Modelo de Ação de Reconhecimento de Posse com Pedido de Indenização por Benfeitorias Realizadas por Possuidor de Boa-Fé

Publicado em: 25/07/2024 Civel
Petição inicial que pleiteia o reconhecimento da posse sobre imóvel e a indenização pelas benfeitorias realizadas, com fundamento no Código Civil (arts. 1.196 e 1.219) e na jurisprudência do STJ. A autora, mãe do falecido ex-companheiro da ré, manteve a posse do imóvel após assumir integralmente os custos de financiamento e melhorias, sendo surpreendida com notificação extrajudicial para desocupação. A ação busca ressarcimento das despesas, direito de retenção e a consolidação da posse mansa e pacífica.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Nome da Requerente: [Nome completo da requerente, abreviado conforme instruções],
Estado Civil: [Estado civil],
Profissão: [Profissão],
CPF: [CPF],
Endereço Eletrônico: [E-mail],
Endereço: [Endereço completo com CEP],
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com fundamento nos artigos 319 e seguintes do CPC/2015, propor a presente:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE POSSE C/C INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS

Em face de [Nome da ex-nora, abreviado conforme instruções], brasileira, [estado civil], [profissão], CPF nº [CPF], residente e domiciliada em [endereço completo], pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

PREÂMBULO

A presente ação tem como objetivo o reconhecimento da posse da autora sobre o imóvel situado em [endereço do imóvel], bem como o ressarcimento pelas benfeitorias realizadas no referido bem, tendo em vista que a ré, ex-nora da autora, notificou extrajudicialmente a requerente para desocupação do imóvel, mesmo após anos de inércia e ausência de qualquer reivindicação por parte da ré.

DOS FATOS

A autora é mãe de [nome do filho, abreviado conforme instruções], que manteve união estável com a ré por aproximadamente dois anos. Durante a constância da união, o casal adquiriu um imóvel na planta, cuja titularidade foi registrada exclusivamente em nome da ré.

Após o falecimento de [nome do filho] em [data do falecimento], a ré não demonstrou interesse em tomar posse do imóvel, tampouco em arcar com os custos necessários para sua reforma e quitação. Diante disso, a autora, visando preservar o bem e garantir sua funcionalidade, assumiu integralmente as despesas relacionadas ao imóvel, incluindo:

  • Pagamentos das prestações do financiamento;
  • Custos com a reforma e melhorias indispensáveis para habitabilidade;
  • Manutenção e conservação do imóvel.

Durante todo esse período, a ré permaneceu inerte, nunca reivindicando a posse ou demonstrando interesse em arcar com as responsabilidades financeiras do imóvel. Contudo, recentemente, a autora foi surpreendida com uma notificação extrajudicial da ré, exigindo a desocupação do imóvel no prazo de 30 dias, sob pena de ajuizamento de ação judicial.

DO DIREITO

A presente demanda encontra amparo no direito de "'>...

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RELATÓRIO

Trata-se de Ação de Reconhecimento de Posse c/c Indenização por Benfeitorias ajuizada por [Nome da Requerente], em face de [Nome da Ré], com o objetivo de reconhecimento da posse do imóvel situado em [endereço completo], bem como o ressarcimento das despesas realizadas pela autora com benfeitorias e melhorias indispensáveis à habitabilidade do bem.

Alega a autora que, após o falecimento de seu filho, que mantinha união estável com a ré, assumiu integralmente as responsabilidades financeiras do imóvel, que estava em nome exclusivo da ré, realizando pagamento de prestações, reformas e benfeitorias. A autora sustenta que a ré permaneceu inerte durante anos e, apenas recentemente, notificou extrajudicialmente a autora para desocupação do imóvel, sem oferecer qualquer compensação pelas despesas realizadas.

A ré, por sua vez, alega que é a legítima proprietária do imóvel e que a autora não possui qualquer direito sobre o bem, devendo desocupá-lo imediatamente.

FUNDAMENTAÇÃO

A questão em análise envolve a aplicação de normas de direito possessório e de direito obrigacional. Relevante destacar, de início, que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 93, inciso IX, determina que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas, sob pena de nulidade.

No mérito, a controvérsia deve ser analisada sob o prisma do Código Civil Brasileiro de 2002, notadamente nos artigos 1.196 e 1.219:

O art. 1.196 do CCB/2002 dispõe que: "Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade." Nesse sentido, resta claro que a autora, ao exercer, de fato, a posse do imóvel e realizar benfeitorias indispensáveis, consolidou sua condição de possuidora de boa-fé.

Ademais, o art. 1.219 do mesmo diploma legal assegura ao possuidor de boa-fé o direito de retenção pelas benfeitorias realizadas, bem como o ressarcimento pelas despesas necessárias e úteis. No presente caso, restou amplamente demonstrado que a autora realizou melhorias indispensáveis à habitabilidade do imóvel, além de quitar as prestações do financiamento.

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também reafirma o direito de retenção e indenização por benfeitorias realizadas por possuidor de boa-fé, como se observa nos seguintes precedentes:

  • REsp 2.082.385 - SP (STJ): Reconhecimento do direito de retenção por benfeitorias realizadas em imóvel ocupado de boa-fé.
  • REsp 2.000.288 - MG (STJ): Garantia de compensação por benfeitorias realizadas em contexto de posse de boa-fé.

No caso em tela, a autora demonstrou, por meio de documentos e provas suficientes, a realização das benfeitorias e a inexistência de oposição por parte da ré durante anos, o que reforça a boa-fé da sua posse.

Por outro lado, a ré, embora detentora do título de propriedade, permaneceu inerte quanto ao uso e manutenção do imóvel, somente manifestando interesse na posse após a valorização do bem em decorrência das melhorias realizadas pela autora.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com fundamento no art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, bem como nos arts. 1.196 e 1.219 do Código Civil de 2002, voto no sentido de:

  1. Reconhecer a posse da autora sobre o imóvel situado em [endereço completo];
  2. Condenar a ré ao ressarcimento das despesas realizadas pela autora com a reforma e melhorias do imóvel, nos termos do art. 1.219 do CCB/2002;
  3. Assegurar à autora o direito de retenção do imóvel até o efetivo pagamento das benfeitorias realizadas;
  4. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em [percentual] sobre o valor atualizado da causa.

É como voto.

[Local], [Data].

___________________________________
[Nome do Magistrado]


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