Modelo de Apresentação de Alegações Finais em Ação de Cobrança por Inadimplemento Contratual de Locação de Equipamentos

Publicado em: 31/03/2025 CivelProcesso Civil
Documento de apresentação de alegações finais por parte das empresas BGSE Construções Ltda e Construtora Brasília Guaíba Ltda, ambas em recuperação judicial, no âmbito de ação cível movida contra Guaxe Construtora Ltda. O pedido envolve a cobrança de valores decorrentes da não devolução de 12 equipamentos locados, inadimplemento contratual de aluguéis após o término do contrato e refutações frente à defesa apresentada pela ré. São abordados fundamentos jurídicos como a validade do contrato, inadimplemento, enriquecimento sem causa e a inexistência de conexão com outro processo. O documento também requer a condenação da ré por litigância de má-fé e apresenta jurisprudências para embasar os pedidos.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________

Processo nº __________

BGSE CONSTRUÇÕES LTDA e CONSTRUTORA BRASÍLIA GUAÍBA LTDA, ambas em recuperação judicial, já devidamente qualificadas nos autos do processo em epígrafe, por seus procuradores infra-assinados, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar suas ALEGAÇÕES FINAIS, nos termos do CPC/2015, art. 364, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

PREÂMBULO

As presentes alegações finais têm por objetivo consolidar os argumentos apresentados ao longo do processo, refutar as teses defensivas da ré GUAXE CONSTRUTORA LTDA e demonstrar a procedência dos pedidos formulados pelas autoras, com base nos elementos probatórios constantes nos autos e na legislação aplicável.

DOS FATOS

Trata-se de ação judicial movida pelas autoras em face da ré, em razão do inadimplemento de obrigações contratuais decorrentes de contrato de locação de 48 equipamentos, firmado entre as partes, com pagamento mensal mínimo estipulado em R$ 303.526,00.

As autoras alegam que, ao término do contrato, 12 equipamentos não foram devolvidos pela ré, o que motivou a presente ação para cobrança do valor de compra dos bens não devolvidos e dos aluguéis devidos após o encerramento do contrato.

Em contestação, a ré apresentou argumentos que, conforme será demonstrado a seguir, carecem de fundamento jurídico e probatório, devendo ser integralmente rejeitados.

DO DIREITO

Inicialmente, cabe destacar que o contrato firmado entre as partes é válido, eficaz e plenamente vinculante, nos termos do CCB/2002, art. 421, que consagra o princípio da autonomia da vontade. Ademais, a ré não negou a existência da relação contratual nem a posse dos equipamentos locados, limitando-se a apresentar argumentos genéricos e desprovidos de comprovação.

1. DA INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO ENTRE OS PROCESSOS

A ré sustenta que a presente ação deveria ser reunida a outro processo em trâmite, em razão de suposta conexão. Contudo, não há identidade de pedidos ou causa de pedir entre as demandas, conforme exige o CPC/2015, art. 55. Assim, não há que se falar em reunião dos processos, devendo a presente ação prosseguir de forma autônoma.

2. DO VALOR MÍNIMO ESTIPULADO NO CONTRATO

A alegação da ré de que o valor mínimo estipulado no contrato nunca foi praticado é insubsistente. O contrato firmado entre as partes, devidamente juntado aos autos, estabelece de forma clara e objetiva o valor mensal mínimo de R$ 303.526,00, sendo obrigação da ré comprovar eventual modificação contratual, nos termos do CPC/2015, art. 373, II, o que não oco"'>...

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Informações complementares

Simulação de Voto

Relatório

Cuida-se de ação judicial proposta por BGSE Construções LTDA e Construtora Brasília Guaíba LTDA, ambas em recuperação judicial, contra a ré Guaxe Construtora LTDA, em razão do inadimplemento de obrigações contratuais oriundas de contrato de locação de 48 equipamentos, com valores mensais mínimos estipulados em R$ 303.526,00.

As autoras alegam, em síntese, a não devolução de 12 equipamentos ao término do contrato, razão pela qual pleiteiam a cobrança do valor de compra dos bens não devolvidos, bem como dos aluguéis devidos após o encerramento do contrato. A ré, em sua defesa, sustentou a inexistência de conexão entre os processos, a ausência de prática do valor mínimo estipulado no contrato e a desnecessidade de devolução de parte dos equipamentos.

Voto

Passo à análise do mérito, em observância ao princípio da fundamentação das decisões judiciais, previsto na CF/88, art. 93, IX.

1. Validade e eficácia do contrato

Inicialmente, destaco que o contrato firmado entre as partes é válido e plenamente eficaz, nos termos do CCB/2002, art. 421, que consagra o princípio da autonomia da vontade. A ré não negou a existência da relação contratual, limitando-se a apresentar alegações genéricas e desprovidas de comprovação, que, por si só, não afastam a obrigação contratual.

2. Não devolução dos equipamentos e inadimplemento contratual

Ficou demonstrado nos autos que 12 equipamentos não foram devolvidos pela ré ao final do contrato, configurando inadimplemento contratual. A ausência de devolução dos bens locados gera o direito das autoras ao pagamento do valor de compra dos equipamentos, conforme pactuado no contrato firmado entre as partes.

3. Alegação de enriquecimento sem causa

A tese da ré de que as autoras estariam se enriquecendo ilicitamente não merece prosperar. A cobrança dos valores devidos decorre diretamente do contrato firmado, sendo legítima e amparada pelo CCB/2002, art. 884, que veda o enriquecimento sem causa em desfavor de outrem.

4. Litigância de má-fé

Verifico que a conduta da ré durante o processo caracteriza litigância de má-fé, conforme descrito no CPC/2015, art. 80. A apresentação de argumentos infundados e contraditórios, com o objetivo de retardar o andamento processual, deve ser repelida, impondo-se a respectiva penalidade.

5. Da inexistência de conexão entre processos

No que tange à alegação de conexão entre a presente ação e outros processos, observo que não há identidade de pedidos ou causa de pedir entre as demandas, conforme exigido pelo CPC/2015, art. 55. Assim, inexiste fundamento para a reunião dos processos.

Fundamentação Jurídica

O presente voto fundamenta-se na CF/88, art. 93, IX, que estabelece que todas as decisões judiciais devem ser devidamente fundamentadas, garantindo a transparência e a segurança jurídica. Ademais, aplicam-se as disposições do CCB/2002, art. 421, CCB/2002, art. 884 e do CPC/2015, art. 55, CPC/2015, art. 80, CPC/2015, art. 81, CPC/2015, art. 373.

Adicionalmente, destaco jurisprudências que corroboram a tese das autoras:

  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Reconheceu a procedência de ação em caso de locação de equipamentos, destacando o direito de cobrança em caso de inadimplemento.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Reafirmou que a ausência de devolução dos equipamentos locados configura inadimplemento contratual.
  • TJSP - Apelação Cível Acórdão/TJSP - Determinou que cabe à parte ré demonstrar fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito da autora, nos termos do CPC/2015, art. 373, II.

Conclusão

Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado pelas autoras, para:

  1. Condenar a ré ao pagamento dos valores devidos, conforme pleiteado na inicial;
  2. Impor à ré a penalidade por litigância de má-fé, nos termos do CPC/2015, art. 81;
  3. Condenar a ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da condenação, nos termos do CPC/2015, art. 85.

É como voto.

[Local], [Data]

[Nome do Magistrado]
Juiz de Direito


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