Modelo de Ação de Repetição de Valores Pagos por Antecipação de Parcela com Base no Código de Defesa do Consumidor
Publicado em: 19/12/2024 CivelProcesso CivilConsumidorPETIÇÃO INICIAL
PREÂMBULO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de __________.
G. V. P., brasileiro, estado civil __________, profissão __________, portador do CPF nº __________ e RG nº __________, residente e domiciliado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve (procuração anexa), com escritório profissional situado na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente:
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE VALORES PAGOS ANTECIPADAMENTE
Em face de SAFRA FINANCEIRA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº __________, com sede na Rua __________, nº __________, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
DOS FATOS
O Autor celebrou contrato de financiamento de veículo junto à Ré, assumindo a obrigação de pagar parcelas mensais com vencimento previamente estipulado. No caso em tela, a parcela com vencimento em 24/12/2024 foi antecipadamente quitada pelo Autor em 03/12/2024, ou seja, 21 dias antes do vencimento.
Entretanto, a Ré não realizou a redução proporcional dos juros e demais acréscimos incidentes sobre a parcela antecipada, conforme determina o art. 52, §2º, da Lei 9.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Tal conduta configura descumprimento da legislação consumerista e causa prejuízo financeiro ao Autor, que faz jus à devolução dos valores pagos a maior.
DO DIREITO
O art. 52, §2º, da Lei 9.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) estabelece que o consumidor tem direito à redução proporcional dos juros e demais acréscimos quando realiza o pagamento antecipado, seja ele parcial ou total. O dispositivo legal visa proteger o consumidor contra práticas abusivas e assegurar o equilíbrio nas relações contratuais.
No presente caso, a Ré, ao não aplicar a redução proporcional, violou o direito do Autor, configurando prática abusiva nos termos do art. 39, V, do Código de Defesa do Consumidor, que proíbe exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva.
Ademais, o princípio da boa-fé objetiva, previsto no art. 422 do Código Civil, deve nortear as relações contratuais, impondo às partes o dever de agir com lealdade e transparência. A conduta da Ré, ao não realizar a redução proporcional, contraria esse princípio e gera enriquecimento sem causa, vedado pelo art. 884 do Código Civil.