Modelo de Alegacões Finais em Ação Declaratória de Nulidade de Empréstimo Consignado

Publicado em: 16/11/2024 CivelConsumidor
Este modelo de peça processual é voltado para as alegações finais em ação declaratória de nulidade de empréstimo consignado. Foi elaborado com base em um caso em que o Requerente, idoso, teve descontos indevidos em seu benefício previdenciário e busca a nulidade dos contratos. Inclui fundamentação legal, princípios aplicáveis e pedidos claros ao juízo.

AO JUIZO DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _

PRIORIDADE - ART. 1.048, I, DO CPC E ART. 71 DO ESTATUTO DO IDOSO

REQUERENTE: RE. R. S., brasileiro, idoso, aposentado, inscrito no CPF sob o nº ____, residente e domiciliado na Rua ____, nº ____, Bairro ____, Cidade ____, Estado ____, CEP ____, e-mail: ________.

REQUERIDO: BANCO PAN S.A., inscrito no CNPJ sob o nº ____, com sede na Rua ____, nº ____, Bairro ____, Cidade ____, Estado ____, CEP ____, e-mail: ________.

PROCESSO Nº: _______

ASSUNTO: ALEGAÇÕES FINAIS

VALOR DA CAUSA: R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

I - DOS FATOS

O Requerente, pessoa idosa, com 63 anos de idade, é beneficiário da previdência social, sendo esta sua única fonte de renda e subsistência. Foi surpreendido por descontos mensais indevidos em seu benefício previdenciário, conforme consta no Histórico de Créditos do INSS. Esses valores, descontados de forma arbitrária, são direcionados ao Requerido, BANCO PAN S.A., por meio de dois contratos consignados ativos, que jamais foram contratados ou autorizados pelo Requerente.

O primeiro contrato, de nº 77964565-7, teve parcelas de R$ 66,00 (sessenta e seis reais) descontadas desde 25/10/2023, perfazendo o montante total de R$ 528,00 (quinhentos e vinte e oito reais). O segundo contrato, de nº 6233999962786030524, é mais recente, tendo parcelas mensais de R$ 43,47 (quarenta e três reais e quarenta e sete centavos) descontadas desde 01/05/2024.

Os descontos indevidos reduziram significativamente o valor do benefício previdenciário do Requerente, impossibilitando-o de manter uma vida digna e violando diretamente o princípio da dignidade da pessoa humana, garantido pela Constituição Federal (CF/88, art. 1º, III).

II - DO DIREITO

Os descontos realizados no benefício previdenciário do Requerente são ilegais, uma vez que ele jamais contratou os empréstimos consignados que o Requerido alega existirem. Ressalta-se que o fornecimento de empréstimo consignado sem autorização representa falha grave nos serviços prestados pelo banco, configurando ato abusivo conforme o disposto no Código de Defesa do Consumidor (CDC, art. 39, III).

Ademais, o art. 3º da Instrução Normativa INSS nº 28/2008 determina que o desconto no benefício previdenciário apenas pode ocorrer mediante contrato firmado, assinado e acompanhado"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

NARRATIVA DE FATO E DIREITO

O Requerente é pessoa idosa, beneficiário da previdência social, e teve parte significativa de sua renda comprometida por descontos indevidos em razão de contratos que jamais celebrou. Os valores descontados do benefício previdenciário reduziram drasticamente seu único meio de subsistência, gerando sérios transtornos financeiros e emocionais.

Os princípios aplicáveis à matéria demonstram a vulnerabilidade do Requerente e a necessidade de proteção especial, dado o princípio da boa-fé objetiva e a dignidade da pessoa humana. A defesa contrária do banco baseia-se na validade dos contratos e no dever de informação, entretanto, restou claro que tais contratos foram celebrados sem a devida anuência do Requerente, não preenchendo as formalidades legais previstas no Código Civil e no CDC.



TÍTULO:
ALEGAÇÕES FINAIS EM AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO


1. Introdução

Texto principal: A introdução deste modelo busca contextualizar a demanda, apresentando o cenário jurídico e social no qual o Requerente, idoso, teve descontos indevidos em seu benefício previdenciário. Esta situação evidencia a necessidade de proteger os direitos dos consumidores vulneráveis, especialmente no âmbito das relações contratuais.

