a responsabilidade pelo pagamento da indenização.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente ação busca garantir o cumprimento do contrato de seguro, responsabilizando a seguradora por sua conduta negligente e pela negativa indevida do pagamento da indenização devida. A reparação dos danos morais é fundamental para restabelecer a dignidade do autor, considerando o sofrimento psicológico enfrentado em decorrência da postura abusiva da seguradora. A atuação da Justiça é imprescindível para assegurar o cumprimento da legislação e o respeito aos direitos dos segurados.



TÍTULO:
AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS


1. INTRODUÇÃO
A presente ação de cobrança de seguro, combinada com pedido de indenização por danos morais, é ajuizada em face da seguradora que, de maneira indevida e injustificada, negou o pagamento da indenização contratual prevista na apólice de seguro firmada entre as partes. O autor, como consumidor e beneficiário do seguro, busca o cumprimento da obrigação contratual e a devida reparação pelos danos morais causados pela negativa abusiva da seguradora, em clara ofensa aos princípios da boa-fé e da função social do contrato.

Comentário Jurídico:
O direito do autor em exigir o cumprimento da apólice de seguro está garantido pelo Código de Defesa do Consumidor e pela norma civil que rege a boa-fé contratual. A negativa injustificada do seguro viola a relação de confiança estabelecida no contrato, frustrando as expectativas legítimas do segurado e comprometendo o princípio da função social dos contratos, previsto no CCB/2002, art. 421.

Legislação:
CDC, art. 4º - Assegura a proteção do consumidor em relações de consumo.
CCB/2002, art. 421 - Princípio da função social dos contratos.

Jurisprudência:
Cobrança de Seguro
Boa-fé Contratual
Função Social do Contrato


2. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO
A ação de cobrança de seguro tem como objeto o cumprimento da obrigação contratual assumida pela seguradora ao firmar o contrato de seguro com o autor. A seguradora, ao negar indevidamente a cobertura, descumpre o contrato e deixa de atender ao interesse legítimo do segurado de receber o valor da apólice em caso de sinistro.

Comentário Jurídico:
A negativa de cobertura sem fundamento legítimo configura prática abusiva, nos termos do CDC, art. 51, que considera nulas as cláusulas que impossibilitam, exoneram ou atenuam a responsabilidade do fornecedor de cumprir suas obrigações. O direito à indenização decorre do próprio contrato e dos princípios da função social e da boa-fé objetiva.

Legislação:
CDC, art. 51 - Declara nulas as cláusulas abusivas em contratos de consumo.
CCB/2002, art. 766 - Estabelece a obrigação de pagamento da indenização pela seguradora.

Jurisprudência:
Negativa de Seguro
Cumprimento de Contrato de Seguro
Indenização de Apólice


3. DANOS MORAIS
O pedido de indenização por danos morais se fundamenta na negativa infundada da seguradora em cumprir com sua obrigação, expondo o autor a uma situação de insegurança e angústia. Essa conduta configura dano extrapatrimonial, passível de reparação pecuniária devido ao desgaste emocional causado pelo descumprimento do contrato de seguro.

Comentário Jurídico:
A jurisprudência reconhece que a recusa injustificada de cobertura em contrato de seguro enseja danos morais ao segurado, uma vez que este passa por uma situação de instabilidade e vulnerabilidade emocional. A função do dano moral é compensar o autor pelo sofrimento vivenciado e desestimular a reincidência da conduta abusiva por parte da seguradora.

Legislação:
CCB/2002, art. 186 - Define o dever de reparação de danos morais e materiais.
CDC, art. 6º, VI - Garante a reparação de danos patrimoniais e morais aos consumidores.

Jurisprudência:
Dano Moral em Seguro
Recusa de Cobertura em Seguro
Indenização por Danos Morais


4. NEGATIVA DE SEGURO
A negativa de seguro configura prática abusiva, uma vez que a seguradora não apresentou motivos válidos para o não pagamento da indenização. Tal recusa infringe os princípios contratuais da boa-fé e lealdade, essenciais à relação jurídica de consumo, além de violar a expectativa legítima do segurado de receber a indenização em caso de sinistro.

