Modelo de Apelação Cível por Empréstimo Consignado não Contratado

Publicado em: 29/10/2024 Consumidor
Modelo de apelação cível contra sentença que indeferiu os direitos de idosa analfabeta vítima de golpe envolvendo empréstimo consignado não contratado, abordando temas como nulidade do contrato, justiça gratuita e proteção ao consumidor.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 4ª Vara Cível da Comarca de Osasco/SP

Processo nº: [número do processo]
Apelante: L. M. de J.
Apelado: C6 Consignados S.A.

L. M. de J., brasileira, idosa, analfabeta, aposentada, inscrita no CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Avenida XXX, nº XXX, bairro XXX, cidade de Osasco/SP, CEP XXXXX-XXX, com endereço eletrônico [email protected], por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor

APELAÇÃO

para o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, requerendo seja recebida no duplo efeito, para ao final reformar integralmente a sentença proferida nos autos, pelos fundamentos a seguir expostos.

I. Dos Fatos

A apelante ajuizou ação visando declarar a inexistência de débito relativo a empréstimo consignado não contratado e condenar o apelado ao pagamento de indenização por danos morais, tendo em vista os descontos indevidos em seu benefício previdenciário. A apelante é pessoa idosa, analfabeta e vulnerável, que foi vítima de um golpe relacionado a empréstimo consignado.

Contudo, a sentença indeferiu os pedidos da apelante, condenando-a em litigância de má-fé, ao pagamento de honorários advocatícios no importe de R$ 1.000,00 e multa de um salário mínimo, além de ter negado a concessão da justiça gratuita.

II. Do Direito

A decisão proferida pelo Juízo a quo não analisou devidamente as provas constantes dos autos, notadamente no que tange à comparação entre a assinatura constante no contrato apresentado pelo banco e a assinatura autêntica da apelante, o que evidencia a fraude. A simples comparação visual é suficiente para constatar que são assinaturas completamente distintas, sendo desnecessário um exame pericial mais aprofundado.

Ademais, é importante destacar que o banco apelado, mesmo tendo sido devidamente oficiado, não comprovou o efetivo crédito do valor do empréstimo na conta da apelante, tampouco a data ou o valor do alegado depósito, limitando-se a confirmar a titularidade da conta. Assim, não há elementos que comprovem que "'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito, Conceitos e Definições

A apelante, pessoa idosa e analfabeta, foi vítima de um golpe envolvendo um empréstimo consignado não contratado. Buscou o Judiciário para declarar a inexistência do débito e cessar os descontos em seu benefício previdenciário. A decisão do Juízo de primeira instância, entretanto, não analisou corretamente as provas dos autos, principalmente no que se refere às assinaturas divergentes e à ausência de comprovação de crédito pelo banco.

O direito do consumidor é amparado por princípios constitucionais e infraconstitucionais que visam proteger o consumidor em situações de vulnerabilidade e garantir uma relação justa e equilibrada. A hipossuficiência do consumidor e o dever de proteção estão entre os pilares que justificam a inversão do ônus da prova, o que é imprescindível para assegurar a efetiva tutela dos direitos da apelante.

Defesas Oponíveis pela Parte Contrária: O apelado poderá alegar que a assinatura constante no contrato é válida e que o valor foi devidamente creditado na conta da apelante. Poderá também sustentar que a negativa de justiça gratuita à apelante é justificável, alegando que não restou comprovada a hipossuficiência.

Considerações Finais: A apelação visa corrigir uma injustiça cometida contra uma consumidora idosa e vulnerável, restabelecendo seus direitos e protegendo-a contra práticas abusivas de instituições financeiras. A reforma da sentença é imprescindível para garantir a dignidade da apelante e assegurar a justa aplicação do direito.



TÍTULO:
APELAÇÃO CÍVEL CONTRA SENTENÇA QUE INDEFERIU DIREITOS DE IDOSA VÍTIMA DE GOLPE FINANCEIRO


  1. Apelação Cível
    A apelação cível é interposta com o objetivo de reformar a sentença que indeferiu os direitos de uma idosa analfabeta, vítima de golpe financeiro por meio de empréstimo consignado não contratado. A peça argumenta que houve falha na prestação do serviço por parte da instituição financeira e requer a nulidade do contrato. A alegação central está na defesa dos princípios de proteção ao consumidor e na tutela dos direitos dos mais vulneráveis.

    Legislação:
    CF/88, art. 5º, XXXII – Garantia de proteção ao consumidor como direito fundamental.

    CDC, art. 6º, VIII – Facilitação da defesa dos direitos dos consumidores vulneráveis em juízo.

    CCB/2002, art. 166 – Contrato é nulo quando não houver livre consentimento.

    Jurisprudência:
    Apelação Cível e Direitos do Consumidor

    Defesa do Consumidor e Vulnerabilidade

    Nulidade de Contrato e Golpe Financeiro


  1. Empréstimo Consignado
    O empréstimo consignado, ao ser contratado sem consentimento, configura prática abusiva e lesiva ao consumidor, especialmente quando a vítima é analfabeta e idosa. Na apelação, destaca-se que o contrato deveria ser anulado, pois não houve manifestação de vontade. Além disso, a peça argumenta pela responsabilidade objetiva do banco, que falhou ao não assegurar os procedimentos de segurança para evitar fraudes.