O documento tem como objetivo principal sustentar, nas alegações finais, a nulidade do empréstimo consignado, com base na ausência de consentimento válido e na violação de princípios fundamentais como a boa-fé objetiva e o equilíbrio contratual. A peça foi estruturada para apresentar argumentos claros e objetivos ao juízo, demonstrando a relevância de uma decisão favorável ao Requerente.

Legislação:

CF/88, art. 230: Proteção aos idosos.

CDC, art. 4º: Princípios do equilíbrio nas relações de consumo.

Jurisprudência:

Nulidade de Empréstimo Consignado

Desconto Indevido em Benefício

Proteção ao Consumidor Vulnerável


2. Alegações finais

Texto principal: As alegações finais representam a última oportunidade para as partes apresentarem seus argumentos e convencerem o juízo sobre a pertinência de seus pedidos. Nesta peça, são destacados elementos que comprovam a ausência de consentimento do Requerente, um idoso, ao contrato de empréstimo consignado.

Os argumentos se concentram na má-fé da instituição financeira ao não cumprir o dever de transparência, resultando em prejuízos ao consumidor. Adicionalmente, a peça sustenta que os descontos realizados no benefício previdenciário violam a dignidade da pessoa humana e os direitos previstos no Estatuto do Idoso.

Legislação:

Estatuto do Idoso, art. 4º: Garantia de prioridade e proteção aos idosos.

CDC, art. 6º: Direito à informação adequada.

Jurisprudência:

Alegações Finais Consignado

Desconto Previdenciário Indevido

Consumidor Idoso


3. Nulidade de empréstimo consignado

Texto principal: A nulidade do contrato de empréstimo consignado é sustentada com base na inexistência de manifestação válida de vontade por parte do Requerente. Elementos como a ausência de assinatura ou reconhecimento claro do contrato evidenciam a inexistência de vínculo jurídico legítimo.

Além disso, a peça argumenta que a conduta da instituição financeira caracteriza prática abusiva, vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. O contrato, por não respeitar os princípios da boa-fé e do equilíbrio contratual, deve ser declarado nulo, com a consequente devolução dos valores indevidamente descontados.

Legislação:

CDC, art. 51: Cláusulas abusivas e nulidade contratual.

CCB/2002, art. 104: Requisitos de validade do negócio jurídico.

Jurisprudência:

Nulidade Contrato Consignado

Contrato Abusivo Consumidor

Erro de Consentimento Contrato


4. Desconto indevido INSS

Texto principal: Os descontos indevidos realizados no benefício previdenciário do Requerente violam direitos fundamentais e refletem uma prática lesiva que precisa ser corrigida judicialmente. É destacada a responsabilidade da instituição financeira em restituir os valores de forma integral, corrigidos monetariamente.

A peça enfatiza que os benefícios previdenciários possuem caráter alimentar e, portanto, são protegidos pela legislação, não podendo ser objeto de descontos sem autorização expressa e válida do titular. O pedido busca a imediata cessação dos descontos e o reconhecimento da irregularidade do contrato.

Legislação:

CF/88, art. 201: Previdência Social e proteção ao idoso.

CDC, art. 39: Práticas abusivas.

Jurisprudência:

Desconto Indevido INSS

Cessação de Desconto Previdência

Benefício Previdenciário Alimentar


5. Direito do consumidor

Texto principal: O direito do consumidor tem como objetivo principal equilibrar as relações de consumo, protegendo as partes mais vulneráveis de práticas abusivas. Neste contexto, a presente ação evidencia como a ausência de informação clara e a imposição de contratos não solicitados afetam os direitos do Requerente.

A peça processual sustenta que a instituição financeira deve responder pela violação dos princípios de transparência e lealdade contratual. O pedido de nulidade do contrato busca resguardar o consumidor de novas práticas abusivas e reafirmar a importância de uma relação justa e equilibrada.

