Modelo de Ação de Concessão de Pensão por Morte com Base em União Estável

Publicado em: 18/09/2024 Processo Civil Direito Previdenciário
Modelo de ação para concessão de pensão por morte, fundamentada na união estável do segurado falecido com a autora, com base na Constituição Federal e na Lei 8.213/1991.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE [LOCAL]

Processo nº: [número do processo]
Autora: [Nome da Autora], brasileira, [estado civil], portadora do RG nº [número], CPF nº [número], residente e domiciliada à [endereço completo]
Réu: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Valor da Causa: R$ [valor total pleiteado]

A Autora, já qualificada, por intermédio de seu advogado infra-assinado, com fulcro na CF/88, art. 201, V, e nos termos da legislação aplicável, especialmente a Lei 8.213/1991, art. 74, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), autarquia federal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:


1. DOS FATOS

A Autora vivia em união estável com o falecido [Nome do Falecido], desde [data do início da união], tendo dessa união constituído uma família com três filhos, atualmente todos maiores. O falecido era segurado do INSS e vinha contribuindo regularmente até a data de seu falecimento, ocorrido em [data do falecimento], conforme comprova a certidão de óbito anexada aos autos.

A Autora deu entrada no pedido administrativo de concessão de pensão por morte junto ao INSS, em [data], apresentando a seguinte documentação comprobatória:

  • Certidão de óbito do falecido;
  • Certidões de nascimento dos filhos, maiores de idade;
  • Comprovante de endereço em comum da Autora e do falecido;
  • Cartão de convênio sindical em que o falecido indicava a Autora como dependente;
  • Fotografias de reuniões familiares, que demonstram a vida em comum.

Apesar de tais provas, o INSS indeferiu o pedido de concessão de pensão por morte, sob o argumento de suposta insuficiência de documentos comprobatórios da união estável, o que motivou a presente ação judicial.


2. DO DIREITO

2.1. Do Direito à Pensão por Morte

A pensão por morte é um benefício previdenciário previsto na CF/88, art. 201, V, e regulamentado pela Lei 8.213/1991, art. 74, sendo devido aos dependentes do segurado falecido, desde que comprovada a condição de dependência econômica e a qualidade de segurado.

A união estável é equiparada ao casamento para fins "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

A Autora, companheira do falecido, deu entrada no pedido de pensão por morte junto ao INSS, apresentando provas suficientes de sua união estável. Apesar disso, o benefício foi indeferido de forma indevida, levando à propositura da presente ação judicial para garantir seu direito à pensão. A ação busca assegurar a concessão do benefício, com base nos princípios da dignidade humana e da proteção social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pensão por morte é um direito da Autora, que vivia em união estável com o falecido. A documentação apresentada comprova a convivência e dependência econômica, sendo justo o pleito de concessão do benefício e o pagamento das parcelas atrasadas.

TÍTULO:
MODELO DE AÇÃO PARA CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE, FUNDAMENTADA NA UNIÃO ESTÁVEL DO SEGURADO FALECIDO COM A AUTORA


1. Introdução

Este modelo de ação visa pleitear a concessão de pensão por morte em favor da autora, que viveu em união estável com o segurado falecido. A união estável, embora não formalizada por casamento civil, confere à companheira os mesmos direitos de cônjuge para fins previdenciários, conforme assegurado na CF/88, art. 226, § 3º e na Lei 8.213/1991, art. 74. O objetivo da ação é obter o reconhecimento judicial da união estável e, com isso, garantir o direito à pensão por morte junto ao INSS.

Legislação:
CF/88, art. 226, § 3º - Reconhece a união estável como entidade familiar, com os mesmos direitos do casamento.
Lei 8.213/1991, art. 74 - Dispõe sobre a concessão de pensão por morte aos dependentes do segurado.

Jurisprudência:
União Estável e Pensão por Morte
Concessão de Pensão pelo INSS


2. Pensão por Morte

A pensão por morte é um benefício previdenciário pago aos dependentes do segurado falecido. Para sua concessão, é necessário comprovar o vínculo de dependência econômica entre o falecido e o beneficiário, sendo que o reconhecimento da união estável é condição essencial para que a companheira receba a pensão. A legislação previdenciária brasileira, especialmente a Lei 8.213/1991, art. 74, garante esse direito aos dependentes do segurado.

Legislação:
Lei 8.213/1991, art. 74 - Estabelece os requisitos para a concessão da pensão por morte aos dependentes.
CPC/2015, art. 319 - Trata dos requisitos formais da petição inicial, aplicáveis no processo de concessão de benefícios.

