Modelo de Ação Revisional de Contrato c/c Consignação em Pagamento com Pedido de Revisão de Juros Abusivos e Restituição de Valores
Publicado em: 04/01/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº: __________
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, solteiro, autônomo, portador do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, por meio de seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO C/C CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO em face do Banco __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Rua __________, nº ___, Bairro __________, Cidade __________, Estado __________, CEP __________, endereço eletrônico __________, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
O autor celebrou com a ré contrato de financiamento para aquisição de veículo no valor de R$ __________, com prazo de pagamento de ___ meses e taxa de juros remuneratórios pactuada em ___% ao mês. Contudo, ao longo do cumprimento do contrato, o autor verificou a aplicação de juros de mora excessivamente onerosos em caso de atraso no pagamento das parcelas, configurando-se verdadeira abusividade contratual.
Além disso, o autor não foi devidamente informado sobre a metodologia de cálculo dos juros de mora, tampouco sobre os critérios utilizados para sua aplicação, o que viola os princípios da transparência e da boa-fé objetiva previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC).
DO DIREITO
A relação jurídica entre as partes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, conforme dispõe o CDC, art. 2º e art. 3º, §2º, uma vez que o autor é consumidor e a ré é fornecedora de serviços financeiros.
No caso em tela, a aplicação de juros de mora em patamares excessivamente elevados afronta o princípio da função social do contrato, previsto no CCB/2002, art. 421, bem como o princípio da boa-fé objetiva, conforme o CCB/2002, art. 422. Tais princípios impõem limites à liberdade contratual, vedando práticas abusivas que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada.
Ademais, a abusividade dos juros de mora pode ser aferida à luz do CDC, art. 51, IV, que considera nulas as cláusulas contratuais que estabeleçam obrigações iníquas, abusivas ou que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada.
A doutrina também reforça a necessidade de controle judicial sobre cláu"'>...