Legislação:

CDC, art. 2º: Definição de consumidor.

CDC, art. 42: Ressarcimento em dobro.

Jurisprudência:

Direito do Consumidor Contrato

Violação ao Consumidor

Proteção ao Consumidor Práticas Abusivas


6. Estatuto do Idoso

Texto principal: O Estatuto do Idoso tem como objetivo garantir a proteção e a dignidade da pessoa idosa, reconhecendo a necessidade de tratamento prioritário e medidas que assegurem seus direitos fundamentais. No presente caso, o Requerente, sendo idoso, encontra-se em situação de especial vulnerabilidade, reforçando a necessidade de aplicação dos dispositivos previstos na legislação.

A peça processual destaca que práticas abusivas, como descontos indevidos em benefícios previdenciários, configuram uma afronta direta ao Estatuto do Idoso. Tais práticas demandam atuação firme do Judiciário para garantir a restituição de valores e a cessação de qualquer violação aos direitos da pessoa idosa.

Legislação:

Estatuto do Idoso, art. 4º: Garantia de prioridade e proteção aos direitos fundamentais dos idosos.

Estatuto do Idoso, art. 10: Direito à dignidade e ao respeito.

Jurisprudência:

Estatuto do Idoso Proteção

Idoso Desconto Indevido

Prioridade Direitos do Idoso


7. Boa-fé objetiva

Texto principal: O princípio da boa-fé objetiva rege todas as relações contratuais e exige que as partes ajam com lealdade e transparência. No caso em análise, a instituição financeira violou esse princípio ao realizar contratos sem o consentimento do Requerente, gerando descontos indevidos em seu benefício previdenciário.

A peça ressalta que a boa-fé objetiva é fundamental para garantir a confiança nas relações jurídicas e evitar abusos de direito. A violação desse princípio justifica a nulidade do contrato e a imposição de sanções para coibir práticas semelhantes no futuro.

Legislação:

CCB/2002, art. 422: Boa-fé objetiva como fundamento das relações contratuais.

CDC, art. 4º: Princípio da boa-fé nas relações de consumo.

Jurisprudência:

Boa-fé Objetiva

Violação ao Princípio da Boa-fé

Contratos e Boa-fé


8. Vulnerabilidade do consumidor

Texto principal: A vulnerabilidade do consumidor é um dos pilares do Código de Defesa do Consumidor, reconhecendo que, em relações de consumo, o consumidor é a parte mais frágil. No presente caso, o Requerente, sendo idoso e dependente de benefício previdenciário, possui uma vulnerabilidade agravada que exige proteção reforçada.

O modelo processual enfatiza que o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor é essencial para combater práticas abusivas. A nulidade do contrato firmado sem consentimento deve ser declarada, garantindo a restituição dos valores indevidamente descontados e resguardando o Requerente de novos abusos.

Legislação:

CDC, art. 4º: Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor.

Estatuto do Idoso, art. 2º: Princípio da prioridade absoluta.

Jurisprudência:

Vulnerabilidade do Consumidor

Práticas Abusivas Contra Consumidor

Proteção ao Consumidor Idoso


9. Considerações finais

Texto principal: As considerações finais desta peça processual sintetizam os argumentos apresentados, reafirmando a necessidade de anulação do contrato de empréstimo consignado, a devolução dos valores descontados e a responsabilização da instituição financeira. Destaca-se o caráter alimentar do benefício previdenciário e a violação dos direitos fundamentais do Requerente.

Ao final, a peça requer ao juízo uma decisão que proteja os direitos do Requerente, reafirmando o compromisso do Judiciário com a defesa dos princípios de boa-fé, proteção ao consumidor e dignidade da pessoa humana. A peça encerra com pedidos claros e objetivos, buscando a reparação integral dos danos sofridos.

Legislação:

CF/88, art. 5º: Princípios da dignidade da pessoa humana.

CDC, art. 51: Cláusulas abusivas e nulidade contratual.

Jurisprudência:

Considerações Finais Nulidade

Defesa do Consumidor Idoso

Sentença em Contrato Abusivo


 


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