Modelo de Ação de Obrigação de Fazer com Indenização por Danos Materiais e Morais contra Empresa de Energia Solar por Falha na Prestação de Serviços

Publicado em: 08/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidor
Petição inicial de uma ação judicial proposta por consumidor contra empresa fornecedora de energia solar fotovoltaica, visando a correção de falhas na instalação do sistema, homologação junto à concessionária de energia elétrica e reparação por danos materiais e morais. Fundamentada no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e Código de Processo Civil (CPC/2015), a ação destaca a responsabilidade objetiva da empresa por defeito na prestação do serviço e o direito à inversão do ônus da prova em favor do consumidor. Inclui jurisprudências relevantes e pedidos como indenização de R$ 5.000,00 por danos morais e materiais, além da obrigação de concluir os serviços contratados.

PETIÇÃO INICIAL

JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/UF]

[NOME COMPLETO DO AUTOR], brasileiro, estado civil [estado civil], profissão [profissão], portador do CPF nº [XXX.XXX.XXX-XX] e do RG nº [XX.XXX.XXX-X], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail], por seu advogado infra-assinado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na [endereço do advogado], onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no CDC, art. 6º, VI e VIII, CDC, art. 14 e CDC, art. 20, bem como no CPC/2015, art. 319 e seguintes, propor a presente:

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

em face de [NOME DA EMPRESA RÉ], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [XX.XXX.XXX/0001-XX], com sede na [endereço completo], endereço eletrônico: [e-mail da empresa], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS

O Autor contratou os serviços da Ré para fornecimento e instalação de sistema de energia solar fotovoltaica em sua residência, conforme proposta comercial e contrato firmado em [data]. O objeto do contrato incluía a instalação completa do sistema, com todos os equipamentos necessários, bem como a regularização junto à concessionária de energia elétrica local, para que o sistema fosse plenamente integrado à rede.

Entretanto, a Ré cumpriu apenas parcialmente os serviços contratados. A instalação dos equipamentos foi realizada de forma deficiente e incorreta, com falhas técnicas que comprometem o funcionamento do sistema. Além disso, a empresa não protocolou o pedido de homologação junto à concessionária de energia elétrica, o que impossibilita o funcionamento regular do sistema e impede o Autor de usufruir dos benefícios prometidos.

O Autor tentou, reiteradas vezes, obter esclarecimentos e solução para os problemas junto à Ré, por meio de e-mails, ligações e mensagens, sem qualquer resposta efetiva. A empresa permanece inerte, demonstrando total descaso com o consumidor e com as obrigações assumidas contratualmente.

O Autor, portanto, encontra-se lesado, tendo investido valor significativo na aquisição do sistema, sem ter obtido a contraprestação devida. Além dos prejuízos materiais, o Autor sofreu abalo moral diante da frustração, impotência e perda de tempo útil, configurando-se o desvio produtivo do consumidor.

DO DIREITO

Trata-se de típica relação de consumo, nos termos do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, sendo o Autor consumidor final e a Ré fornecedora de serviços. Aplica-se, portanto, o regime de responsabilidade objetiva previsto no CDC, art. 14, segundo o qual o fornecedor responde independentemente de culpa pelos danos causados por defeitos na prestação do serviço.

O serviço prestado foi defeituoso, pois não atingiu o fim a que se destinava, conforme previsto no CDC, art. 20. A instalação incorreta dos equipamentos e a ausência de protocolo junto à distribuidora de energia elétrica configuram falha na prestação do serviço, ensejando o dever de indenizar.

Ademais, o CDC, art. 6º, VI, assegura ao consumidor o direito à reparação pelos danos morais e materiais sofridos. O CDC, art. 6º, VIII, autoriza a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, medida que se impõe no presente caso, diante da hipossuficiência técnica do Autor e da verossimilhança das alegações.

O Autor também faz jus à indenização por d"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Exmo. Sr. Presidente, demais integrantes deste Egrégio Tribunal, passo ao julgamento do caso em epígrafe, conforme os fatos narrados e os fundamentos legais e constitucionais aplicáveis à espécie.

Dos Fatos

O presente caso trata de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos materiais e morais, ajuizada por [NOME COMPLETO DO AUTOR] em face de [NOME DA EMPRESA RÉ]. O Autor narra que contratou os serviços da Ré para fornecimento e instalação de sistema de energia solar fotovoltaica, tendo esta, contudo, cumprido apenas parcialmente as obrigações assumidas, ao realizar a instalação dos equipamentos de forma deficiente e ao não protocolar a homologação necessária junto à concessionária de energia elétrica.