    Legislação:
    CDC, art. 14 – Responsabilidade objetiva do fornecedor pela falha na prestação de serviços.

    CDC, art. 39, III – Veda práticas abusivas nas relações de consumo.

    CF/88, art. 230 – Proteção aos idosos pelo Estado, com suporte em situações de vulnerabilidade.

    Jurisprudência:
    Empréstimo Consignado e Nulidade

    Fraude em Consignado e Responsabilidade Bancária

    Proteção a Idosos em Golpes Financeiros


  1. Golpe Financeiro e Vulnerabilidade
    A idosa, vítima de golpe financeiro, deve ser amparada pela proteção especial prevista no CDC e nos princípios de amparo ao consumidor vulnerável. A apelação reitera que a instituição financeira falhou em seu dever de cuidado ao permitir a celebração do contrato sem verificar a autenticidade da contratação. A peça requer a responsabilização do banco, argumentando que a nulidade do contrato se impõe diante da fraude.

    Legislação:
    CDC, art. 4º, I – Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo.

    CCB/2002, art. 171 – A anulabilidade de contratos com vícios de consentimento.

    Lei 10.741/2003, art. 2º – Estatuto do Idoso, que visa garantir proteção especial a pessoas com mais de 60 anos.

    Jurisprudência:
    Vulnerabilidade em Contratos de Consumo

    Proteção a Idosos no Consumo

    Golpe Financeiro e Responsabilidade do Banco


  1. Direito do Consumidor
    Este tópico aborda a importância do CDC como ferramenta de proteção aos consumidores em situação de desvantagem. Argumenta-se pela facilitação da defesa de direitos e pela anulação do contrato firmado de forma fraudulenta. A apelação sustenta que o direito do consumidor vulnerável foi violado, motivo pelo qual a revisão da decisão é essencial para restaurar os direitos da apelante.

    Legislação:
    CDC, art. 6º – Proteção dos interesses econômicos do consumidor.

    CF/88, art. 170, V – Defesa do consumidor como princípio da ordem econômica.

    CDC, art. 51, IV – Nulidade de cláusulas abusivas nos contratos de consumo.

    Jurisprudência:
    Direito do Consumidor e Nulidade Contratual

    Defesa do Consumidor Vulnerável

    Cláusulas Abusivas e Nulidade


  1. Justiça Gratuita e Proteção ao Consumidor
    Requer-se na apelação a concessão da justiça gratuita, considerando a condição financeira da apelante, que, além de idosa, depende de sua aposentadoria para subsistência. A proteção ao consumidor e ao idoso deve estender-se também ao acesso à justiça, garantindo que a vulnerabilidade econômica não seja um impedimento ao exercício de seus direitos fundamentais.

    Legislação:
    CPC/2015, art. 98 – Direito à justiça gratuita para pessoas sem condições de arcar com custos processuais.

    CDC, art. 54, §4º – Proteção ao consumidor em contratos de adesão e possibilidade de revisão judicial.

    CF/88, art. 5º, LXXIV – Assegura assistência jurídica gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

    Jurisprudência:
    Justiça Gratuita e Direito do Consumidor

    Acesso à Justiça e Proteção do Consumidor

    Assistência Judiciária Gratuita ao Idoso


  1. Nulidade de Contrato
    A peça sustenta a nulidade do contrato de empréstimo consignado firmado sem a manifestação de vontade da apelante, sendo o vício de consentimento evidente. Argumenta-se que o contrato foi celebrado de maneira abusiva e fraudulenta, devendo, portanto, ser declarado nulo para restaurar a situação jurídica anterior e evitar o enriquecimento ilícito da instituição financeira.

    Legislação:
    CCB/2002, art. 104 – Requisitos para validade dos negócios jurídicos.

    CDC, art. 51 – Nulidade de cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada.

    CCB/2002, art. 166, II – Declaração de nulidade dos atos sem a devida manifestação de vontade.

    Jurisprudência:
    Nulidade de Contrato por Vício de Consentimento

    Enriquecimento Ilícito em Contratos de Consumo

    Contrato Fraudulento e Direito do Consumidor


  1. Considerações Finais
    A apelação solicita a reforma da sentença para declarar a nulidade do contrato de empréstimo consignado não autorizado e, subsidiariamente, para garantir o direito da apelante à justiça gratuita, à proteção contra práticas abusivas e à reparação dos danos sofridos em razão da fraude praticada. Pugna-se, ainda, pelo reconhecimento da responsabilidade objetiva do banco e a aplicação das disposições do Código de Defesa do Consumidor para proteger a idosa lesada.

    Legislação:
    CF/88, art. 5º, XXXV – Direito de acesso ao Poder Judiciário para a defesa de direitos.

    CDC, art. 4º – Princípios da política nacional das relações de consumo.

    CDC, art. 51, XV – A nulidade de cláusulas que sejam incompatíveis com a boa-fé e equidade.

    Jurisprudência:
    Acesso Judiciário e Direito do Consumidor

    Considerações Finais em Contratos de Consumo

    Reforma de Sentença em Contratos Abusivos


 

 


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