Modelo de Alegações Finais em Defesa de Ação de Improbidade Administrativa com Base na Lei 8.429/1992

Publicado em: 19/03/2025 AdministrativoProcesso Civil
Apresentação de alegações finais em defesa de réu acusado de improbidade administrativa, com fundamento na ausência de dolo ou culpa grave e na inexistência de prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito. O documento aborda a regularidade do procedimento licitatório, jurisprudências aplicáveis e requer a improcedência da ação, com a consequente absolvição do réu, além da condenação do autor ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº: __________

ALEGAÇÕES FINAIS

Nome da parte passiva: __________

Nome do advogado: __________

OAB nº: __________

__________, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por meio de seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do CPC/2015, art. 364, em defesa contra a acusação de improbidade administrativa promovida pelo Ministério Público, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

PREÂMBULO

Trata-se de ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público, imputando ao Réu a prática de atos de improbidade administrativa previstos na Lei 8.429/1992, art. 10, caput e inciso VIII, e na Lei 8.429/1992, art. 12, em razão de suposta irregularidade na modalidade de licitação utilizada em procedimento licitatório na modalidade pregão.

O Ministério Público sustenta que a modalidade de licitação empregada estaria equivocada, o que teria causado prejuízo ao erário e violado os princípios da administração pública. Contudo, conforme será demonstrado, não há elementos suficientes para a condenação do Réu, sendo imperiosa a improcedência da ação.

DOS FATOS

O Réu, na condição de __________ (descrever o cargo ou função exercida), participou do procedimento licitatório na modalidade pregão, que foi devidamente realizado com base na legislação vigente à época, especialmente na Lei 10.520/2002 e na Lei 8.666/1993.

O Ministério Público alega que a escolha da modalidade pregão teria sido inadequada, o que configuraria ato de improbidade administrativa. Contudo, não há nos autos qualquer demonstração de dolo ou culpa grave por parte do Réu, tampouco de prejuízo efetivo ao erário ou enriquecimento ilícito.

DO DIREITO

A Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992) exige, para a configuração de atos de improbidade administrativa, a demonstração de dolo ou culpa grave, conforme consolidado pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No caso em tela, não há qualquer elemento probatório que demonstre a existência de dolo ou culpa grave por parte do Réu.

A Lei 8.429/1992, art. 10 dispõe que constitui ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário qualquer ação ou omissão dolosa ou culposa que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação do"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a)

Processo nº: __________

Voto

Relatório:

Trata-se de ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público, imputando ao Réu a prática de atos de improbidade administrativa previstos na Lei 8.429/1992, art. 10, caput e inciso VIII, e na Lei 8.429/1992, art. 12. A alegação é de que a escolha da modalidade de licitação pregão teria causado prejuízo ao erário e violado os princípios da administração pública.

O Réu, na condição de __________ (cargo ou função), participou do procedimento licitatório na modalidade pregão com base na legislação vigente à época, especialmente a Lei 10.520/2002 e a Lei 8.666/1993. O Ministério Público sustenta que a modalidade de licitação foi inadequada, mas não apresentou provas robustas sobre dolo, culpa grave ou prejuízo ao erário.

Fundamentação

Dos Fatos e do Direito

A CF/88, art. 93, IX, que todas as decisões judiciais devem ser fundamentadas, sob pena de nulidade. Assim, é necessário interpretar os fatos apresentados à luz da legislação aplicável.

Nos termos da Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), para que se configure ato de improbidade administrativa, é imprescindível a demonstração de dolo ou culpa grave, além de prejuízo ao erário, nos casos da Lei 8.429/1992, art. 10 e Lei 8.429/1992, art. 11. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforça que a Lei de Improbidade Administrativa não visa punir a mera inabilidade administrativa, mas sim condutas desonestas e fraudulentas.

No caso presente, não foi demonstrado o elemento subjetivo (dolo ou culpa grave) na conduta do Réu. Tampouco há comprovação de prejuízo efetivo ao erário ou enriquecimento ilícito. Conforme estabelecido pelo STJ no REsp Acórdão/STJ, para imputação de improbidade administrativa por violação de princípios (Lei 8.429/1992, art. 11), é necessário configurar dolo genérico, o que não se verifica nos autos.

Jurisprudência Aplicada

1. «A configuração do ato de improbidade administrativa por ofensa a princípio da administração depende da demonstração do chamado dolo genérico» (REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Og Fernandes, j. 08/06/2021, DJ 17/12/2021).

2. «A Lei de Improbidade Administrativa não visa punir o inábil, mas sim o desonesto, o corrupto, aquele desprovido de lealdade e boa-fé» (REsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 13/12/2016, DJ 19/12/2016).

3. «Para o enquadramento de condutas na Lei 8.429/1992, art. 11, é despicienda a caracterização do dano ao erário e do enriquecimento ilícito» (AgInt no AgInt no AREsp Acórdão/STJ, Rel. Min. Francisco Falcão, j. 23/02/2021, DJ 09/03/2021).

Conclusão

Diante da ausência de provas que demonstrem dolo, culpa grave ou prejuízo efetivo ao erário, concluo que os fatos narrados pelo Ministério Público não configuram improbidade administrativa. Assim, à luz da Lei 8.429/1992 e da jurisprudência consolidada, a ação de improbidade não merece prosperar.

Decisão

Ante o exposto, com fundamento na CF/88, art. 93, IX, voto no sentido de:

  1. JULGAR IMPROCEDENTE a presente ação de improbidade administrativa, absolvendo o Réu das acusações;
  2. CONDENAR o Autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos termos do CPC/2015, art. 85;
  3. DETERMINAR o arquivamento dos autos, após o cumprimento das formalidades legais.

É como voto.


Local e data

______________________________

Magistrado(a)


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