Modelo de Ação de Inventário Judicial com Pedido de Retificação de Registro de Óbito e Declaração de Única Herdeira Legítima

Publicado em: 31/03/2025 Familia Sucessão
Petição inicial de Ação de Inventário Judicial proposta por N. dos S., viúva, visando a abertura de inventário dos bens deixados pelo falecido M. R., com fundamento no CPC/2015, art. 611 e seguintes. O documento requer, ainda, a retificação do registro de óbito para exclusão de informação fraudulenta sobre suposta filiação e a declaração de que a autora é a única herdeira legítima, conforme o CCB/2002, art. 1.829, III e jurisprudência relacionada. A ação é movida contra L. dos S., irmã do falecido, sob alegações de fraude e má-fé, com pedidos de adjudicação dos bens e condenação da ré em custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE TEUTÔNIA – RS

Distribuição com urgência

PREÂMBULO

N. DOS S., brasileira, viúva, do lar, portadora do RG nº XXX e inscrita no CPF sob o nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, endereço eletrônico XXX, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, endereço eletrônico XXX, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE INVENTÁRIO JUDICIAL

com fundamento no CPC/2015, art. 611 e seguintes, em face de L. DOS S., brasileira, estado civil desconhecido, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XXX, Bairro XXX, Cidade XXX, Estado XXX, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

A Autora manteve um relacionamento público, contínuo e duradouro com o Sr. M. R., falecido, desde outubro de 2000. Durante esse período, o casal adquiriu, de forma comum, um imóvel localizado na praia, avaliado em R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), e um veículo no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

O relacionamento foi marcado por harmonia e companheirismo, sendo que o casal assumiu a guarda de duas netas. Contudo, em 2019, um grave incidente ocorreu, envolvendo o falecido e uma das netas, o que resultou em ordem judicial para que M. se afastasse do lar. Apesar disso, a Autora manteve o relacionamento, respeitando as determinações judiciais e priorizando a segurança das menores.

Em outubro de 2022, M. foi internado devido a uma grave doença, entrando em coma e sendo declarado incapaz, conforme laudos médicos. Inicialmente, a Autora foi nomeada curadora de M., mas, devido a ameaças e coações por parte de L., irmã do falecido, esta conseguiu judicialmente a curatela.

Após o falecimento de M., ocorrido em janeiro de 2023, L. declarou fraudulentamente no registro de óbito que o falecido teria uma filha, J., de 30 anos, o que não corresponde à verdade, pois não há qualquer reconhecimento de filiação. Tal ato teve o claro objetivo de prejudicar a Autora, única herdeira legítima.

DO DIREITO

A presente demanda encontra fundamento no CPC/2015, art. 611, que estabelece a obrigatoriedade de abertura de inventário para a partilha de bens deixados pelo falecido. Ademais, a Autora é a única herdeira legítima, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.829, inciso III, que reconhece o direito sucessório do cônjuge ou companheiro sobrevivente.

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Informações complementares

Simulação de Voto

Introdução

Trata-se de Ação de Inventário Judicial proposta por N. dos S., com fundamento no CPC/2015, art. 611 e seguintes, em face de L. dos S., tendo como objeto a partilha dos bens deixados pelo falecido M. R. A controvérsia envolve a alegação de fraude documental no registro de óbito e a disputa sobre a legitimidade da Autora como herdeira única.

Dos Fatos

Os autos apontam que a Autora manteve uma união estável pública, contínua e duradoura com o falecido, desde o ano de 2000 até o seu falecimento em janeiro de 2023. Durante a convivência, adquiriram bens de maneira comum, sendo eles um imóvel de praia avaliado em R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e um veículo no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

Após o falecimento de M., a Ré, irmã do falecido, incluiu fraudulentamente uma suposta filha, J. como herdeira no registro de óbito, o que foi devidamente contestado pela Autora, considerando a inexistência de qualquer reconhecimento formal da filiação.

Do Direito

O direito da Autora encontra fundamento no CPC/2015, art. 611, que estabelece a obrigatoriedade de abertura de inventário para a partilha dos bens deixados pelo de cujus. Ademais, o CCB/2002, art. 1.829, inciso III, reconhece o direito sucessório do companheiro sobrevivente, classificando-o como herdeiro legítimo.

A fraude alegada pela Ré na inclusão de uma filha inexistente viola os princípios fundamentais da boa-fé e da segurança jurídica. Nos termos do CPC/2015, art. 658, inciso III, é cabível a retificação do registro de óbito para excluir informações inverídicas.

Ainda, reforça-se o entendimento consolidado no julgamento do RE 878.694/STF, com repercussão geral, que declarou inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, corroborando a legitimidade da Autora em pleitear a totalidade da herança.

Da Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial é consistente em afirmar a igualdade de direitos entre cônjuges e companheiros em matéria sucessória, conforme ilustram os seguintes precedentes:

1. TJSP (4ª Câmara de Direito Privado):
\\\"No sistema constitucional vigente, é inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no CCB/2002, art. 1.829. [...] Reconhecimento da autora como herdeira necessária. [...] Sentença reformada. Recurso da autora provido, desprovido o do corréu.\\\" (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Fábio Quadros, J. em 24/02/2023).

2. TJSP (9ª Câmara de Direito Privado):
\\\"A inicial amplamente discorreu sobre a inexistência de coisa julgada da sentença que homologa a partilha sem a participação de todos os herdeiros e a necessidade de nova partilha. [...] Adequação da anulação da sentença homologatória da partilha e da escritura pública de inventário e adjudicação.\\\" (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP, Rel. Des. Galdino Toledo Júnior, J. em 11/07/2024).

Conclusão

Em atenção ao disposto na CF/88, art. 93, IX, que exige a devida fundamentação das decisões judiciais, e com base no conjunto probatório dos autos, voto no sentido de DAR PROCEDÊNCIA ao pedido inicial da Autora, nos seguintes termos:

  1. Determinar a abertura do INVENTÁRIO JUDICIAL dos bens deixados pelo Sr. M. R.;
  2. Ordenar a retificação do registro de óbito perante o Cartório de Registro Civil de Teutônia, excluindo a falsa declaração de filiação;
  3. Reconhecer a Autora como única herdeira legítima, com a consequente adjudicação integral dos bens;
  4. Condenar a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa;
  5. Autorizar a produção de todas as provas necessárias ao deslinde da controvérsia, inclusive documental e testemunhal.

Assim, julgo PROCEDENTE a demanda, nos termos do voto.

Local e data
___________________________
Nome do Magistrado
Juiz de Direito


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