Comentário Jurídico:
O direito contratual estabelece que a boa-fé deve reger as relações de consumo, obrigando a seguradora a atuar com transparência e clareza. A negativa imotivada rompe com esse princípio e fere a confiança depositada pelo segurado, tornando imprescindível a condenação da seguradora a pagar a indenização e, também, uma compensação pelos danos morais.

Legislação:
CDC, art. 4º, III - Estabelece a boa-fé como base das relações de consumo.
CCB/2002, art. 422 - Impõe o dever de lealdade e probidade nas relações contratuais.

Jurisprudência:
Boa-fé Objetiva em Seguro
Expectativa Legítima em Seguro
Seguradora e Abuso de Direito


5. COBRANÇA DE APÓLICE E O DIREITO DO CONSUMIDOR
O autor, como consumidor, encontra-se amparado pelo Código de Defesa do Consumidor, que assegura proteção especial em contratos de adesão, como os de seguro. A prática abusiva da seguradora em recusar o pagamento previsto na apólice de seguro afronta o princípio da vulnerabilidade do consumidor e merece repúdio e reparação.

Comentário Jurídico:
O CDC protege o segurado como parte hipossuficiente, sendo a negativa de pagamento uma afronta aos seus direitos. Essa proteção inclui o cumprimento integral do contrato firmado, respeitando as condições acordadas na apólice e evitando práticas que possam onerar injustamente o consumidor, motivo pelo qual a cobrança é devida.

Legislação:
CDC, art. 51, IV - Declara nulas as cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem excessiva.
CDC, art. 39, V - Proíbe práticas abusivas e desleais.

Jurisprudência:
Hipossuficiência do Consumidor em Seguro
Contrato de Adesão em Seguro
Recusa Indevida de Seguro


6. FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO E BOA-FÉ CONTRATUAL
A função social do contrato exige que a seguradora atue em conformidade com o interesse social e a boa-fé objetiva, atendendo ao fim para o qual o contrato foi celebrado: a proteção financeira do segurado. A negativa de cobertura sem justificativa afronta esses princípios, demonstrando desrespeito ao objeto do contrato.

Comentário Jurídico:
A função social do contrato, prevista no CCB/2002, impõe que as partes ajam com cooperação e lealdade, visando ao interesse comum. A negativa de cobertura ofende esse princípio e sugere má-fé por parte da seguradora, impondo-se, portanto, a obrigação de reparar o segurado pelo descumprimento.

Legislação:
CCB/2002, art. 421 - Estabelece a função social dos contratos.
CCB/2002, art. 422 - Impõe deveres de boa-fé e probidade.

Jurisprudência:
Função Social do Contrato de Seguro
Boa-fé Objetiva da Seguradora
Proteção ao Segurado


7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, requer-se a procedência da ação para que a seguradora seja condenada ao pagamento da indenização prevista na apólice, bem como à indenização por danos morais decorrentes da negativa injustificada de cobertura. Invoca-se o cumprimento dos princípios da função social do contrato e da boa-fé, de forma a garantir a efetiva reparação do autor e o respeito à legislação consumerista.

Comentário Jurídico:
A condenação da seguradora ao pagamento da indenização e dos danos morais é necessária para assegurar o direito do consumidor e desestimular práticas abusivas. Esse pedido visa a reparação integral e o respeito ao contrato firmado, reafirmando a importância da boa-fé e do compromisso contratual na relação de consumo.

Legislação:
CDC, art. 6º, VI - Garante o direito à reparação de danos.
CCB/2002, art. 422 - Exige boa-fé e lealdade entre as partes contratuais.

Jurisprudência:
Indenização Integral em Seguro
Reparação do Consumidor pela Seguradora
Boa-fé Contratual em Seguro


 


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