Modelo de Ação de Obrigação de Fazer contra Concorrência Desleal em Condomínio

Publicado em: 30/10/2024 Civel
Modelo de ação de obrigação de fazer para cessar a venda de produtos por condôminos que sejam idênticos aos comercializados pela loja de conveniência do autor, com base nos princípios da boa-fé objetiva e função social da propriedade.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ___

Processo n.º: ___________

NOME COMPLETO DO AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o n.º __________, com endereço eletrônico __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, CEP __________, Cidade/UF, por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente Ação de Obrigação de Fazer, em face de CONDOMÍNIO RESIDENCIAL ___, inscrito no CNPJ sob o n.º __________, com endereço na Rua __________, nº __________, Bairro __________, CEP __________, Cidade/UF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - DOS FATOS

O autor é proprietário da loja de conveniência situada no Condomínio Residencial ___, estabelecida no local conforme permissão do próprio regulamento interno do condomínio. Entretanto, vem enfrentando situações de concorrência desleal por parte de alguns condôminos, que passaram a vender, em suas respectivas unidades autônomas, produtos idênticos aos comercializados pela loja de conveniência, como bebidas, alimentos e itens de primeira necessidade.

Essa prática prejudica economicamente o autor, que investiu na estruturação da loja e cumpre todos os requisitos estabelecidos pelo regulamento interno. Vale ressaltar que a venda de produtos dentro das unidades não é permitida pelo regulamento, sendo necessário que o condomínio intervenha para assegurar o cumprimento das normas vigentes.

II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O direito do autor encontra respaldo no princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422), que impõe às partes de uma relação jurídica a obrigação de agir com lealdade e transparência, preservando os interesses comuns. A atitude dos condôminos em comercializar produtos idênticos aos da loja de conveniência configura concorrência desleal e afronta a boa-fé que deve nortear as relações no âmbito do condomínio.

Ademais, o CCB/2002, art. 1.348, V, e"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito e Defesas Oponíveis

O autor é proprietário de uma loja de conveniência situada dentro do Condomínio Residencial ___, operando de acordo com as normas previstas no regulamento interno do condomínio. No entanto, condôminos passaram a vender produtos idênticos aos da loja de conveniência, como alimentos e bebidas, o que configura concorrência desleal e violação das regras do condomínio.

Os fundamentos do pedido são baseados na boa-fé objetiva e na função social da propriedade, princípios que orientam as relações condominiais e visam preservar a harmonia e os interesses da coletividade. A atitude dos condôminos causa prejuízo econômico ao autor, que é parte formalmente autorizada a explorar comercialmente os produtos dentro do condomínio.

As defesas oponíveis pela parte contrária podem incluir a alegação de que o regulamento interno não prevê expressamente a proibição de vendas nas unidades autônomas. Contudo, essa argumentação contraria os princípios da boa-fé e da ordem interna que regem as relações condominiais.

Conceitos e Definições

  • Concorrência Desleal: Ato praticado por um agente econômico que visa prejudicar ou obter vantagens indevidas em relação a outro agente, de forma desleal e contrária à boa-fé.

  • Função Social da Propriedade: Princípio segundo o qual a propriedade deve ser exercida de maneira a atender ao bem-estar social, respeitando o interesse coletivo.

Considerações Finais

A presente demanda busca garantir a observância das regras internas do condomínio, assegurando ao autor o direito de explorar comercialmente sua loja de conveniência, conforme previsto no regulamento. A intervenção do condomínio é essencial para cessar a prática de concorrência desleal, que prejudica economicamente o autor e viola os princípios da boa-fé e da cooperação mútua entre os condôminos.



TÍTULO:
OBRIGAÇÃO DE FAZER PARA CESSAR VENDA DE PRODUTOS POR CONDÔMINOS EM CONCORRÊNCIA DESLEAL


  1. Introdução

O presente modelo de ação de obrigação de fazer visa a cessação de prática desleal em um condomínio onde condôminos realizam a venda de produtos idênticos aos oferecidos na loja de conveniência do autor. Esta prática é considerada prejudicial à loja, que detém o direito de exploração exclusiva de determinados produtos no condomínio. A ação fundamenta-se na boa-fé objetiva e na função social da propriedade, que visam evitar atos que comprometem o equilíbrio e o bom convívio entre condôminos, bem como assegurar os direitos de quem exerce atividade comercial legítima.

Além disso, a ação ressalta a importância do respeito aos regulamentos internos e à convenção condominial, que estabelecem as normas de convivência e regulamentam as atividades permitidas nas áreas comuns e privativas. O objetivo central é garantir que o autor, lojista no condomínio, possa operar sem interferências ou práticas concorrenciais desleais, protegendo sua legítima expectativa de retorno financeiro e a manutenção da ordem e respeito às normas de convivência entre os condôminos.

Legislação:

CCB/2002, art. 421. Estabelece os princípios da função social dos contratos e da boa-fé objetiva.

CF/88, art. 5º, XXIII. Dispõe sobre a função social da propriedade.

Jurisprudência:

Obrigação de Fazer em Concorrência em Condomínio

Função Social da Propriedade em Condomínio

Boa-Fé Objetiva no Direito Condominial


  1. Obrigação de Fazer

A obrigação de fazer imposta aos condôminos visa suspender as atividades comerciais individuais que interferem no funcionamento e no sucesso da loja de conveniência do autor. Esse pedido não busca restringir o direito de propriedade dos condôminos, mas sim regular as atividades para que respeitem os limites de convivência, evitando concorrência desleal. Esse pedido de obrigação de fazer está alinhado aos princípios de boa-fé objetiva e da função social da propriedade, que demandam que o exercício de direitos seja pautado na ética e no respeito aos interesses dos demais.

