Modelo de Ação Declaratória de Validade de Procuração em Face de Questionamentos de Exigências Formais na Comarca de São Gonçalo – RJ

Publicado em: 03/04/2025 CivelProcesso Civil
Ação Declaratória de Validade de Procuração proposta por L. L. A. na ___ª Vara Cível da Comarca de São Gonçalo – RJ, com o objetivo de reconhecer a validade de procuração outorgada à procuradora M. de S. L., em razão de questionamentos sobre exigências formais como reconhecimento de firma. A peça fundamenta-se no CPC/2015, art. 105 e na Lei 14.063/2020, além de precedentes jurisprudenciais, buscando afastar exigências não previstas em lei para a validade do documento.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO GONÇALO – RJ

Distribuição por dependência

L. L. A.,

brasileira, viúva, assistente social, portadora da Carteira de Identidade nº XXXXXXXXX emitida pelo SSP da Bahia, cadastrada no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XX/XX, residente e domiciliada na Rua _________, Lote ___, Quadra __, ______, _________, CEP: ________, endereço eletrônico: ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua procuradora infra-assinada, propor a presente:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE VALIDADE DE PROCURAÇÃO

em face de eventuais exigências de regularização de representação processual ou administrativa, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

Conforme os requisitos do CPC/2015, art. 319, a presente peça atende aos seguintes elementos:

  • Juízo a que é dirigida: ___ª Vara Cível da Comarca de São Gonçalo – RJ;
  • Qualificação das partes: já descrita acima;
  • Fatos e fundamentos jurídicos do pedido: conforme detalhado abaixo;
  • Pedido com especificações: conforme seção específica;
  • Valor da causa: R$ 1.000,00 (mil reais);
  • Provas pretendidas: documentos anexos e depoimentos, se necessário;
  • Opção por audiência de conciliação/mediação: Não há interesse na realização de audiência de conciliação/mediação, conforme CPC/2015, art. 319, VII.

DOS FATOS

A autora, Sra. L. L. A., nomeou e constituiu como sua bastante procuradora a Sra. M. de S. L., brasileira, divorciada, bacharel em Ciências Jurídicas, portadora da Carteira de Identidade nº XXXXXXX-X, residente e domiciliada na Avenida ____________ nº ___, Apt.____, Bairro _____, _________ RJ, CEP: XXXXX-XXX, endereço eletrônico: [email protected].

A procuração outorgada à procuradora confere poderes específicos para representá-la junto ao Cartório e à Prefeitura Municipal de São Gonçalo – RJ, bem como à Procuradoria do Município de São Gonçalo – RJ.

Entretanto, surgiram questionamentos acerca da validade da procuração apresentada, em especial no que tange à necessidade de reconhecimento de firma ou outros requisitos formais que não encontram respaldo na legislação vigente.

DO DIREITO

Nos termos do CPC/2015, art. 105, "a procuração geral para o foro, conferida por instrumento público ou particular, assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso".

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Informações complementares

Simulação de Voto

Voto do Magistrado

Trata-se de Ação Declaratória de Validade de Procuração, proposta por L. L. A. em face de questionamentos sobre a validade de procuração por ela outorgada à Sra. M. de S. L. O objetivo principal da presente demanda é o reconhecimento formal da validade do instrumento de procuração, afastando a necessidade de reconhecimento de firma ou outros requisitos formais não previstos em lei.

Relatório

Em análise dos autos, verifica-se que a autora constituiu sua bastante procuradora, conferindo poderes específicos para representação em âmbito administrativo e judicial. A validade da procuração tem sido objeto de questionamentos, especialmente no que tange à necessidade de reconhecimento de firma ou à aplicação de requisitos adicionais não previstos na legislação vigente.

O feito encontra-se devidamente instruído, com a juntada da procuração em questão e demais documentos pertinentes.

Fundamentação

Nos termos da CF/88, art. 93, inciso IX, \\\"todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões\\\". Assim, passo à análise dos fatos e fundamentos jurídicos.

Da Procuração e sua Validade

O CPC/2015, art. 105, estabelece que a procuração conferida por instrumento público ou particular habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, salvo exceções expressamente previstas. Não há exigência de reconhecimento de firma, salvo disposição específica em lei, o que não se aplica ao caso em tela.

Adicionalmente, a Lei 14.063/2020, art. 5º, § 1º, I, dispõe que a assinatura eletrônica simples é admitida em processos quando não envolvam sigilo, desde que permita a identificação do signatário e a integridade do documento.

Na hipótese vertente, a procuração apresentada pela autora atende a todos os requisitos legais, contendo assinatura, identificação da outorgante e poderes específicos conferidos à procuradora. Não há, portanto, qualquer irregularidade que justifique a exigência de reconhecimento de firma.

Do Precedente Judicial

Destaco, para reforçar o entendimento acima, os seguintes julgados:

  • TJSP (25ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: Dispensa de formalidades excessivas, como reconhecimento de firma, reafirmando a validade de procurações conferidas por instrumento particular.
  • TJSP (24ª Câmara de Direito Privado) - Agravo de Instrumento Acórdão/TJSP: Validação de assinatura eletrônica simples como suficiente para identificar o signatário e garantir a integridade do documento.

Os precedentes indicam que a exigência de reconhecimento de firma ou requisitos adicionais somente é aplicável em situações excepcionais, inexistentes no caso em análise.

Do Pedido e da Procedência

A análise dos autos revela que a autora comprovou a regularidade da procuração apresentada, e não há elementos que justifiquem a imposição de requisitos formais adicionais. O pedido formulado encontra respaldo na legislação e na jurisprudência dominante.

Dispositivo

Ante o exposto, e com base na CF/88, art. 93, IX, no CPC/2015, art. 105 e CPC/2015, art. 319, bem como na Lei 14.063/2020, voto pela procedência do pedido, para:

  1. Declarar a validade da procuração outorgada pela autora, Sra. Laurentina Lima Aguiar, à sua procuradora, Sra. M. de S. L., para todos os fins de direito;
  2. Determinar a dispensa de qualquer exigência de reconhecimento de firma ou de requisitos formais não previstos em lei;
  3. Condenar eventual parte contrária ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, a serem arbitrados em fase de liquidação;
  4. Determinar a ciência às partes e o regular prosseguimento do feito.

É como voto.

Conclusão

São Gonçalo – RJ, ___ de ___________ de 2024.

___________________________
Magistrado


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