Jurisprudência:
Pensão por Morte e Beneficiários
Dependência Econômica e Pensão


3. União Estável

A união estável é reconhecida como entidade familiar, conferindo direitos semelhantes ao casamento, incluindo o direito à pensão por morte. A CF/88, art. 226, § 3º e a Lei 8.213/1991, art. 74 estabelecem que o companheiro ou companheira que comprovar a união estável terá direito ao benefício previdenciário. Na ação judicial, será necessário demonstrar a convivência pública, contínua e duradoura do casal, bem como a dependência econômica.

Legislação:
CF/88, art. 226, § 3º - Prevê o reconhecimento da união estável como entidade familiar.
Lei 8.213/1991, art. 74 - Garante o direito à pensão por morte aos companheiros de união estável.

Jurisprudência:
Reconhecimento de União Estável
União Estável e Direito Previdenciário


4. INSS

O INSS é responsável pela análise e concessão de benefícios previdenciários, incluindo a pensão por morte. Quando o pedido administrativo de pensão é negado, o segurado ou seus dependentes podem recorrer ao Judiciário para garantir o reconhecimento de seus direitos. Neste caso, a ação judicial visa obter a concessão do benefício com base na prova da união estável, o que é essencial para o deferimento da pensão por morte.

Legislação:
Lei 8.213/1991, art. 74 - Dispõe sobre o direito à pensão por morte no âmbito do INSS.
CF/88, art. 194 - Estabelece os princípios da seguridade social, incluindo a previdência.

Jurisprudência:
Concessão de Pensão pelo INSS
União Estável e INSS


5. Ação Judicial

Quando há negativa administrativa pelo INSS, a via judicial é o caminho para garantir o direito à pensão por morte. A ação deve conter a comprovação da união estável, a dependência econômica e o vínculo com o segurado falecido, conforme exige o CPC/2015, art. 319. A fundamentação da ação deve se pautar na Lei 8.213/1991 e nos princípios constitucionais que asseguram a proteção à família e aos dependentes.

Legislação:
CPC/2015, art. 319 - Requisitos da petição inicial para ingresso de ação judicial.
Lei 8.213/1991, art. 74 - Dispõe sobre o direito à pensão por morte.

Jurisprudência:
Ação Judicial para Pensão por Morte
Negativa de Pensão pelo INSS


6. Concessão de Benefício

A concessão do benefício de pensão por morte dependerá do reconhecimento da união estável e da condição de dependente da autora. O deferimento judicial garante a retroatividade do benefício desde a data do falecimento do segurado, conforme prevê a Lei 8.213/1991, art. 74, e o CF/88, art. 201, V, que trata da proteção social aos dependentes do segurado falecido.

Legislação:
Lei 8.213/1991, art. 74 - Prevê a concessão de pensão por morte aos dependentes.
CF/88, art. 201, V - Trata da proteção previdenciária dos dependentes.

Jurisprudência:
Concessão de Benefício de Pensão
Retroatividade na Pensão por Morte


7. Previdência Social

A previdência social é responsável por assegurar a proteção dos segurados e seus dependentes, garantindo-lhes acesso a benefícios como a pensão por morte. A legislação previdenciária e a CF/88 asseguram a proteção à família e aos dependentes, cabendo ao INSS conceder a pensão de forma justa e dentro dos parâmetros legais estabelecidos pela Lei 8.213/1991.

Legislação:
CF/88, art. 201 - Estabelece as diretrizes da previdência social, incluindo a proteção dos dependentes.
Lei 8.213/1991, art. 74 - Regula o benefício de pensão por morte no âmbito da previdência social.

Jurisprudência:
Previdência Social e Pensão por Morte
Seguridade Social e Pensão


8. Valor da Causa

O valor da causa deve ser calculado com base nas parcelas vencidas e vincendas do benefício de pensão por morte, conforme previsto no CPC/2015, art. 292, § 1º. O montante deve englobar as parcelas atrasadas desde a data do óbito do segurado, além das parcelas vincendas, considerando o valor integral do benefício a que a autora tem direito.

Legislação:
CPC/2015, art. 292, § 1º - Estabelece o critério para fixação do valor da causa em ações de natureza previdenciária.
Lei 8.213/1991, art. 74 - Regula o cálculo do valor do benefício.

Jurisprudência:
Valor da Causa em Ações Previdenciárias
Valor da Causa para Pensão


9. Considerações Finais

A presente ação tem como objetivo garantir a concessão de pensão por morte em favor da autora, com base na comprovação de sua união estável com o segurado falecido. A previdência social é um direito garantido pela CF/88 e pela Lei 8.213/1991, sendo fundamental a proteção dos dependentes do segurado falecido, especialmente quando há negativa do INSS.


 

 


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