O Autor sustenta que a conduta da Ré gerou prejuízos de ordem material e moral, além de configurar descumprimento das normas consumeristas. Assim, requer a condenação da Ré à obrigação de fazer e ao pagamento das indenizações pleiteadas.

Da Fundamentação

1. Da Relação de Consumo

À luz da CF/88, art. 5º, XXXII, e do CDC, art. 2º e CDC, art. 3º, verifica-se que estamos diante de uma relação de consumo, sendo o Autor consumidor e a Ré fornecedora de serviços. Nessa esteira, incide a responsabilidade objetiva do fornecedor, nos termos do CDC, art. 14, que dispõe:

\\\"O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.\\\"

2. Da Falha na Prestação do Serviço

Conforme relatado, a Ré não executou adequadamente os serviços contratados, resultando na instalação defeituosa do sistema e na ausência de homologação junto à concessionária de energia elétrica. Tal conduta configura falha na prestação do serviço, conforme previsto no CDC, art. 20, que assegura ao consumidor o direito de exigir a reexecução do serviço, a restituição do valor pago ou o abatimento proporcional do preço.

3. Dos Danos Materiais e Morais

Os danos materiais estão devidamente comprovados nos autos, consistindo nos prejuízos financeiros decorrentes da má execução do contrato. Quanto aos danos morais, entendo que a frustração legítima de expectativas, o abalo emocional e o desvio produtivo do consumidor extrapolam o mero dissabor, configurando lesão à dignidade do Autor, justificando a reparação, em consonância com o CDC, art. 6º, VI.

4. Da Jurisprudência

O entendimento jurisprudencial corrobora a responsabilização das empresas fornecedoras de serviços em casos de falha na instalação de equipamentos de energia fotovoltaica, conforme se verifica nos seguintes precedentes:

  • TJSP (34ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \\\"Falha na prestação de serviço muito bem documentada [...] Dano moral configurado e fixado em R$ 5.000,00.\\\"
  • TJSP (34ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \\\"Defeito na prestação do serviço [...] É o caso de aumentar o valor da indenização dos danos extrapatrimoniais anteriormente arbitrados para R$ 5.000,00.\\\"
  • TJSP (31ª Câmara de Direito Privado) - Apelação Cível Acórdão/TJSP: \\\"Falha na prestação do serviço [...] Dano moral configurado, com lesão subjetiva ao consumidor.\\\"

5. Da Inversão do Ônus da Prova

Com fundamento no CDC, art. 6º, VIII, é cabível a inversão do ônus da prova em favor do Autor, diante da sua hipossuficiência técnica e da verossimilhança das alegações apresentadas.

Conclusão

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, e nos dispositivos do Código de Defesa do Consumidor, voto no sentido de dar procedência ao pedido, condenando a Ré a:

  • Concluir corretamente a instalação do sistema de energia solar fotovoltaica, incluindo a homologação junto à concessionária de energia elétrica;
  • Indenizar o Autor pelos danos materiais, no valor de R$ [valor];
  • Indenizar o Autor pelos danos morais, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
  • Arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios.

É como voto.

Dispositivo

Julgo procedente o pedido inicial nos termos da fundamentação acima exposta. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

[Cidade], [data].

[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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A presente ação judicial tem como objetivo pleitear a condenação do réu à obrigação de reparar danos estruturais causados a imóvel do autor, decorrentes de obras realizadas na propriedade vizinha, além da compensação por danos materiais e morais. Fundamentada no CCB/2002, art. 186 e CCB/2002, art. 927 e no direito de vizinhança previsto no CCB/2002, art. 1.277 e CCB/2002, art. 1.299, a ação visa também a tutela de urgência para a suspensão da obra. Os danos materiais totalizam R$ 18.500,00, enquanto os danos morais têm pedido fixado em R$ 20.000,00, com base em laudo técnico, orçamentos e jurisprudência correlata.

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Petição inicial proposta por consumidor contra empresa fornecedora de sistema de energia solar, requerendo tutela antecipada para reparo do equipamento defeituoso, indenização por danos materiais e morais, com fundamento no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil, diante da falha na prestação do serviço e da ausência de solução administrativa.

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