Modelo de Agravo Interno contra Decisão de Tutela Provisória de Urgência em Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais
Publicado em: 03/04/2025 CivelProcesso CivilConsumidorEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________
Processo nº __________
AGRAVO INTERNO
Agravante: Clube Recreativo __________
Agravados: Esposa e Filho do Falecido M. F. de S. L.
Nome do Advogado: __________
OAB nº: __________
PREÂMBULO
O CLUBE RECREATIVO __________, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob o nº __________, com sede na __________, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na __________, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 1.021, interpor o presente AGRAVO INTERNO contra a decisão interlocutória que deferiu parcialmente a tutela provisória de urgência de natureza antecipada, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
DOS FATOS
Em 24 de outubro de 2024, o associado M. F. de S. L., com 69 anos de idade, aposentado, dirigiu-se ao clube para realizar sua prática habitual de natação. Durante a atividade, o associado submergiu no fundo da piscina, sendo prontamente socorrido pelos salva-vidas, que realizaram os primeiros socorros e acionaram a enfermeira do clube, equipada com desfibrilador. Posteriormente, duas ambulâncias do SAMU chegaram ao local para prestar atendimento.
Importante destacar que o associado não apresentou sinais de afogamento, como movimentos bruscos ou pedidos de socorro. A profundidade da piscina era de 1,25 metros, enquanto o associado possuía 1,80 metros de altura, o que lhe permitiria ficar de pé sem dificuldades. Ademais, a perícia do IML não constatou vestígios de substâncias que deveriam estar sendo utilizadas pelo associado, encontrando apenas carisoprodol.
Os requerentes alegam responsabilidade objetiva do clube com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC), pleiteando indenização por danos morais e materiais no valor de R$ 800.000,00. O juiz a quo deferiu parcialmente a tutela provisória, determinando o pagamento mensal de um salário mínimo à esposa e ao filho do falecido, sem definir prazo para a obrigação.
DO DIREITO
A decisão agravada merece reforma, pois não restaram demonstrados os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência, conforme disposto no CPC/2015, art. 300. Abaixo, destacam-se os pontos principais:
1. DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA
O clube recreativo adotou todas as medidas de segurança necessárias, incluindo a presença de salva-vidas, equipamentos de segurança e atendimento médico imediato. Não houve falha na prestação do serviço, conforme demonstrado pelos vídeos anexados aos autos.
Além disso, a profundidade da piscina e a altura do associado evidenciam que o evento não decorreu de negligência do clube, mas possivelmente de um mal s�"'>...