Além disso, a obrigatoriedade de cessar atividades concorrenciais busca assegurar que o autor, legitimamente estabelecido, tenha seu investimento protegido contra ações que comprometam a sustentabilidade do seu negócio. Esse pedido visa criar um ambiente de convivência justa e equilibrada, onde cada condômino respeite os direitos e deveres coletivos estabelecidos pela convenção condominial.

Legislação:

CPC/2015, art. 497. Regula a obrigação de fazer e as medidas para seu cumprimento.

CCB/2002, art. 927. Trata da reparação por dano causado a outrem.

Jurisprudência:

Obrigação de Fazer e Concorrência Desleal

Proteção do Investimento em Condomínio

Cessação de Atividade Comercial Desleal


  1. Concorrência Desleal

A concorrência desleal entre condôminos compromete a harmonia da convivência e infringe a boa-fé objetiva. No caso em questão, a venda de produtos similares aos da loja de conveniência por outros moradores caracteriza prática concorrencial que compromete o desempenho econômico da loja. A prática viola o princípio da boa-fé, pois desconsidera o direito legítimo de exploração comercial pelo autor, que detém essa atribuição no condomínio.

O reconhecimento da concorrência desleal é essencial para garantir que os condôminos mantenham suas atividades dentro dos limites estabelecidos pela convenção e regulamento do condomínio. A inobservância desses limites prejudica não só o lojista, mas a própria harmonia do condomínio, evidenciando a necessidade de cessar as atividades concorrenciais para manter um ambiente de respeito e proteção mútua entre os moradores.

Legislação:

CCB/2002, art. 884. Dispõe sobre o enriquecimento sem causa, que pode ser interpretado em contextos de concorrência desleal.

Lei 9.279/1996, art. 195. Tipifica a prática de concorrência desleal.

Jurisprudência:

Concorrência Desleal em Condomínio

Boa-Fé Objetiva e Concorrência

Enriquecimento Sem Causa em Condomínio


  1. Condomínio e Loja de Conveniência

A loja de conveniência, como um serviço exclusivo no condomínio, representa um direito legítimo de exploração comercial pelo autor. Esse direito foi pactuado previamente e reconhecido pela convenção condominial, o que garante ao autor a exclusividade na venda de produtos para os condôminos. A existência de uma loja exclusiva é uma vantagem para o condomínio, pois facilita o acesso a produtos sem a necessidade de deslocamentos externos e promove a comodidade dos moradores.

Por outro lado, a prática de alguns condôminos de vender produtos similares interfere diretamente no exercício desse direito, comprometendo o retorno do investimento feito pelo autor e violando o princípio da boa-fé. Dessa forma, a ação busca garantir o respeito aos direitos pactuados e o cumprimento das normas que regem a atividade comercial no condomínio.

Legislação:

CCB/2002, art. 1.336. Define os deveres do condômino, especialmente no que se refere ao respeito às normas internas.

CDC, art. 6º. Estabelece o direito à proteção do consumidor, garantindo um mercado justo e sem práticas desleais.

Jurisprudência:

Exclusividade Comercial em Condomínio

Concorrência Desleal com Loja de Conveniência

Respeito às Normas do Condomínio


  1. Princípio da Boa-Fé e Função Social da Propriedade

O princípio da boa-fé objetiva rege as relações entre condôminos e impede práticas que, ainda que legais, sejam abusivas ou prejudiquem outros proprietários. No caso da loja de conveniência, a boa-fé objetiva exige que os demais condôminos respeitem o direito de exploração exclusiva do autor. A função social da propriedade, por sua vez, implica que o direito individual deve observar os interesses da coletividade, promovendo a convivência harmônica e respeitosa.

A aplicação desses princípios neste contexto é essencial para evitar o abuso de direito e para garantir que a propriedade atenda à sua função social. Assim, a demanda por cessação da venda concorrente está amparada nos valores de respeito e proteção ao investimento do autor, equilibrando o direito de propriedade com as obrigações mútuas dos condôminos.

Legislação:

CCB/2002, art. 421-A. Refere-se ao princípio da função social dos contratos.

CF/88, art. 5º, XXII. Assegura o direito de propriedade com função social.

Jurisprudência:

Boa-Fé Objetiva e Propriedade

Função Social do Direito de Propriedade

Abuso de Direito em Condomínio


  1. Considerações Finais

A ação de obrigação de fazer para cessar a venda de produtos por condôminos no condomínio é fundamentada em princípios sólidos de direito civil e condominial, como a boa-fé objetiva e a função social da propriedade. A manutenção da exclusividade da loja de conveniência protege o direito do autor, além de resguardar o equilíbrio e a harmonia entre os condôminos. Esta prática é essencial para assegurar que todos respeitem os limites estabelecidos na convenção condominial e para promover a boa convivência.

Conclui-se que a cessação das atividades de venda concorrencial é necessária para preservar o investimento do autor e para evitar que práticas desleais prejudiquem a ordem no condomínio. Esse modelo de petição, portanto, objetiva resguardar o direito do autor e garantir o cumprimento das normas condominiais, promovendo um ambiente respeitoso e equilibrado para todos os moradores.

Legislação:

CPC/2015, art. 300. Estabelece a tutela provisória de urgência para casos de direito evidente.

CCB/2002, art. 927. Trata da reparação de dano e da obrigação de cessar prática prejudicial.

Jurisprudência:

Obrigação de Fazer e Concorrência no Condomínio

Proteção ao Investimento em Condomínio

Harmonia e Convivência no Condomínio


 


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